Tirado de um email que enviei a uma amiga:
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=3706(o site morreu, mas o post está disponível no Web Archive)É por artigos assim que fico bem pé atrás com o Mídia Sem Máscara, sabe?
“Fundamentado nestas afirmações, eu e qualquer leitor de O Globo pode traçar o perfil do cruel assassino que tem desgraçado este país: ele é um profissional liberal ou comerciante, com no mínimo o curso secundário completo, de classe média, sem histórico de envolvimento em crimes, um destemperado que mata por motivos fúteis no trânsito, em estádios, brigas de casal, brigas com vizinhos, violência passional. Além disso, é um descuidado que deixa sua arma ao alcance dos filhos, causando incontáveis tragédias.”
Que tipo de conclusão é essa?
Mais adiante ele fala em como o peso das mortes com armas é pequeno diante das mortes no trânsito e por obra do crime, mas, em vez de recorrer aos relatórios mantidos pelas delegacias de polícia e outros órgãos ele fez os seus próprios cálculos baseado em notícias nos jornais o que não seria um método nada preciso.
Concordo que temos que combater o crime, que a morte no trânsito é um problema muito maior e tudo o mais, mas não posso concordar que não valha a pena salvar alguns poucos milhares de vidas que se perdem diretamente pelo uso irresponsável de armas.
O discurso do Mídia Sem Máscara é repleto de paixão e parcialidade e isso me faz desconfiar que eles são controlados ou influenciados por grupos com interesse econômico na desmoralização da nossa unidade nacional e da viabilidade da nossa democracia. No entanto talvez eles apenas estejam perplexos e assustados neste momento global de transição cultural, geopolítica e econômica como quase todo mundo.
Ainda assim posso ser convencido da legitimidade da causa do Mídia Sem Máscara: basta mostrar claramente qual é o interesse por trás do desarmamento e do suposto alinhamento do nosso governo com forcas anti-estadunidenses.
Em tempo:
Li num livro o seguinte:
Numa certa cidade dos EUA houve um terremoto que fez com que todas as casas desmoronassem. Enquanto o povo olhava para suas perdas com ar compungido um sujeito passou a olhar aquilo como uma oportunidade de comprar terrenos baratos e enriquecer. Este mesmo sujeito comprou os terrenos desvalorizados pelos seus donos e nem preciso dizer que enriqueceu da noite para o dia.
Se algo nos afeta negativamente é porque não estamos olhando direito para a coisa pois o que é negativo para muitos pode ser positivo para mim. Não preciso ser um promíscuo emocional: posso usar minha inteligência para enxergar as coisas de maneira mais positiva e por que não como uma oportunidade de negócio já que somos capitalistas?
Percebe como o mal ou o bem não passam de pontos de vista?
Para o pensamento taoista não existe bem e mal. Concordo plenamente com vc. São as circunstâncias e nossa capacidade (ou falta dela) que tornam as coisas positivas ou negativas, boas ou ruins.
Sua história me lembrou uma outra de marketing. Dois vendedores de sapatos são enviados a um país para fazer pesquisa de mercado e chegando lá descobrem que ninguém usa sapatos, mas cada um manda um memorando para a matriz. O primeiro diz que lá ninguém usa sapato então não existe mercado. O segundo diz que lá ninguém usa sapato então há um enorme mercado e sem concorrentes. ;-)
Uma das coisas que vc disse me parece mais importante que as demais: a falta de preparo dos pais.
Creio que nossa espécie ainda vai vivendo meio ao acaso, como folhas secas ao vento. Falta-nos o impulso de sentar e pensar “vou ser pai, qual é a melhor forma de fazer isso?”.
A propósito, o meu modelo aos 12 anos eram os personagens de Tolkien. Um bocado do Gandalf, do Frodo, do Bilbo e do Aragorn.
Caro Roney:
Às vezes eu me pergunto se realmente o papel de pai tem tanta importância assim em nossa formação psíquica.
Na verdade o que mais me prejudicou em minha formação foi a reclusão social a que me vi forçado na infância e o fato de eu ter por companheiros de folguedos as minhas irmãs, sendo desprezado pelos irmãos mais velhos o quais eu os admirava e desejava ser como eles.
Ainda há muitos vazios em minha personalidade devido à esses impedimentos e proibições da infância e, ainda por cima, limitações gravíssimas na adolescência, pois me impediram de formar uma personalidade mais otimista.
Acredito hoje que, independentemente dos pais que tive, o que mais me prejudicou foi a exclusão social e familiar a que me vi exposto durante os meus primeiros 20 anos de vida. Isso causou lacunas impreenchíveis em minha psique que não tinha uma solução de continuidade.
Eu fui movido na vida por fantasias pois a minha realidade foi praticamente ausente. A forma de eu encarar minhas dificuldades foi sempre covarde ou temerária. Não conseguia aprender com minhas próprias experiências e sempre repetia os mesmos erros pois fui criando defesas excessivas contra a dor e a rejeição.
O ser-humano, apesar de ser programado biologicamente para ser feliz, torna-se infeliz e fantasioso quando é impedido de satisfazer suas necessidades de crescimento durante muitos anos. Algumas deficiências eu já consegui superar mas minha vida carece totalmente de sentido.
Não fui criado por pais e sim, por carrascos. Gente tão miserável que a minha inteligência é incapaz de descrever o que sinto em relação não exatamente às pessoas deles mas em relação aos valores culturais que norteiram suas ações na vida.
Eu não consigo encontrar um paralelo na realidade aos valores culturais e sociais deles a não ser na descrição de um governo de exrema-esquerda comunista ou será de extrema-direita comunista?
Fico confuso quando tento dar um nome à tudo aquilo que representou a minha convivência familiar pois considero estas pessoas capazes de uma extrema crueldade, egoísmo e indiferença para com a dor alheia.
Talvez, o que representou esta minha experiência seja algo parecido com viver sob um regime comunista de Stalin na extinta URSS, ou quem sabe, viver sob uma ditadura nazista ou coisa que o valha.
Eu conheço o preconceito de muito perto da parte de meus próprios pais e, por isso, nunca me senti discriminado por nenhum brasileiro. Sempre tive recursos para sobreviver àquilo que chamam de preconceitos sociais mas, infelizmente, o preconceito para comigo na família era atroz.
Eu acredito hoje que essa falta de boa-vontade para comigo por parte de meus pais e meus irmãos se deveu principalmente ao fato de eu ter sido criado num universo feminino composto pelas minhas irmãs e, por esse motivo, adquiri alguns comportamentos não muito masculinos. Isso, provavelmente, evocava neles as suas inseguranças inconscientes de auto-afirmação masculina e, por isso, não conseguindo perceber que a culpa lhes cabia muito mais a eles do que a mim, eles acabaram por projetar em mim as suas inseguranças sexuais.
Pior de tudo, é que agora eu percebo que a minha irmã que sempre brincou comigo por ter 1 ano apenas a mais do que eu era realmente louca da cabeça passando toda sua juventude dos 12 anos aos 21 anos internada em hospício.
Imagine agora um cara inteligente como eu sendo submetido à uma companhia tão deletéria como esta durante boa parte de minha formação psicológica. Nem preciso dizer que minha vida sempre foi um caos emocional cheia de fantasias irrealizáveis para a minha condição de vida.
É duro tomar contato com tanta merda assim depois dos 40 anos mas, por incrível que pareça, nunca tive inclinação homossexual, mesmo me frustrando sexualmente com as garotas. Talvez a forma como eu agia poderia aparentar um homossexual recalcado mas as minhas idéias e palavras contradiziam essa aparência de homossexualidade.
Antes eu me consolava com o fato de eu ter me dado bem na vida pois inchei o ego nessa direção. Infelizmente, hoje nem mesmo esse conforto eu tenho mais pois demoli minhas muletas imaginárias e preferi encarar a realidade fria e sem emoções já que meu ego fantasioso dourava a minha realidade de vida.
Entende como os filhos de famílias altamente desestruturadas tornam-se loucos? Hoje, analisando a minha experiência de vida, reconheço que fui bastante forte para encarar tudo isso e, pior ainda, sobreviver a tudo isso, dando-me ainda um certo sucesso profissional e financeiro.
Sei que o tom de meu discurso no momento está destoando bastante de meu otimismo dos demais discursos. Nem sequer estou desabafando. Apenas, expondo com a maior clareza possível o que leva uma pessoa à loucura e como esses pobres-coitados são tratados como culpados pelo seu mal sem ao menos as pessoas reconhecerem que foram seus pais os verdadeiros culpados de tal calamidade.
Reconheço hoje, que minha mãe teve uma infância muito pior do que a minha mas não a justifico por esse motivo. Infelizmente não tenho argumentos nenhum para justificá-la mas tenho muitos argumentos para justificar-me. A cada um compete a auto-justificação de sua própria vida e de seus atos. Minha mãe já morreu mas se existir vida depois da morte ela que se vire por lá. Eu da minha parte estou tendo muito trabalho para consertar em mim as cagadas que ela fez e que só agora tomei consciência.
Quanto ao meu pai, apesar de ele estar vivo ainda, sinto por ele um profundo nojo. Ele é tão auto-anulado e tão pobre interiormente que eu nem mesmo quero mais visitá-lo. Quero me poupar de me expor a sensações desagradáveis de nojo. Se ao menos eu sentisse ódio já seria alguma coisa mas sentir nojo, acho que é o pior sentimento. Pelo menos o ódio faz um procurar o outro para brigar e discutir. O nojo afasta definitivamente e para sempre as pessoas.
Se você tiver interesse procure no Google a palavra labrego e encontrará o significado do que vem a ser a cultura labrega em Portugal. É muito triste e pior ainda é conhecer um representante do labreguismo pessoalmente e ainda por cima ser filho de um.
Alguns tios meus que vivem na França, Inglaterra e EUA eliminaram o Labrego do sobrenome dos filhos e deixaram apenas o Rocha. Este Labrego em meu sobrenome foi uma sacanagem de meu bisavô que se chamava João da Rocha e posteriormente, agregou o Labrego no nome, graças a um recenseamento do governo português que desejava dar certidão de nascimento a todos os galegos ou labregos (naturais da Galícia). Com isso ele incorporou o Labrego como sobrenome.
Nem mesmo foi por causa desse sobrenome que minha família se desestruturou. Foi devido ao meu trisavô ter casado com uma órfã que desconhecia totalmente qualquer tipo de educação social. Este meu bisavô seguiu o exemplo do pai e casou-se com uma órfã também. Por esse motivo, segundo a bíblia, os filhos pagam os erros dos pais até a quarta geração. Felizmente, eu estou desmontando essa maldição familiar e da minha parte, não pretendo dar continuidade à mesma.
Como vê, independentemente da religião, os judeus eram excelentes observadores da instituição familiar e com isso, foram aperfeiçoando sua cultura no sentido de melhorar cada vez mais os papéis de pai e mãe na sociedade.
Tenho, inclusive um primo de terceiro grau nos EUA que compilou nossa árvore genealógica. Através dessa compilação consegui compreender muito das desventuras de minha família. No caso da família de minha mãe nem precisei ir muito longe já que meus avós maternos não foram exemplos virtuosos de pais.
Espero que esse apanhado histórico-cultural-familiar lhe ajude de alguma forma porque muitos dos valores culturais de sua família, provavelmente se constitua de verdades passadas de pais para filhos sem nenhum sentido na presente realidade, já que estas verdades nunca foram contestadas pelos seus pais, sob risco de serem punidos fisicamente por seus avós.
Se achar interessante, procure perguntar para seus pais o porquê deles pensarem de tal modo e por que as coisas não poderiam ser encaradas de outro modo. Procure alternativas para as verdades deles se por acaso eles são democráticos para discutir seus dogmas.
Abraços.
Oi João Rocha!
A partir de hoje não o chamarei mais de Labrego pois vejo que vc é Rocha de boa têmpera!
Parte das conseqüências da sua infância são bem parecidas com o que vemos em toda parte: viver na fantasia, solidão e vida social retraída.
Tem os que levam para o outro lado, um hiper-realismo ou uma vida social tão promíscua que se torna mais solitária do que podemos imaginar.
Tambêm sou da turma da fantasia e da retração social, mas mudei boa parte disso, apesar de ser um processo sempre em andamento, né?
No começo pensei em dizer que você não estava sozinho, mas me parece que vc enfrentou uma barra mais pesada do que a média. Se bem que, no final das contas, todos nós estamos mais ou menos no mesmo barco.
Você ao menos (E gosto de pensar que eu também) conseguiu canalizar isso tudo para uma viagem de auto-conhecimento e auto-aperfeiçoamento. Muitos, como os radicais que citei neste artigo, se enchem de arrogância e preconceitos. Em vez de se aprimorarem por dentro querem tornar o mundo tão doente quanto eles pois sua doença lhes parece a sanidade que a moral impõe.
O Post que virou Sub-Blog !!
E ai Roney, voltei pra ver como tinha ficado este post depois do meu comentário em Junho e me deparo com isto: o primeiro Sub-Blog a partir de comentários que vejo, hehe!
Quanta coisa rolou hein !? Primeio você arranjou um amigo, depois amigos se reencontraram, só faltou o GRITÃO voltar pra dar mais uns gritos!
Vou me agora tranquilo de não precisar voltar para este post, ele foi resolvido com amizade, que pode até não ser corerente com o título do post mas é coerente com a imediatez do mundo virtual onde tudo se ‘linka’ e de um ponto passamos pra outro completamente diferente seguindo a oportunidade e a emoção que os comentários, mais do que o título, nos impulsionam e nos despertam, nos motivam. Felicidades para todos!
Li há muito tempo na bíblia uma frase de Jesus onde diz que todo pecador deve confessar seus pecados para se redimir.
Entendo por pecador aquele que sofre de emoções negativas causadas pela forma como encara a vida e como confissão de seus pecados a verbalização de suas emoções negativas até a exaustão a fim de se conscientizar dos verdadeiros motivos das mesmas, sejam eles culturais, imaginários ou reais.
A essa tentativa de verbalização chamamos de catarse ou desabafo a fim de que o cérebro do sujeito aos poucos vá conseguindo racionalizar e associar as emoções às idéias e crenças que ele foi aceitando como verdadeiras em sua vida.
Vou te dar um exemplo:
Imagine que eu detestava meus pais por eles serem autoritários. Com o passar do tempo, vou me tornando igual a eles, afinal, a convivência longa com nossos pais acaba por desenvolver em nós atitudes e idéias similares ou opostas àquelas de nossos pais, a fim de que não nos sintamos tão mal assim com os seus ataques verbais e/ou físicos.
Vamo-nos tornando anti-sociais pois nossos pais de tanto criticarem nossos colegas e amigos, a qualquer falha desses amigos, ficamos de mal dos mesmos, pois tentaremos de todo jeito contradizer aquilo que nossos pais falaram de mal. Na primeira atitude de nossos amigos que coincida com aquilo que nossos pais falaram de negativo sobre as pessoas, acabaremos por perder a confiança natural que temos nas pessoas.
Com isso tornamo-nos misantropos (odiamos a humanidade) e passaremos a querer transformar o mundo em algo idealizado pela nossa mente. Pior, se esse mundo fosse criado pela gente ainda dava para fazer algo mas foram criados pelos nossos pais e estamos tentando transformar o mundo em algo parecido com nossa família, onde a individualidade de seus membros nunca foi respeitada. Se um sofria você também tinha que sofrer pois senão seria taxado de egoísta. Essa promiscuidade familiar é que muitas vezes queremos transportar de nosso mundo familiar para o mundo lá fora.
E longe de pensar que todas essas nobres intenções são filantrópicas! Elas são sim, misantrópicas. O verdadeiro filantropo aceita as pessoas e o mundo como eles se apresentam para ele. Já o misantropo odeia as pessoas e o mundo na forma em que os mesmos se apresentam para ele.
O filantropo não odeia os muçulmanos e nem os americanos pois entende que o que faz o muçulmano ser tão agressivo e revoltado é o fato de ele pertencer à uma cultura que castra nas pessoas os mais nobres sentimentos da alma tornado-as insensíveis diante do sofrimento alheio.
Já os americanos representam aquilo de mais elevado que podemos conceber para nosso país. O anti-americanismo existe justamente por acharmos que enquanto os americanos existirem nosso complexo de inferioridade será mais doloroso, afinal, a tão propalada igualdade social prega justamente a extinção da inveja quando todos forem pobres e sem oportunidades de melhorar por si mesmos.
É muito difícil sentirmo-nos superiores ou os melhores do mundo quando temos os EUA a nos lembrar constantemente do nosso sub-desenvolvimento e da nossa cultura inferior. Por isso que eu disse que para sermos felizes precisamos parar de nos comparar com os outros. Quem se compara sempre perde pois sempre alguém terá alguma qualidade superior à algo em nós, mesmo que essa qualidade ainda não tenha se manifestado na vida do outro.
No caso do Lula, até aqui ele tem feito muita besteira no governo. Talvez, alguma qualidade nele se manifeste daqui para a frente que pode mudar a trajetória do país. Nada é impossível, afinal, a mesmice nos mata de tédio e o Lula já deve estar de saco cheio daquelas idéias de jerico que seu partido tanto valoriza como verdades supremas.
Quanto aos preconceitos, não sei se já falei sobre o assunto, mas os mesmos são defesas psicológicas que as pessoas criam para se defenderem da tentação de fazer aquilo que consideram mau.
Por exemplo:- se eu vejo pessoas que não trabalham e vivem sem dinheiro jogando bola e sendo felizes logo eu me ressinto por estar indo trabalhar e não poder me divertir como eles. Logo, invento um preconceito contra estas pessoas chamando-as de vagabundas e desvio minha atenção daquele divertimento.
Pior, depois da primeira vez, toda vez que eu vir alguém se divertindo terei que apelar para algum preconceito, mesmo que irracional, pois por trás do preconceito existe uma grande vontade de ser igual ao próximo. Por isso que devemos ou achamos que devemos odiar aquilo que consideramos mau. Para nos defendermos da vontade de fazer o mesmo e pormos nossos planos de vida por água abaixo, já que não confiamos totalmente em nossa capacidade de adaptação a atividades diversas.
Muitas vezes, por acharmos que o trabalho é dureza, criamos defesas contra a vontade de nos divertirmos criticando as pessoas que se divertem.
O maior problema que nosso ego enfrenta é ver que aquele timinho de vagabundos que só jogavam bola e não trabalhavam agora se tornaram jogadores profissionais e estão ganhando milhões, ao passo que nós estamos ganhando, com todo nosso esforço, uns míseros R$ 3000,00 ou R$ 5000,00. Entende por que devemos valorizar nossas escolhas na vida e não sucumbirmos ao canto de sereia que nos seduz a fazermos coisas que não temos condições físicas e muito menos psicológicas?
O auto-conhecimento é necessário até mesmo para compreendermos nossas limitações físicas e mentais para não nos sentirmos inferiores quando virmos que um “vagabundo” se deu bem na vida e muito melhor que a gente mesmo, jogando bola. Oras, eu sei por experiência que se vivesse de jogar bola eu passaria fome dado que nunca fui muito apto aos exercícios físicos. Felimente, me dei bem em alguma coisa para garantir a minha sobrevivência. Entende como a gente confunde os motivos da necessidade de se trabalhar? Não trabalhamos para consegur valorização social e sim para garantir nossas necessidades básicas de sobrevivência e algum luxo se for possível.
Por isso que muitos se frustram no emprego pois esperam do patrão as atitudes de um pai, ou mãe, ou simplesmente alguém que deve dar emprego por caridade e não por aptidão profissional da pessoa. Se esperarmos sempre pelo nosso salário e, quem sabe, nossa melhora financeira na vida bem como a elevação de nossa auto-estima frente aos desafios que nos são impostos no ambiente profissional, com certeza jamais nos cansaremos de trabalhar e nem teremos necessidade de preconceitos para nos auto-afirmarmos pois cada um se diverte como pode na vida. Eu me divirto trabalhando pois foi a forma que mais deu certo para mim.
Outros preconceitos contra gays, por exemplo, vêm da adolescência, quando nossa masculinidade era desafiada pelos demais colegas ou até mesmo familiares. Apesar de não termos nenhuma intenção homossexual em nossas ações as mesmas ao serem interpretadas como tal fazem-nos criar defesas psicológicas para policiar nosso comportamento social, a fim de não mais sermos expostos ao ridículo. Esse emaranhado de atitudes que vamos nos auto-proibindo devido à brincadeiras dos outros que muitas vezes não tem nada a ver com estas mesmas atitudes, acabam por tornar-se tabu para nós.
Como não sabemos distinguir o que é atitude masculina do que é atitude homossexual vamos reprimindo todas as atitudes acompanhadas de escárnio pelos demais colegas. Com isso, muitas vezes, reprimimos juntos as coisas boas que nos faziam felizes, tais como a naturalidade de nosso comportamento e a confiança que sempre tivemos em nós mesmos.
Percebe como é importante os projetos de lei que visam acabar com os preconceitos? Eles nem mesmo são feitos para os adultos e sim para os jovens, pois o jovem, sem ser gay, às vezes tem atitudes que podem ser confundidas com homossexualismo e criar traumas em sua formação psicológica.
Quanto aos preconceitos em relação ao comportamento ainda vai pois podemos mudar os mesmos. Pior são os preconceitos contra a cor da pessoa. Isso a pessoa jamais poderá mudar a não ser que gaste o maior dinheiro que nem o Michael Jackson para ficar branco ou quase branco.
Sem mais para o momento, abraços.
Caro Roney:
Respondendo � algumas perguntas que voc� fez durante essa nossa troca de id�ias no blog, tais como criar um blog para discutir essas id�ias, posso dizer que n�o vejo isso mais como necess�rio.
Se voc� acompanhar todo o desenrolar de meus escritos e confiss�es que fiz neste blog eles est�o conduzindo � uma �nica conclus�o: a vida � simples e muitas vezes nem sequer precisa ser discutida. Basta-nos atermo-nos � nossas necessidades pessoais e satisfaz�-las de forma apropriada que seremos felizes.
Oras, se a vida � simples por que ela nos parece t�o complicada? Pelo fato de pessoas bem ou mal intencionadas haverem formulado perguntas irrespond�veis e haver fomentado situa��es em nossas vidas para corroborarem a necessidade de resposta de suas perguntas irrespond�veis.
Estas pessoas acreditavam piamente que sabiam o que era bom para todo mundo mas se sabiam tanto por que n�o se davam uma vida melhor? Porque estavam mentindo, pura e simplesmente. As pessoas mais certas do mundo n�o ocupam o seu precioso c�rebro para encontrar respostas aos problemas alheios e sim aos seus pr�prios problemas. O restante do tempo que lhes sobram ocupam-no em trabalhar, produzir e se divertir, ou seja, agem de maneira objetiva na vida e n�o de forma subjetiva.
J� pensou se um computador tivesse que explicar a si mesmo o significado de sua exist�ncia? Ele n�o teria tempo para mais nada e sua capacidade de processamento de dados ficaria totalmente comprometida com algo sem solu��o racional.
Eu comecei a me resolver na vida quando comecei a perguntar-me o porqu� de tal atitude ou tal pensamento fazer parte de mim, ou seja, comecei a questionar-me e com isso muita coisa foi vindo � tona.
O mais importante de todo esse processo dial�tico que tive que elaborar para dar voz aos meus sentimentos e emo��es n�o � necessariamente as minhas conclus�es e sim o pr�prio processo em si.
Creio piamente que aqueles que est�o a fim de se dar uma vida melhor e n�o aquela que determinaram para ele viver devem necessariamente passar por um processo parecido com este pelo qual eu passei, ou seja, perder a vergonha na cara e expor seus conte�dos mentais para si mesmo ou para terceiros, de tal forma que os mesmos deixem de ter for�a sobre o seu comportamento social, familiar e profissional.
Certa vez, ap�s um ano desempregado, uma espanhola me convidou para ir � igreja Universal com ela. Eu lhe respondi que eu n�o precisava de igreja para ser feliz. Ent�o ela rebateu perguntando como eu poderia ser feliz estando desempregado. Eu lhe respondi ent�o que eu era feliz porque era feliz e n�o por causa de algo em que eu pudesse me apoiar. A� ela finalmente contra-atacou perguntando-me como eu poderia ser feliz vivendo �s custas de minha esposa. Eu, j� de saco cheio, respondi-lhe que para ser feliz basta perder a vergonha na cara. Com vergonha na cara �-se imposs�vel ser feliz.
Entende o que quero dizer? N�o � ao mundo que queremos mudar e sim a n�s mesmos mas como n�o conseguimos enxergar o pr�prio rabo achamos que o mundo � que est� errado. Por isso que tem aquele ditado que diz que enxergamos o rabo dos outros e n�o enxergamos o nosso pr�prio rabo. Essa vers�o do ditado equivale biblicamente �quele que diz que enxergamos um cisco no olho do pr�ximo e n�o enxergamos uma trave no nosso pr�prio olho.
N�o se assuste com o mundo do jeito que est� e do jeito que pretendem transform�-lo. Tudo isso acontece porque valorizamos demais os sentimentos de medo de nosso pr�ximo, dando-lhe vantagens tais como fazer as coisas pelos outros quando estes mesmos podiam faz�-lo.
Por exemplo: no servi�o algu�m diz que tem medo de subir na escada para apanhar algum objeto. Todo medroso sempre encontra algum metido a corajoso que adora se mostrar como corajoso. O medroso pede-lhe que pegue para ele o objeto e o corajoso pergunta-lhe por que n�o pega ele mesmo. O medroso confessa o seu medo de subir escada e o corajoso sente-se valorizado por n�o ter medo de subir escada e se faz de ot�rio. Algu�m pergunta ao corajoso por que se fez de ot�rio e ele responde que o coitado tinha medo e n�o se brinca com o medo das pessoas. Com isso ele foi feito de ot�rio e o medroso usou seus medos para dar uma de esperto.
Percebe a psicodin�mica que envolve os processos de intera��o entre as pessoas? Percebe como toda essa hist�ria que lhe contei sobre o medo ocorre num n�vel inconsciente que odiamos ver desmascarado em n�s? Percebe como a verdade d�i mas liberta? H� outro ditado na b�blia que diz:- Procure a verdade e a verdade vos libertar�! O que significa procurar a verdade? Significa questionarmos nosso comportamento pessoal e indagar sobre suas poss�veis causas. Isso nos tornar� cada vez mais conscientes do processo da vida e mais s�bios para orientarmos melhor nossa exist�ncia no mundo.
Eu lhe pergunto:- Quem fez mais pela humanidade: o ambicioso ou o humilde, o mercen�rio ou vagabundo, o aventureiro ou o sossegado, o que ama a vida ou o que odeia a vida? Procure as respostas na pr�pria hist�ria da humanidade e em seus atos. N�o procure-as nas cren�as das pessoas e sim nos fatos. N�o encha sua cabe�a de opini�es e cren�as e sim de fatos e conhecimentos. Os loucos s�o cheios de cren�as e opini�es sobre o mundo e as coisas. Os s�bios tem conhecimentos sobre o mundo e as coisas.
Quem construiu seu senso de realidade em fun��o das cren�as e opini�es alheias fala coisas sem sentido e sem aplica��o pr�tica na realidade. J� aquele que construiu seu senso de realidade sobre o conhecimento e/ou experimenta��o do mundo, construiu um senso de realidade mais pr�ximo daquilo que realmente �.
Aprenda a diferenciar aquilo que � objetivo daquilo que � subjetivo. Valorize seu subjetivismo tornando-o objetivo em sua mente racional. Confesse sua subjetividade para terceiros e exponha-a ao rid�culo. N�o construa uma falsa auto-imagem de si mesmo. N�o pense que �, seja realmente. � a �nica conclus�o que todo esse meu palavr�rio pode chegar. Por isso ele n�o � �til como material did�tico para algu�m aprender algo com ele e sim como processo intelectual de esvaziamento de um c�rebro contaminado com tantos intelectualismos desnecess�rios para a vida mas que a minha falta de orienta��o na vida foi aceitando como verdadeiros e necess�rios para a minha felicidade. Isso mesmo. Achei necess�rio responder a todas essas perguntas na cren�a de que finalmente conseguiria ser feliz caso chegasse � uma conclus�o sobre tudo isso. Era uma forma de fugir das minhas necessidades n�o satisfeitas que me aporrinhavam a exist�ncia.
Abra�os e desejo muito sucesso a todos aqueles que lerem minhas palavras que se forem analisadas n�o pelo seu conte�do mas como um processo de busca de si mesmo, ser�o muito �teis para muita gente. Quanto ao conte�do das minhas palavras o mesmo � muito pobre para se dar um grande valor para o mesmo. S�o apenas perguntas idiotas que consegui responder e cujas respostas n�o acrescentaram nada � minha vida a n�o ser a descoberta de que perdi meu tempo com besteiras.
Abra�os a todos.
Oi Jo�o!
Seus coment�rios sempre rendem assunto para muitas observa��es! :-)
Dos loucos her�icos dividitos entre o desprezo pela humanidade e o amor a ela, o preconceito contra aquilo que tememos em n�s mesmos e a busca de uma equa��o simples para a vida acho que o importante �, como voc� mesmo bem disse, a busca.
Fico feliz que meu blog tenha sido instrumento para isso.
Caro Roney:
Seus coment�rios sempre t�o encorajadores me fazem meditar sobre a utilidade de tudo isso. Parece-me que a nossa experi�ncia de vida somente adquire um sentido quando a mesma � pass�vel de verbaliza��o, ou seja, transforma-se num discurso seja ele pol�tico, psicol�gico, filos�fico, cient�fico ou todos eles.
Fico imaginando com os meus bot�es sobre a ang�stia de uma pessoa que n�o consegue verbalizar sua experi�ncia de vida a fim de tomar novos rumos quando os recursos emocionais j� se esgotaram e n�o foram adequadamente aproveitados na constru��o de um ego saud�vel e favor�vel a si mesmo.
Eu me estranho cada vez mais dada a velocidade com que eu me desinteresso das coisas e das pessoas. J� n�o tenho mais os recursos emocionais que me faziam t�o empolgado com a vida e as pessoas.
Acredito que eu esteja vivendo a idade da raz�o se bem que ainda n�o sei o que fazer com ela, a n�o ser ir compreendendo cada vez mais o funcionamento da psicologia humana.
Acho que de apaixonado por computadores tornei-me apaixonado pela natureza humana, n�o no sentido de suport�-la com suas fantasias megaloman�acas ou de inferioridade mas sim, pelos mecanismos inconscientes que determinam estes processos de comportamento, pois quanto mais eu conhe�o a natureza humana de forma objetiva mais compreendo a mim mesmo.
Essa auto-compreens�o d�-nos uma sensa��o de poder muito grande se bem que ainda n�o consegui canalizar essa sensa��o de poder para algo mais objetivo. Infelizmente, as fantasias me fazem falta pois eram atalhos que eu pegava na vida para dar-me motiva��o para alguma empreitada de m�dio ou longo prazo. Ainda n�o me apaixonei pela realidade. He, he, he.
Talvez seja porque eu n�o queira mais viver fantasias e sim viver realidades. N�o quero mais sonhar em como � a Europa, por exemplo. Quero sim, conhec�-la de fato e viver na a��o e n�o mais na imagina��o sobre como eu me sentiria se estivesse l�. N�o consigo mais perder tempo com isso. Por isso que tomei a decis�o de deixar a vida me levar e procuro sempre, estar presente de mente, corpo e alma nos poucos lugares em que ainda vou.
Tamb�m n�o quero mais rejeitar-me e viver a vida de uma personagem. Quero viver aquilo que realmente sou por mais sem gra�a que isso possa parecer. N�o quero mais servir a um ego bonzinho para os outros e cruel para comigo mesmo. Nunca consegui pensar a meu favor e sempre que imaginava eu ganhando na Mega-Sena ficava feliz imaginando o como minha fam�lia seria feliz com tanto dinheiro. Quando tentava pensar em mim pr�prio eu n�o conseguia me ver feliz.
Condicionei-me durante anos a acreditar que somente seria feliz se minha fam�lia tamb�m fosse. Por isso, n�o consegui desenvolver id�ias e a��es que me fariam feliz na vida.
Eu tinha muitas id�ias de como fazer as pessoas felizes e tinha certeza abosoluta de que estava certo mas quando se tratava de mim mesmo, eu n�o compreendia o porqu� as mesmas solu��es n�o me faziam sentido.
Entende o que quero dizer? N�o se iluda pensando que sabe alguma coisa sobre o que faria nosso pr�ximo feliz. Nosso pr�ximo infeliz sente-se feliz quando algu�m feliz lhe d� aten��o. Jamais ele se sentir� feliz com um anulado mais coitado que ele lhe dando aten��o. Por isso use sua cabe�a para achar solu��es para sua vida e n�o se iluda em mudar o mundo para ser feliz. Procure se adeq�ar a ele e achar na realidade aquilo que desperta seu interesse e prazer de viver. Achando invista nisso. N�o seja p�o-duro nem mesquinho consigo mesmo.
Abra�os.
Caro Roney:
H� um ano atr�s comprei nas bancas uma cole��o de fasc�culos em formato livro cujo nome era Conceitos de Pscan�lise. Cada fasc�culo tem cerca de 80 p�ginas e d� uma explica��o bastante acess�vel sobre os grandes temas da psican�lise atual.
Somente agora interessei-me por l�-la e comecei com o fasc�culo dedicado � inveja. Nem preciso dizer que foi muito produtiva a leitura e muito do que eu li coincide com os temas abordados por mim neste blog, principalmente aquele que se refere ao preconceito.
Percebi que eu sempre sofri de uma inveja patol�gica e que durante a vida sempre tentei lutar contra a mesma buscando realiza��es na vida para que eu me pudesse me sentir orgulhoso de mim mesmo na tentativa de mostrar para o mundo ou para os objetos de minha inveja que eu poderia passar muito bem sem eles e poderia conquistar as mesmas condi��es materiais que eles e nem por isso ser uma pessoa materialista e fria que n�o estava nem a� com ningu�m, principalmente comigo.
Por isso eu constru�a muitas coisas boas mas me esfor�ava por destru�-las a fim de exibir meu desapego pelas coisas mundanas e materiais, al�m, � claro, de ofender as pessoas que desejavam as coisas que eu consquistava.
Era um comportamento doentio e eu, por ser uma v�tima inconsciente do mesmo, sentia-me angustiado com o fato de eu nadar tanto para depois morrer na praia. Por isso me apeguei compulsivamente � minha profiss�o de programador de computadores usando-me de todos os recursos fantasiosos que possu�a.
Um lado meu, invejoso contum�z, esfor�ava-se por destruir aquilo que eu t�o bravamente me apegava e tentava usar como �nico sentido de minha vida e eu, por meu turno, vivia sempre angustiado (comecei a ler o livro que trata da ang�stia tamb�m) pois a ang�stia nada mais � do que a dor antecipada de algo que nos amea�a acontecer e que ser� muito dolorido do ponto de vista emocional.
A ang�stia nos leva a agir antes mesmo da percep��o da dor que tanto tememos e n�o sabemos que dor e essa que tanto tememos.
A inveja tamb�m nos leva a destruir internamente em n�s o sentido positivo das coisas que sempre desejamos pois essa atitude interior � uma forma de vingan�a contra a vida e o mundo que tanto desejamos nos tornar iguais e felizes. O que mais incomoda um invejoso � a felicidade alheia e a sua incapacidade de ser feliz como as pessoas.
Compreendo agora n�o s� a mim mesmo mas tamb�m a motiva��o inconsciente que eu j� percebi em muitos pol�ticos e candidatos � pol�ticos. Acredito que estamos vivendo a cultura da inveja fomentada por uma ideologia que n�o valoriza o indiv�duo mas taxa-o de eternamente pobre e incapaz de lutar e vencer j� que h� uma elite impedindo-o de sair do buraco em que se encontra.
Muitos pobres de 20 anos atr�s que ganhavam 1 sal�rio m�nimo, hoje ganham 5 a 10 sal�rios m�nimos. Eles se viraram e se deram uma vida melhor como eu aproveitando os recursos que existem no mundo tais como cursos de ingl�s, de inform�tica, faculdade, cursos t�cnicos, etc.
A cren�a na eterna pobreza � por demais delet�ria numa sociedade abrindo caminho para ideologias marxistas que visam dar nomes aos conflitos internos dos indiv�duos.
Por exemplo: se uma crian�a est� jogando bolinha de gude com outra e esta se esfor�a para ganhar e ganha, um marxista achar� essa sensa��o de vit�ria da crian�a como ades�o ao capitalismo, ou seja, a crian�a estar� jogando pela id�ia de ganho material e poder� ser potencialmente perigosa para um regime comunista. J� a crian�a que perdeu ser� vista como uma coitadinha que precisa ser consolada e, cujos traumas oriundos dessa perda, dever�o ser consolados pelo estado onipotente. Ou seja, quem ganhou ser� punido e quem perdeu ser� premiado.
J� numa vis�o capitalista da coisa a crian�a vencedora superou os seus limites, adquiriu habilidades que a fizeram ganhar a partida e as bolinhas apenas representam um trof�u que ela conquistou com a sua pr�pria capacidade.
A crian�a que perdeu se esfor�ar� no sentido de melhorar as suas habilidades e, caso n�o consiga, chegar� � conclus�o de que n�o nasceu para jogar bolinhas de gude e partir� para outro tipo de jogo.
A defini��o de fracassado no mundo capitalista � aquela pessoa que n�o conseguiu se libertar da compuls�o pelo jogo de bolinha de gude por ser fraca nesse jogo e at� hoje est� insistindo nisso, ou seja, valorizou demais seus pontos fracos e n�o conseguiu tirar proveito da vida. Quanto mais perdia mais se anulava e se sentia inferior, fazendo-se de v�tima e coitada.
J� a defini��o de pessoa vitoriosa � aquela que valorizou mais os seus pontos fortes e conseguiu transform�-los em vantagens na vida. Quando percebeu que n�o dava para uma coisa desistiu prontamente sem remorsos e partiu para outra coisa. Com isso n�o foi acumulando frustra��es e nem ressentimentos na vida.
Pois � meu caro colega. A vida � fascinante quando conseguimos perceber nossos erros e acertos. N�s nos identificamos com o coitado e a v�tima e sentimos pena deles porque todos n�s temos um coitade e uma v�tima dentro de n�s pois n�o conseguimos ser bons em tudo aquilo que tanto desej�vamos.
Da� v�m a inveja que nos obriga a destruir aquele desejo de uma forma dolorosa para n�s. Quanto mais fantasias tivermos sobre n�s mesmos e sobre o mundo mais inveja sentiremos por termos que destruir em n�s aquilo que tanto desejamos mas n�o conseguimos obter. Por esse motivo aposte sempre no que voc� consegue realizar e caso perceba que n�o d� para uma coisa, desista sem remorso ap�s ter tentado de tudo para faz�-la dar certo.
O preconceito � fruto de nossa inveja mal-resolvida pois a culpa e o remorso caudados pela percep��o de nossa inveja s�o cru�is.
Enfim, foi tudo isso que li no livro e estou resumindo minhas conclus�es para voc�. Quem sabe se n�o lhe ser� �til?
Voc� alguma vez j� sentiu um grande desejo de comprar uma moto ou um carro? Desejou tanto e sentiu tanta dor por ver que as pessoas tinham aquilo que voc� mais desejava que acabou desistindo de ter e ainda por cima passou a odiar o objeto desejado?
E agora mesmo tendo dinheiro n�o consegue comprar aquilo que tanto desejou no passado pois n�o v� mais sentido nisso? Pois �. Se tudo isso aconteceu com voc� � por que voc� � uma v�tima inconsciente da inveja. O fato de voc� n�o desejar mais o carro ou a moto foi devido a voc� ter destru�do a representa��o ou significado positivo que o objeto tinha para voc�.
Com isso a sua vida vai ficando cada vez mais vazia de coisas boas e cheia de ressentimentos com o mundo pois as pessoas n�o v�em aquilo que voc� v� nas coisas.
Veja bem. Se estou te falando isso n�o � para te humilhar nem para te desmascarar e sim, para te avisar de um erro que cometi no passado e sei que muita gente comete esse mesmo erro. Ao inv�s de adiar a realiza��o de seus sonhos destr�em-no pensando que se desdenharem o objeto de seus sonhos libertar-se-�o da dor da frustra��o.
Abra�os e tudo de bom para voc�.
Oi Jo�o da Rocha!
Tudo que vc diz � �til tanto para mim quando para outras pessoas que esbarram por aqui. Vc transformou um post sobre a agressividade da extrema direita em um mergulho na alma humana!
A inveja n�o � uma das minhas grandes falhas, mas creio que muita gente tem um pouco deste dispositivo de construir para mostrar sucesso e destruir para mostrar desapego.
No meu caso nunca cheguei ao extremo do seu �ltimo exemplo de desejar muito algo que n�o podia ter a ponto de depois passar a odiar a coisa, mas entendo o dispositivo.
O exemplo do jogo de bola de gudes � interessante, mas eu diria que tanto a vis�o de esquerda quanto a de direita (n�o acho que estas duas formas de pensamento estejam necessariamente ligadas ao comunismo e ao capitalismo respectivamente) acabam focadas fora do indiv�duo produzindo pessoas que vivem conforme as expectativas externas em um individualismo psic�tico que paradoxalmente sacrifica justamente sua individualidade criando todo um padr�o doentio cheio de preconceito e raiva diferenciados apenas por quem comanda a ditadura: o estado para a esquerda comunista, as corpora��es na direita capitalista. Resta saber se uma esquerda capitalista (onde me incluo) ou uma direita comunista (que n�o consigo imaginar) seriam capazes de criar um mundo mais equilibrado.
Caro Roney:
Fiquei surpreso ao revisitar o M�dia sem M�scara e encontrar nele duas mat�rias intituladas “Adendos � Psicologia da nova esquerda – 1a. Parte” e “Adendos � Psicologia da nova esquerda – Final” cujos links s�o: http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5234&language=pt e
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5235&language=pt
O mais interessante dessas duas mat�rias foi o fato de as mesmas tratarem do tema esquerdista da mesma maneira como vimos tratando at� o presente momento mas de uma maneira mais objetiva e cient�fica do que a que eu venho tentando at� o momento.
Leia-as e quem sabe voc� perceber� uma certa familiaridade com este blog.
Quanto ao fato de esquerda ou direita serem boas ou n�o eu me considero imaturo para tecer opini�es a esse respeito. N�o vivi experi�ncias em algo similar e muito menos tenho informa��es do que seria um pa�s como o Brasil governado por um sistema pol�tico de esquerda-comunista.
O que posso dizer em defesa da direita � que ela estabelece normas e leis claras sobre a ascens�o social e econ�mica do indiv�duo transformando a auto-realiza��o do indiv�duo numa esp�cie de jogo.
Retomando a met�fora do jogo de bolinhas de gude, aqueles que desejam mudar as regras do jogo s�o justamente aqueles que s� perderam por insistirem num �nico tipo de jogo.
Oras, eu me senti fracassado aos 19 anos por ter feito um curso T�cnico em Metalurgia no SENAI de Osasco-SP e n�o ter conseguido uma coloca��o profissional para mim.
Aos 20 anos entrei para o Bradesco como escritur�rio ganhando 1 sal�rio-m�nimo e meio. L� eu estudei na Funda��o Bradesco, com 21 anos, o curso T�cnico em Processamento de Dados e me tornei um programador de computadores aos 24 anos. Com isso percebo que esta met�fora do jogo de bolinhas de gude me cai como uma luva.
Eu aceitava as regras do jogo e acreditava que me emanciparia economicamente na vida somente atrav�s do estudo e de uma profiss�o. Se eu desse bola �s minhas car�ncias afetivas e �s minhas sensa��es de fracasso teria desistido de tentar novamente.
Com isso, seria v�tima f�cil de sociopatas que se esfor�ariam por transformar a minha frustra��o em revolta contra a sociedade. Felizmente, fui esperto o suficiente para acreditar em meu pai e renunciar provisoriamente � uma vida social que me levaria ao fracasso na vida.
Sim meu caro. Tudo isso que os esquerdopatas sentem eu tamb�m senti a vida inteira mas eu rejeitava aqueles sentimentos, reprimindo-os e n�o dando bola para eles. L� no fundo de minha consci�ncia eu tinha quase certeza de que seguindo o caminho estreito eu conseguiria ter sucesso um dia.
Tive muito sucesso profissional e financeiro mas jamais me senti como algu�m bem-sucedido justamente pelo fato de meu lado emocional ainda ser infantil e n�o haver se desenvolvido mas intelectualmente me desenvolvi bastante.
Com isso, foi-me poss�vel enfrentar e reviver esse meu lado emocional que tanto sabotava minhas conquistas na vida. Fui, atrav�s de livros e observa��es in loco, me auto-justificando diante de mim mesmo e somente agora, passados 7 anos dessa busca, sinto-me verdadeiramente um homem bem-sucedido.
Foi dif�cil convencer minhas emo��es desencontradas da necessidade que tive de ser dur�o comigo mesmo e mole para com os outros. Descobri que me sensibilizando com a dor alheia e tentando aplac�-la fui me dando cada vez mais raz�es para perseguir objetivos profissionais que estavam muito al�m de minhas necessidades cotidianas e do mundo mental no qual eu fui criado.
Por isso meu caro, a loucura muitas vezes � necess�ria para o indiv�duo superar a si mesmo pois sem ela, o indiv�duo n�o consegue achar raz�es para sair de uma determinada situa��o s�cio-econ�mica na qual ele j� est� acostumado desde que nasceu para uma situa��o s�cio-econ�mica superior.
� justamente esse auto-sacrif�cio que os filhos sem pai n�o entendem. Eles n�o conseguem compreender que filhos de fam�lias estruturadas s�o cobrados pelos pais e que estes filhos reprimem em si muitos impulsos e necessidades naturais canalizando-os para a satisfa��o das expectativas familiares sobre eles.
Agora, meu caro, se um filho de fam�lia estruturada sofre tudo isso o que dizer ent�o de um filho de fam�lia desestruturada que tamb�m conseguiu ascender a uma posi��o invej�vel na vida?
Percebe o quanto de luta interior eu tive que enfrentar e quantas mentiras eu tive que me pregar para continuar no caminho certo ou pelo menos aquele que minha consci�ncia me ditava como certo?
N�o fiquei me questionando se era certo ou n�o estudar e trabalhar. Todo mundo sabe que �. Quando algu�m diz o contr�rio n�o � porque n�o sabe e sim porque n�o aceita as regras do jogo assim como aquele perdedor do jogo de bolinhas de gude que ao inv�s de treinar mais para ficar bom, ele fica metendo o pau nas regras estabelecidas por todos.
� mais ou menos o que acontece na vida pol�tica de um pa�s. Infelizmente, o mundo est� cheio de maus exemplos que nos prometem um para�so social ao custo da liberdade de sermos humanos e naturais.
Querem construir com promessas v�s um para�so perfeito em que a alma humana ser� aprisionada para sempre num mundo idealizado por gente que n�o conseguiu vencer porque nem sequer tentou.
Quantas vezes essas pessoas tiveram vontade de mudar de vida e se deixaram influenciar pela opini�o de pessoas pessimistas? Por exemplo, suponhamos que uma pessoa queira montar um com�rcio.
Ela chega nos amigos e fala de seus projetos. Sempre haver� um que lhe contar� a experi�ncia de um tio ou parente que quebrou a cara e por isso montar um com�rcio � p�ssimo neg�cio. A� voc� passar� a acreditar que com voc� suceder� a mesma coisa. Percebe alguma familiaridade nisso? Quantas vezes voc� n�o deu ouvidos para o canto de sereia de pessoas invejosas que sempre tinham um motivo para justificarem o seu fracassso e seu comodismo diante da vida?
O discurso esquerdista � um discurso para pessoas que desistiram de lutar e para fugirem da percep��o consciente de seu pr�prio fracasso na vida come�am a justificar o criminoso como uma v�tima social do sistema. Com isso, a sociedade j� t�o bombardeada e sensibilizada com essa interpreta��o falsa da realidade social do pa�s passa a aprovar o crime como algo necess�rio para se implantar um regime pol�tico de justi�a e igualdade sociais.
Lamento meu caro colega. Talvez para se fazer a omelete seja preciso quebrar os ovos. Talvez para entendermos as consequ�ncias funestas de um modo de pensar e sentir seja necess�rio que este mesmo modo de pensar e sentir se materialize diante de nossos pr�prios olhos. Somos um pa�s jovem mas pobre de experi�ncias pol�ticas. Para aprendermos o que � o mal precisamos viver suas consequ�ncias para podermos crescer.
Eu n�o posso oferecer uma opini�o sobre esse assunto porque n�o disponho de viv�ncias mas garanto que a minha fam�lia foi o mais pr�ximo que consigo entender como uma ditadura comunista. Por isso me foi bastante desagrad�vel essa conviv�ncia e custou-me elaborar um conceito sobre o que significava aquele tipo de organiza��o familiar.
Talvez aquilo que eu vivi familiarmente o Brasil precise viver como sistema pol�tico de governo para sentir na pele o que significa a falta de liberdade.. At� mesmo uma ditadura de direita � muito mais bem-vinda do que uma ditadura de esquerda mas como saberemos se n�o vivermos os dois lados da moeda? Tudo n�o passar� de conjecturas sem a devida experimenta��o.
Abra�os e continue assim sempre curioso. Isso me estimula bastante a desenvolver e verbalizar as minhas id�ias. Todo ser-pensante precisa de um interlocutor e voc� est� fazendo este papel para mim.
O pr�prio Einstein precisou de um interlocutor para elaborar a sua Teoria da Relatividade. Qualquer dia eu te conto essa hist�ria mas desde j� te antecipo que todo discurso precisa de um locutor, um interlocutor e, opcionalmente, um opositor.
O opositor aparece sempre depois do discurso elaborado e acabado. Se ele aparecer antes o discurso � abandonado antes mesmo de ter come�ado, tal � o poder que esses vampiros t�m sobre o nosso emocional imaturo e cheio de medos.
Nossos maiores interlocutores deveriam ser nossos pais mas os meus foram meus opositores. Por isso que foi dif�cil para mim construir um discurso dial�tico favor�vel ao crescimento que eu almejava na vida.
Novamente, abra�os e tudo de bom.
Caro Roney:
Somente para complementar minhas auto-confiss�es quero dizer que fui uma crian�a pobre de realidades positivas, ou seja, minhas necessidades n�o foram supridas de forma satisfat�ria. Por esse motivo, apeguei-me ao mundo encantado de Walt Disney atrav�s das revistas em quadrinhos.
Atrav�s da fantasia fui crendo nesse mundo de faz de conta onde os bons eram premiados e se davam bem e os maus eram castigados e se davam mal.
Acredito que meus complexos de culpa eram fruto dessa interpresta��o fantasiosa pois s� vivia apanhando de minha m�e sem nem mesmo saber o motivo. Oras, se eu era castigado era porque eu era mau segundo minhas pr�rprias fantasias e por isso eu teria que me esfor�ar para ser bom.
Sem perceber, isso foi me causando revolta n�o contra o mundo mas contra mim mesmo por me sentir como mau e os outros como bons, j� que eles n�o eram castigados pelos seus pais.
Percebe como consegui transferir a maldade de meus pais para mim mesmo e me submeter �s expectativas dos mesmos em rela��o ao meu comportamento familiar e social?
Se isto foi bom? Hoje consigo entender o processo e sou obrigado a confessar que foi maravilhoso. Doeu pr� caramba mas funcionou e agora estou me sentindo como um vitorioso. Pior se eu estivesse me sentindo como um fracassado e de mal com vida.
Muitas vezes, nos prendemos ao passado e �s dores do mesmo, justamente por ainda n�o termos elaborado um discurso que o justifique. Quando, com muito esfor�o e dor, conseguimos dar uma vis�o mais racional �s nossas dores e conseguimos enxergar as vantagens por nos termos submetido a todo aquele processo, passamos a n�o mais sentir as dores do passado e sim, os prazeres do presente.
Perdemos o medo do futuro pois o futuro � uma sucess�o de presentes satisfatoriamente vivido e a alegria de hoje ser� maior amanh� assim como aqueles que cultivam o pessimismo e a depress�o. As pessoas acham que sendo pessimistas est�o se protegendo da dor da frustra��o, da desilus�o, enfim, est�o com peninha de si mesmos.
Elas n�o sabem que a dor de hoje sempre tender� a aumentar amanh� criando em n�s um c�rculo vicioso que nos tornar� cada vez mais piores do que j� somos.
Por isso, procure motivos para cultivar o otimismo e a alegria de viver. Leia livros cl�ssicos, ou�a m�sicas que te melhorem os sentimentos e te deixem de bem com a vida, estude e aceite os desafios que a matem�tica, a f�sica, a qu�mica te prop�e pois cada acerto e cada sucesso v�o te condicionando para se sentir bem consigo mesmo. N�o deixe o medo te dominar e muito menos pense que as previs�es negativas a respeito de nosso pa�s v�o se concretizar.
Se necess�rio, crie um mundo de fantasia que te motive a perseverar no bem. Se voc� se deixar influenciar pela negatividade vigente as coisas boas que voc� faz passar�o a n�o mais valer a pena pois o seu emocional n�o mais cooperar� com voc�.
Tchau e por hoje � s�.
Caro Roney:
Acabo de redigir um email para meu amigo Pedro e gostaria de transcrev�-lo na �ntegra para este blog. Segue abaixo o mesmo:
Caro Pedro:
O endere�o do blog � https://www.roney.com.br/blog/?p=713
Acredito que voc� encontrar� no blog em minhas �ltimas postagens as conclus�es finais a que estou chegando nesse processo de auto-conhecimento.
Na verdade, hoje nem sei bem dizer se a este processo pode se dar o nome de auto-conhecimento pois est� mais se tratando de abandonar velhas formas viciadas de se agir e pensar, ou seja, velhas motiva��es que n�o funcionam mais para mim pois tamb�m j� tenho 42 anos de idade.
Penso que no passado fizemos as melhores escolhas que pod�amos pois o mundo mental que nossa fam�lia nos legou n�o era muito adeq�ado � realidade que desej�vamos viver. Por isso que gerou em n�s tanto conflito entre o que tinha que ser feito para nos fazer feliz e aquilo em que acredit�vamos e endoss�vamos mentalmente como verdade.
Acredito piamente em reencarna��o, apesar de n�o ser um esp�rita professo, j� que a vida al�m da morte n�o � a minha principal preocupa��o. Estou mais ocupado com a vida do lado de c� do que com a vida do lado de l�.
Tamb�m n�o espero recompensas ut�picas para al�m desta vida. H� algo que me motiva a perseverar na demoli��o de meu mundo mental anterior que � justamente a cren�a na continuidade e repetitividade da vida.
Se n�o fosse por isso, eu j� teria sucumbido facilmente � destrui��o de minhas fantasias que nada mais eram do que a tentativa de me dar motivos para viver e continuar vivendo.
Eu jamais tive saudades de minha inf�ncia naquilo que ela teve de real e sim, sentia-me saudoso das minhas pr�prias fantasias que n�o se realizavam na vida e sim, somente em minha imagina��o.
Percebe o que se entende por loucura? Foi a �nica forma de eu me ajustar ao mundo mental med�ocre de minha fam�lia, ou seja, dourar a p�lula amarga da realidade de terceiros para torn�-la mais saborosa.
Com isso, fomos nos moldando no sentido da coopera��o com as pessoas e aprendendo o princ�pio da autoridade e da obedi�ncia.
Quanto menos iludidos n�s formos mais cooperatividade teremos para dar ao mundo e menos resist�ncia ofereceremos ao progresso.
Quando se faz uma psicoterapia retoma-se o contato com aquilo que somos realmente e que gra�as � nossa capacidade de construir uma vida mental, rejeitando nossos conte�dos nocivos, e mantendo apenas nossos conte�dos favor�veis aos nossos objetivos, � que conseguimos evoluir e nos transformar em algo melhor para n�s mesmos.
Por isso, meu caro amigo Pedro, a conclus�o final de todo processo de auto-conhecimento � justamente conhecermos nossas fraquezas e valorizarmos a n�s mesmos pelas nossas escolhas.
Segundo o Espiritismo at� mesmo a fam�lia que escolhemos para reencarnar foi a mais adeq�ada para as nossas necessidades de crescimento espiritual.
O dif�cil em n�s nessa idade de 40 anos que estamos vivendo que � a idade da raz�o, � transformarmos nosso discurso dial�tico interior em algo mais adeq�ado para as necessidades atuais que percebemos em nossa vida.
Muita gente se esquivou da necessidade do trabalho e do estudo para se dar uma vida melhor e, por esse motivo, criaram id�ias de revolta contra as imposi��es sociais de crescimento. Acreditaram que a vida seria f�cil para os espertos e n�o para os inteligentes.
Hoje, estas pessoas percebem em suas vidas a necessidade de estudarem mas para conseguirem realizar tal intento elas precisam vencer suas resist�ncias internas que criaram contra o estudo, a autoridade e a obedi�ncia.
Percebe o quanto para n�s hoje � f�cil nos dedicarmos � um estudo s�rio enquanto que para muitas pessoas � dif�cil ou imposs�vel esta mesma dedica��o?
Moldamos nossa personalidade na dire��o da obedi�ncia a nossos pais justamente para conseguirmos realizar aquilo que tantas vezes fracassamos em outras vidas.
Fracassamos por qu�? Pelos mesmos motivos que levaram muita gente a nossa volta a se fechar para as possibilidades de progresso e crescimento na vida. Revolta contra a autoridade e necessidade de se obedecer a fim de tornar nossa mente favor�vel � aquisi��o de novos conte�dos.
Sei que voc�, racionalmente, pode concordar comigo mas tente aferir seus sentimentos em rela��o a estas palavras. Muitas vezes a mente concorda com as id�ias novas que nos interessam mas nosso lado emocional insiste em manter as mesmas emo��es de revolta, dor e raiva do passado.
Existe at� um romance esp�rita que se chama “Quando o passado n�o passa”. Como voc� v� nossa mente deseja progredir e se tornar consciente de si mesma mas nosso ego, emocionalmente constru�do para nos desviar da dor, op�e resist�ncia � percep��o de nossa verdade interior, a fim de nos proteger de revivermos dores que est�o firmemente inconscientizadas em n�s.
� preciso muita coragem para demolir estas nossas defesas pois os problemas mal-resolvidos retornam e d� muito trabalho reconstruir uma vis�o mais racional de nossa experi�ncia de vida.
Somente aqueles que tiveram a coragem de obedecer e se sujeitar �s regras impostas pelo meio em que nasceram � que conseguem ter a coragem necess�ria para se auto-enxergarem como realmente s�o. Os que mantiveram uma postura covarde temem a verdade de si mesmos e ocupam suas mentes em confirmarem as mentiras que pregaram a si mesmos durante toda a sua vida.
Por isso que � t�o dif�cil ser-se feliz nesse mundo. Sempre acreditamos que as fantasias de nosso pr�ximo s�o melhores que as nossas j� que eles demonstram estar mais felizes que a gente. Ledo engano, erro crasso. Essa gente � quimicamente feliz pois todas as nossas sensa��es emocionais s�o causadas por subst�ncias qu�micas liberadas pelo nosso c�rebro em nossa corrente sang��nea. Eles viciaram em sua pr�pria qu�mica interior tornando-se dependentes qu�micos de si mesmos e a mente precisa criar cada vez mais fantasias sobre a realidade para ser estimulada a produzir tais subst�ncias qu�micas, chamadas quimicamente de neuro-pept�deos.
Garanto para voc� que a vida que escolhemos para n�s vivermos, eu e voc�, foi a melhor que poder�amos nos dar em vista das circunst�ncias em que se desenvolveu a nossa forma��o ps�quica.
Muitos desses infelizes que n�o quiseram ou n�o souberam se submeter e que se fazem de pobres humildes s�o pessoas altamente orgulhosas que n�o quiseram se submeter �s ordens paternas por se acharem superiores e melhores que seus pr�prios pais.
Hoje a vida est� lhes mostrando o quanto � necess�ria a humildade diante de nossa fam�lia a fim de crescermos e nos realizarmos na nossa atual reencarna��o, propiciando uma nova vida para n�s ainda nesta mesma vida.
Se voc� ler o Evangelho voc� perceber� que l� diz que os humildes ser�o exaltados e os orgulhosos ser�o humilhados. O que voc� v� no mundo � que esses pobres coitados que se fazem de v�tima do sistema por desobedecerem a seus pais e n�o se curvarem ante a autoridade de um professor, est�o realmente vivendo uma vida indigna de um homem ou mulher de verdade que aprendeu atrav�s da ren�ncia � satisfa��o de suas necessidades imediatas, a adiarem a satisfa��o das mesmas e se concentrarem em objetivos presentes a fim de construir uma vida melhor para si mesmos.
Caro Pedro. Conto-lhe tudo isso n�o porque sei que voc� acredita nisso mas porque tenho pia certeza de que as coisas funcionam assim. N�o sei dizer de onde vem tanta certeza e convic��o em meu �ntimo mas acreditando intuitivamente nessas verdades que somente agora consigo dar um corpo racional para as mesmas, � que consegui atingir meus objetivos na vida e estou agora me animando para dar continuidade ao meu crescimento profissional e intelectual.
Um grande abra�o para voc� e sua fam�lia e que Deus o ilumine cada vez mais assim como vem me iluminando.
Caro Roney:
Acabei de finalizar meu processo de auto-conhecimento e, por esse motivo, esta ser� minha �ltima postagem neste blog.
N�o gostaria de deixar esta minha hist�ria incompleta pois sei que muita gente vai encontrar nela uma semelhan�a com sua pr�pria hist�ria de vida.
No mundo h� muitos sofredores que n�o conhecem o caminho da reden��o pessoal e nem mesmo eu conhecia.
Precisei descer �s profundezas de meu sub-consciente para desvendar o n� que tanto me fazia sofrer.
Parece-se com algo como descer �s profundezas do nosso inferno interior e, gradativamente, ir escavando de dentro para fora em busca da luz. Cada comportamento nosso que vamos lan�ando luz, ou seja, tomando consci�ncia de suas causas, vamos nos aproximando cada vez mais da superf�cie.
Encontrei um irm�o de um amigo meu neste final de semana e conversamos muito sobre nossos problemas pessoais. Ele conta hoje com 24 anos de idade, � casado e tem dois filhos, morando na casa da m�e. Percebi que o mesmo sofria da s�ndrome do pai ausente tamb�m.
Ele me contou que sempre me admirou, apesar de todos me acharem louco no passado, apesar de bastante inteligente, pois eu era um cara que lutava com todas as minhas for�as contra a minha loucura interior e tentava transform�-la em obras adequadas. Ele n�o admirava exatamente as minhas obras ou minha loucura e sim, as coisas que eu inventava para superar a aridez de minha vida, apesar de bem-sucedida.
Sim, meu caro colega, conversando com essa pessoa fui retornando ao passado e sentindo novamente velhas e enterradas emo��es que foram formando um discurso sobre as mesmas.
Nem sei se � necess�rio me aprofundar no discurso mas sempre senti, desde crian�a, aquilo que se pode chamar de inveja da fam�lia dos outros, como se eu desejasse ser adotado por outra fam�lia que me desse aquilo que eu precisava e nem sabia extamente o que era. Sentia que se fosse filho de outra fam�lia eu seria feliz pois teria brinquedos e gibis que eu tanto adorava.
Essa inveja foi sendo recalcada em mim e fui perdendo o contato com ela. Aos 17 anos eu era amigo de um colega de gin�sio e n�o sa�a de sua casa pois seus pais e seus irm�os me tratavam muito bem. Sentia-me feliz porque eu era aceito e admirado pelas pessoas e era como se eu fizesse parte daquela fam�lia feliz e saud�vel.
Aos 19 anos uma amiga de uma das irm�s desse amigo falou-me que a irm� dele estava apaixonada por mim. Enchi-me de esperan�as pois, sem perceber, eu n�o estava apaixonado por ela e sim pela sua fam�lia, da qual eu pretendia fazer parte.
Meu comportamento foi mudando em fun��o dessa paix�o que eu ia alimentando mas nunca tive coragem de me declarar, apesar de eu jogar umas indiretas, pois se ela gostasse realmente de mim ela iria dar um sinal de reconhecimento.
Com isso, meu amigo desconfiou, sua fam�lia desconfiou, enfim, meu amigo sentiu-se tra�do em sua amizade por mim e, conversando comigo, deu a entender que n�o mais me queria em sua casa.
A dor que senti de desamparo, culpa, remorso, abandono, enfim, todas as dores que uma pessoa � capaz de suportar, foi atroz. Pensei que fosse morrer e realmente queria morrer.
Desempregado, sem dinheiro, minha m�e me pagando pelos meus cigarros, enfim, a vergonha e a humilha��o eram hiper-super-dolorosas.
Foi dif�cil eu sair desse estado emocional e aos 20 anos consegui um emprego no banco. Eu jurei para mim mesmo que eu iria lutar e vencer na vida para mostrar para eles o quanto eles tinham perdido com minha amizade.
Chegava a fantasiar que a irm� desse amigo meu viria me dizer o quanto me amava e o quanto se arrependia por ter me desprezado. Essas fantasias eu alimentava at� o momento em que ela casou-se.
Quando ela se casou pensei comigo:- Se eu a amo, quero v�-la feliz e n�o quero prejudic�-la em sua escolha. Foi o racioc�nio que me ajudou a me conformar com a situa��o.
Afundei-me, portanto, em meus estudos e desliguei meu lado emocional, mal imaginando que estava sufocando meu ressentimento com o mundo e as pessoas e que esse ressentimento cobraria seu pre�o um dia, transformando-se em inveja pelas pessoas que tinham fam�lia ou que se sentiam de bem com suas fam�lias.
Sim. Eu tornei-me invejoso da felicidade familiar alheia e tinha medo de mim mesmo em minha destrutividade. Parece-me que em meus discursos destruidores da felicidade alheia, as pessoas sentiam um certo desconforto ou identifica��o pois acredito que todos est�o se esfor�ando para gostar de sua pr�pria fam�lia.
Eu, por meu lado, tentava orgulhar-me de minha fam�lia mas sempre eles destru�am esse meu orgulho por acharem que o mesmo era oriundo de minha situa��o profissional e financeira. Por mais que eles destru�ssem minhas mais caras inten��es de valoriz�-los eu cada vez mais me esfor�ava para fantasi�-los e justific�-los, a fim de dourar a minha realidade exterior e interior.
Sim, meu caro colega, tudo isso � ver�dico e acredito que o caminho para desapodrecermos como voc� bem falou, muitas vezes passa pela tomada de consci�ncia de nossas fraquezas do passado. � um processo bastante dolorido mas bastante libertador. Entende porque o louco se esconde atr�s de seu mundo fantasioso? Imagine quantas dores esse infeliz n�o carrega dentro de si mesmo e que a loucura ou suas fantasias escondem dele.
No final das contas, hoje, senti-me um vampiro cujas presas foram arrancadas pois o invejoso sofre com sua inveja e por isso sente-se consolado por despertar inveja nas outras pessoas. Por isso que eu era um exibicionista de meus sucessos e conquistas, chegando at� mesmo a gastar muito dinheiro em cervejas como se nada fosse para mim. Justamente para despertar inveja em meus semelhantes para sentir-me bem com aquilo. Ou seja, minha inveja me dava for�as e agora, sinto-me fraco precisando de novas motiva��es para minha vida.
Isso era um processo inconsciente que eu nem mesmo percebia de t�o autom�tico que ele era em meu comportamento. Custou-me muito vencer o meu senso moral para n�o mais me esconder de mim mesmo. Nosso moralismo esconde muitas maldades nossas disfar�adas em forma de bem. Eu n�o me julgava racionalmente um invejo mas uma pessoa humilde que gostava de me divertir com meus semelhantes tamb�m humides. Quando um desses semelhantes humildes se casava e se dava uma vida melhor, minha inveja despertava e logo eu me afastava, racionalizando que eu n�o gostava de gente metida e esnobe. Por isso, cada vez mais a qualidade de meus amigos e colegas �a se deteriorando. Cada vez mais os meninos perdidos que eu procurava para me sentir o melhor e o bonzinho eram mais perdidos ainda.
Por isso, tudo isso que eu falei sobre o Lula, sobre o PT, sobre a pol�tica, sobre o desarmamento, etc. nada mais era do reflexos de minha personalidade doentia.
Sei que estas palavras poder�o ajudar muita gente que est� perdida e que deseja se encontrar para se dar uma chance de ser feliz. Vale a pena enfrentar-se o seu dem�nio interior a fim de venc�-lo e conquist�-lo para o seu lado. Nossa felicidade depende da qualidade de nossas motiva��es.
Abra�os, caro colega e finalizo por aqui uma odiss�ia interior que finalmente teve um final feliz e que pretendo mant�-lo feliz por muitos anos daqui para a frente.
N�o mais me perderei de mim mesmo novamente. Obrigado pela sua aten��o pois ela foi fundamental para a elabora��o desse trabalho que h� 7 anos venho me empenhando. Obrigado de cora��o.
Oi Jo�o da Rocha!
Suas visitas tem sido muito bem vindas! Pode continuar utilizando este espa�o em suas jornadas. � muito recompensador ver algo que criamos sendo �til para outras pessoas, mesmo que a gente tenha feito pouco mais do que oferecer o espa�o! Hehehe!
Tenho certeza de que sua odiss�a ser� �til para muitos visitantes que talvez n�o agrade�am por timidez ou receio ent�o agrade�o em nome deles, afinal suas reflex�es foram e ainda ser�o �teis para mim tamb�m!
S� me permita uma opini�o… A �nica mente doentia � aquela que n�o se transforma. Todos n�s somos doentios, mas tenho certeza de que vc � uma das pessoas que caminha para ser cada dia mais equilibrado.
Abra�os!
Caro Roney:
Suas palavras de encorajamento e compreens�o para com os meus dramas pessoais s�o muito bem-vindas.
Acredito que estamos tornando-nos protagonistas de uma revolu��o que n�o est� destruindo mais o mundo e sim, o mundo interior que criamos para sentirmo-nos confort�veis em nossas vidas e fugirmos desesperadamente da dor que nos afligia.
� sempre bom poder contar com pessoas como voc� que n�o s� aprova a nossa bondade mas tamb�m compreende a nossa maldade que precisa ser transformada em id�ias, palavras e conceitos a fim de nos libertarmos da mesma.
Esse blog veio bem a calhar pois me permitiu falar n�o de minhas bondades mas de minhas maldades, sem culpa nem remorso. Simplesmente, olhando para ela como algo humano e normal na vida das pessoas.
Como diz a b�blia:- Aquele que n�o tiver nenhum pecado que atire a primeira pedra.
Espero que este blog ensine muita gente a falar de suas dores e tomar contato com elas e n�o simplesmente recalc�-las para o fundo da consci�ncia, a fim de fingir que � feliz e provocar inveja nos outros.
� muito bom quando a gente, depois de um desabafo longo como esse, percebe que n�o h� diferen�as entre eu, um mendigo, um favelado, um criminoso, etc.
Percebemos que todos os motivos que uma pessoa tem para ser um mau-elemento eu tamb�m os tinha mas consegui transformar esses mesmos motivos em coisas melhores para a minha vida.
Consegui valorizar emo��es boas mas t�nues em minha personalidade e emo��es ruins tais como culpa, medo e vergonha, a fim de me dar uma vida limitada mas correta.
O mais importante de tudo � que n�o preciso mais usar esses chicotes mentais que usei durante minha trajet�ria de vida para tentar conter o meu dem�nio interior. Posso agora, usar apenas as minhas emo��es boas e faz�-las crescer dentro de mim e � o que vem ocorrendo comigo.
Tudo que endossamos na vida, mesmo nossas dores emocionais que limitaram a nossa qualidade de vida foram necessidades que est�vamos suprindo pois a vida estava correndo e se a gente fosse perder tempo tentando resolver certos problemas n�o ter�amos tempo para mais nada e n�o conseguir�amos nos dar uma vida digna e satisfat�ria para n�s mesmos.
A vida passa e devemos nos concentrar em nosso bem. Nosso mal, se n�o for t�o grave e grande assim, vai se diluindo com as nossas experi�ncias felizes que v�o nos motivando a perseverar no bem.
Minha maior dificuldade foi a minha incapacidade de me dar uma vida feliz. Tentei moldar minha fam�lia que nunca foi exatamente minha e sim, do meu pai, � minha imagem e semelhan�a, ao inv�s de tentar construir uma para mim atrav�s do casamento e da constitui��o de uma fam�lia pr�pria.
Tudo isso foi fruto de minha ignor�ncia e do fato de eu achar que eu n�o merecia ser feliz pois eu nunca tinha sido um bom filho. Sempre aprendi que um bom filho tinha tudo para ser feliz mas nunca fui considerado como tal, mesmo ajudando financeiramente meus pais.
Ou seja, eles n�o me libertavam de sua depend�ncia pois, creio eu, sentiam-se inseguros e medrosos com a vida, preferindo condenar um filho � eterna depend�ncia e infelicidade do que aprov�-lo e deix�-lo partir para construir sua pr�pria vida.
Percebe, meu caro amigo, como a maldade e a bondade andam de m�os dadas? Quanto mais uma pessoa se esfor�a para ser boa muito mais maldades ela possui dentro de si. N�o se iluda com o Lula e outros pol�ticos que sobem num palanque para louvar a si pr�prios e suas obras. Louvor em boca pr�pria � vitup�rio.
Aquele pol�tico que chega no palanque e fala de suas propostas pol�ticas de governo e n�o fica se auto-afirmando diante de sua pseudo-bondade � porque j� se auto-aprova e n�o precisa da aprova��o popular de suas id�ias.
O povo sentindo essa for�a interior no pol�tico acaba vendo-o como forte e capaz e vota nele. Por isso que um pol�tico n�o deve se esconder da m�da assim como fez o Lula nesse debate. Quem foge � porque n�o se auto-aprova e quando n�o se auto-aprova � porque n�o fez aquilo que se comprometeu consigo mesmo de fazer.
� isso mesmo. N�o precisamos fazer aquilo que prometemos ao eleitor mas aquilo que prometemos a n�s mesmos de fazer. O problema do Lula � que ele n�o traiu o eleitorado e sim, a si mesmo. Planos de campanha e planos de governo muitas vezes divergem mas aquilo que sabemos que somos capazes de fazer e n�o fizemos d�i demais em nossa consci�ncia.
Por isso que o discurso do Lula nesse ponto era mais um pedido de perd�o popular atrav�s das urnas do que propriamente um plano de campanha ou de governo. Era imposs�vel para mim, n�o perceber isso em suas palavras pois ele estava projetando nos outros o seu pr�prio sentimento de auto-trai��o. N�o foram os outros que o tra�ram e sim, ele mesmo que se auto-traiu.
Por esse motivo, fiz muitas coisas boas pelos motivos errados mas esforcei-me por fazer com dor ou sem dor. Para n�s, o que vale para a nossa consci�ncia n�o s�o nossas id�ias lindas e maravilhosas que usamos para dourar nossos sentimentos vis e torpes, mas sim, as nossas boas obras.
At� mesmo na b�blia diz que seremos salvos pelas nossas obras e n�o exatamente pela nossa f�. A f� sem obras � morta.
Se nos empenhamos em fazer algo de bom na vida e conseguimos realizar pelo menos uns 40% disso, uma parte de nossa mente, chamada de self (EU MESMO) vai se tornando forte e corajosa, superando assim aquele ego (EU EXTERIOR) que nos imputaram como verdade de n�s mesmos e n�s acreditamos.
Percebe porque os crentes dizem que a perseveran�a na f� e no bem nos liberta de nossos pecados? Por mais �dio que tenhamos no cora��o, por mais inveja que sintamos do sucesso alheio, por mais maldade que possamos carregar dentro de n�s, somente as nossas obras nos salvam de n�s mesmos.
Eu preferi agir como louco ou como uma pessoa irracional a fim de n�o tomar contato com minha maldade interior e agir na vida motivado por ela. Preferi, mesmo inconscientemente, valorizar as mensagens do Evangelho que sempre ouvi desde crian�a. Isso foi me dando um certo sentido na vida para fazer o bem sem olhar muito a quem. O importante � que funcionou pois se consegui olhar para tudo isso sem muita culpa ou vergonha foi porque minhas obras foram merit�rias apesar dos motivos escusos.
Acredite sempre no seu bem interior e despreze o mal que h� dentro de voc�. Com isso voc� vai estar valorizando o seu self e ele se manifestar� um dia como aquela crian�a que voc� foi, pura e sem maldade, trazendo-lhe alegria e felicidade diante da vida. Por isso que Jesus em suas prega��es disse que se n�o nos tornarmos como crian�as jamais conheceremos a Deus, ou seja, seremos felizes e alegres.
Oras, mas quem � Deus para n�s? Para n�s, Deus � este self com o qual perdemos contato devido � nossa educa��o que nos afastou dele. Nunca ser� tarde para recuperarmos ele mas dependendo de nossas obras na vida, o processo poder� ser muito doloroso para n�s.
Por isso que muitos esquerdistas temem a luz da verdade e dos fatos e falam dos direitistas como se os mesmos fossem o pr�prio dem�nio. Justamente pelo motivo de os mesmos com seus discursos racionais desmascararem seus egos mal-formados. N�o � culpa deles agirem mal em fun��o de suas motiva��es emocionais negativas mas � culpa sim, agirem crimosamente e egoistamente em fun��o das mesmas.
Como Jesus bem disse:- Eu venci o mundo! Oras, o que ele quis dizer com isso? Ele quis dizer que, apesar de possuir todas as nossas motiva��es emocionais negativas ele valorizou o seu sentimento de amor e, com isso, conseguiu vencer a si mesmo e seu dem�nio interior. Tanto � que quando ele esteve no deserto sendo tentado, metaforicamente falando, ele tomou contato com essas motiva��es maldosas dentro de si mesmo mas escolheu o caminho oposto: lutar contra elas e agir por amor ao pr�ximo e jamais odiar o pr�ximo. Com isso, ele ficou desajustado socialmente e sofreu a rejei��o social de seus contempor�neos, mas deixou em forma de par�bolas o caminho das pedras para a auto-reden��o.
Percebe por que eu era considerado louco e desajustado socialmente? Porque minhas emo��es e motiva��es eram uma coisa e minhas atitudes e a��es em fun��o das mesmas eram outra coisa. Com isso, fui me perdendo de mim mesmo, ou seja, de meu pr�prio ego, e fui valorizando, sem querer, o meu self, ou aquilo que chamamos de alma.
Um grande abra�o para voc� e com estas palavras acho que consegui dar uma certa substancialidade � conceitos abstratos que muita gente tenta entender racionalmente mas as palavras lhe fogem por falta de paralelo com a realidade exterior. Acredito que os orientais j� descobriram estes mecanismos interiores tanto � que est�o dando um show capitalista para n�s ocidentais.
N�o existe exatamente experi�ncia m�stica e sim o reencontro de si mesmo, no momento em que voc� parou de ouvir a si mesmo para ouvir aos outros, a fim de se identificar com o ser-humano e se sentir um ser-humano tamb�m.
Abra�os.
Caro Roney:
Ap�s todo esse desabafo, no qual vi-me for�ado compulsivamente a tomar contato com minhas id�ias religiosas e fazer um paralelo com as minhas experi�ncias de vida, a fim de justificar as mesmas, dando-lhe um respaldo moral-crist�o, percebo que n�o sou mais aquela pessoa que come�ou neste blog a dissertar sobre pol�tica.
Na verdade, percebo agora que a pol�tica foi um excelente expediente para eu projetar nos representantes da mesma as minhas maldades interiores de tal forma que, ap�s uma leitura de meus textos eu acabava por me reconhecer em minhas palavras.
Hoje, estou me sentindo t�o diferente de dias atr�s como se tivesse arrancado de dentro de mim um peso que eu carregava durante anos e nem sequer tinha coragem de pensar sobre o assunto, preferindo ficar na eterna auto-condena��o de meus erros pret�ritos.
� como se algo tivesse se rompido dentro de mim e, pela primeira vez em muitos anos, estou tomando contato com a minha pequenez e n�o mais atrav�s de um ego inchado e super-dimensionado, que visava produzir em mim emo��es de orgulho a fim de compensar a minha falta de auto-estima.
Sim, meu caro amigo, eu tamb�m estava lutando contra o orgulho que adquiri durante a minha vida que nada mais � que uma tentativa mental de se dar um pouco de amor-pr�prio quando n�o se o tem e se sente muita vergonha de si mesmo e de seu passado.
Por esse motivo, n�o titubeei em dar meu nome verdadeiro neste blog pois eu desejava do fundo do meu cora��o perder a vergonha de mim mesmo. Com isso, meu orgulho foi se desfazendo, principalmente pelo apoio moral que voc� me proporcionou, permitindo-me encarar a mim mesmo como realmente sou, sem cr�ticas e sem rejei��o. Esta sua coopera��o ajudou-me a falar cada vez mais de minhas experi�ncias a fim de torn�-las mais conscientes para compreend�-las melhor e dar novas interpreta��es para as mesmas, segundo meus conhecimentos atuais de psicologia.
A minha inveja, que era uma atitude mental de vampirismo emocional pois se alimentava da inveja alheia quando eu conseguia provoc�-la nos outros tamb�m se desfez pois reconheci o seu mecanismo interior em mim mesmo e n�o mais a sinto. Por isso, at� ontem, sentia-me enfraquecido pois n�o tinha mais recursos para sentir-me forte atrav�s do roubo de energia emocional alheia.
J� hoje, trabalhei como sempre e consegui me concentrar em minhas tarefas como nunca. Foi como se pela primeira vez em minha vida eu tivesse sentido prazer pelo meu trabalho sem estar necessariamente servindo �s minhas necessidades emocionais de auto-afirma��o, auto-valoriza��o, auto-engrandecimento, etc.
Trabalhei pelo simples prazer de vencer desafios. Voc� nem imagina como � bom sentir-se assim depois de quase 20 anos de cegueira mental e emocional.
Sinto-me pequeno por dentro e por fora mas nem por isso me sinto mal comigo mesmo. Acredito que todo aquele ego que montei para chamar de eu deveu-se � dor da rejei��o familiar e social que senti no passado, sem ter recursos para me elevar diante das cr�ticas alheias que me feriam profundamente.
Enfim, reconquistei meu verdadeiro eu ou self e como primeiro dia dessa reconquista senti hoje de manh� uma certa vontade de ser feliz e, principalmente, um certo medo em ser feliz. �. Parece que eu tinha medo de ser feliz e de provocar a inveja alheia sobre esta minha felicidade. Todo invejoso se auto-anula tentando se defender da inveja alheia.
Durante o trajeto at� o meu trabalho fui dialogando mentalmente comigo mesmo a fim de compreender racionalmente esta emo��o que de medo de ser feliz. Parece-me que toda a minha negatividade interior se esvaziou por completo e j� n�o sentia mais motivos para ser infeliz. Fui-me ajudando mentalmente atrav�s desse di�logo e comecei a sentir prazer por andar de cabe�a erguida numa postura mais adequada � minha pessoa.
Toda aquela sensa��o de imerecimento, de ser metido, de pensar que sou o que n�o sou, foi desaparecendo gradativamente e sinto-me t�o diferente de antes que parece que nunca em minha vida consegui ser eu mesmo. N�o me lembro de nenhum momento em minha vida de ter pensado bem de mim e minhas emo��es e sentimentos corresponderem a esses pensamentos.
Parece incr�vel mas sei que tudo isso que estou falando muita gente vai achar que � t�o natural em si mesmas que, com certeza, ficar�o espantadas de ver uma pessoa como eu se impressionando com tal coisa.
Por isso, rogo-lhe que jamais ache a mis�ria ou a pobreza bonitas pois as mesmas criam nas crian�as que as vivem um complexo de inferioridade bastante prolongado e d� muito trabalho resover-se isso, principalmente se a pessoa n�o fez o seu melhor durante a vida como estudar, trabalhar, progredir, enfim, n�o teve a coragem necess�ria de lutar contra essa postura interior.
Muitos abra�os a todos que l�em estas minhas palavras e desejo de cora��o muita sorte e felicidade para todos.
Da minha parte, eu jamais terei coragem um dia e nem sequer conseguirei mais discriminar algu�m ou maltratar uma crian�a com palavras �speras ou grosseiras em rela��o � sua condi��o social ou econ�mica.
Acredito que finalmente aprendi a grande li��o de minha vida:- N�o fa�ai ao pr�ximo o que n�o deseja para si.
Acompanhem minhas experi�ncias descritas neste blog e saber�o o porqu� dessa grande li��o que aprendi com muitas dores e l�grimas.
Tchau!!!!
Ol� Jo�o!
J� falei como me sinto recompensado por meu blog ter servido de campo de explora��o da mente para vc e volto a dizer. S�o momentos como este que fazem realmente valer a pena manter um blog.
Tudo que vc fala nos faz pensar, mas uma coisa deste coment�rio acima me chamou mais a aten��o.
Reconhecer que somos pequenos…
� incr�vel como podemos ser cada vez menores enquanto tentamos parecer cada vez maiores.
O fato � que n�s todos SOMOS pequenos, �nfimos na verdade! Pensar diferente � uma doen�a moderna muito s�ria que leva a preconceitos e fundamentalismos como os que apontei ao escrever este post sobre o M�dia Sem M�scara.
Assim, apesar de aparentemente ter fugido do assunto em seus coment�rios no final das contas voc� talvez tenha feito um mergulho profundo em alguns dos mais fundamentais defeitos humanos e todos n�s que acompanhamos o desenvolvimento da sua auto-an�lise aprendemos muito!
Abra�os!
Caro Roney:
Muitas vezes as pessoas vivem uma vida alienada de si mesmas e de suas verdeiras necessidades e motiva��es.
Por exemplo, quando eu chamo algu�m de metido ou orgulhoso este meu coment�rio foi provocado por algum sentimento ou emo��o dolorosa que essa pessoa despertou em mim. A fim de racionalizar essa emo��o eu rotulo essa pessoa com um adjetivo aceit�vel culturalmente, disfar�ando assim o mal-estar que a pessoa me provoca. Aprofundando-me mais nesses meus comportamentos que aprendi com minha fam�lia, descobri que os mesmos eram motivados pela inveja.
Com isso, dependendo da forma como lido com minhas emo��es negativas vou criando em minha mente um discurso cada vez mais absurdo pois se eu n�o me envergonhasse de minhas emo��es negativas eu as aceitaria e as resolveria. Envergonhando-nos das mesmas, impedimos nossa mente de resolver o dilema emocional e passamos a construir id�ias que visem justificar nosso mal-estar diante dos outros, culpando-os e deixando de perceber que aquilo que atribu�mos aos outros � justamente aquilo que n�s somos e nos negamos a tomar consci�ncia.
Por exemplo, se eu sou invejoso e me nego a encarar isso quando eu vir algu�m que comprou uma televis�o nova logo vou dizer que ele comprou porque ficou com inveja de tal fulano. Jamais pensarei que ele comprou porque viu na loja e gostou.
Se eu sou orgulhoso e luto contra isso a fim de me sociabilizar melhor, quando algu�m vier me mostrar uma conquista sua eu logo pensarei que ele est� dando uma de orgulhoso. Jamais pensarei que ele est� querendo dividir sua felicidade comigo porque gosta de mim.
Dizem que nossa mente se chama mente porque ela mente para n�s. Por isso, aqueles que tiveram uma educa��o muito repressiva desenvolveram um super-ego por demais limitador de suas a��es. Quando um sentimento desperta numa pessoa assim ela luta contra o sentimento, xingando-o mentalmente dos piores nomes, at� que consegue recalc�-lo no sub-consciente.
Essa viol�ncia contra si mesma que n�o d� � pessoa a chance de cultivar sentimentos felizes e a obriga � uma vida reclusa emocionalmente, faz com que a pessoa viva uma vida muito racional e sem alegria. Faz tudo certo mas pelos motivos errados pois a �nica forma de aferir a qualidade de nossas a��es � justamente sentindo as emo��es que elas nos despertam.
Uma pessoa com intelig�ncia emocional desenvolvida que sabe dar nomes �s suas emo��es consegue se resolver e amadurecer muito mais depressa na vida, pois n�o fica fugindo de si mesma. Ao inv�s de sentir inveja de algu�m e ficar chamando a pessoa de metida ou orgulhosa ela vai na loja e compra aquele objeto que o outro possui e tanto provocou a sua admira��o e desejo.
A inveja aparece na pessoa quando ela recalca suas vontades e desejos. Com isso, quando uma vontade ou desejo se manifesta acaba se manifestando em forma de inveja bastante dolorosa.
Conhecendo-se essas caracter�sticas emocionais do ser-humano, torna-se necess�rio uma legisla��o simples e eficiente a fim de coibir certos atos. Se no Brasil fosse aceito o furto, o roubo, o assassinato, muita gente invejosa se veria no direito de roubar ou matar as pessoas que elas mais invejam.
Percebe como a pobreza n�o � causadora da viol�ncia e sim da inveja? O pobre que virou ladr�o ou assassino n�o � uma v�tima da sociedade e sim da forma como ele aprendeu em seu meio social e familiar a lidar com suas vontades e desejos.
O que aumenta o n�vel de viol�ncia atual no Brasil e faz com que os jovens cada vez mais concordem com id�ias geradas pela inveja � o fato de que aparentemente n�o h� mais id�ias contr�rias � inveja que garantam ao cidad�o um futuro melhor atrav�s de seu esfor�o pessoal.
Muita gente inteligente est� renunciando � sua intelig�ncia para o bem a fim de se sentir aceito socialmente mas, infelizmente, cada vez mais estamos sendo bombardeados por valores culturais que evocam e justificam nossos mais baixos sentimentos e instintos.
Por isso, meu caro colega, se este � o caso de muita gente aconselhe-as a se afastarem das pessoas negativas que s� evocam em si as suas negatividades.
Certa vez, quando eu tinha 24 anos, um colega de inf�ncia que havia entrado para o mundo do crime, falou-me que conhecia muita coisa da vida. Na �poca, lembro-me de que at� me senti ignorante pois da vida eu n�o conhecia nada mas de matem�tica, f�sica, qu�mica, computador, etc. eu conhecia bastante. Isso me causou um certo mal-estar mas racionalizei que do lado mau da vida ele conhecia muita coisa ao passo que eu s� conhecia e entendia o lado bom.
H� um ditado que diz: dize-me com quem andas e eu te direi quem �s. Apesar de eu me esfor�ar para me manter no bem e justificar as minhas a��es como sendo boas para mim, meu lado emocional sempre me fazia sentir o contr�rio. Por isso tive que construir minha vida muito mais racionalmente do que emocionalmente para um dia, dependendo do meu sucesso, mostrar a mim mesmo que as raz�es de minhas emo��es negativas eram infundadas pois se meus pais eram infelizes foi porque eles colocaram id�ias absurdas na cabe�a e tentavam passar estas mesmas id�ias para os filhos.
Por isso que a vida parecia para mim como um sofrimento inevit�vel e tudo que eu fazia em prol de meu progresso era muito doloroso e eu tinha que ter muita for�a de vontade para seguir em frente.
Lembro-me de como meus pais pintavam a realidade de uma forma negativa a fim de justificarem o seu conformismo com a vida. Quanto mais eu obtinha sucesso financeiro e profissional mais eles se ressentiam pois com minhas a��es e n�o com minhas palavras eu fui demolindo aquele sistema de cren�as e valores que os mesmos endossaram para si.
Como voc� se sentiria vendo seu filho ao qual voc� passou a vida inteira dizendo-lhe que o mundo � mau para muitos e bom para poucos e que, contrariando sua vis�o de mundo, ele est� se dando bem na vida?
Das duas uma: ou seu filho est� sendo desonesto e est� roubando ou ele est� iludido com a vida e logo ele vai se decepcionar com a vida pois est� querendo subir muito e a queda ser� grande. O problema � que o meu sucesso profissional perdurou por mais de 20 anos e perdura at� hoje, contrariando as piores expectativas de minha fam�lia. Como eles v�o digerir isso? Se eles perdessem menos tempo falando mal da vida dos outros e se ocupassem com algo que pudesse trazer-lhes conforto e bem-estar no futuro, com certeza eles estaria at� melhores que eu e at� muito mais felizes. O problema � que eles n�o conseguiram perceber ou acreditar que havia uma vida diferente e melhor l�m de suas tacanhas cren�as e valores.
Sim, meu caro colega, voc� nem imagina a vontade, o desejo, a necessidade que sinto no fundo de minha alma de desmascarar essas mentiras principalmente para aqueles que j� tem olhos para ver e ouvidos para ouvir. Por isso, sou bastante verborr�gico nesse blog pois sinto que estas verdades que aqui exponho s�o necess�rias e �teis para todos os brasileiros que sofrem com suas falsas cren�as e valores.
Para se aferir a qualidade de uma cren�a basta aferir os sentimentos que ela despertam na gente. Se desperta sentimentos dolorosos de medo, culpa e vergonha, ent�o a cren�a � falsa. Caso contr�rio, se nos faz sentirmo-nos bem e mais fortes ent�o a cren�a � verdadeira pelo menos para n�s, por mais que tentem nos convencer do contr�rio.
Obrigado pelas suas palavras encorajadoras e muito elogiosas pois as mesmas d�o-me muita for�a e coragem para, cada vez mais, elaborar o meu discurso, tornando-o cada vez mais compat�vel com a realidade que percebo.
Talvez voc� se interesse por uma de minhas primeiras experi�ncias nesse campo que desenvolvi h� um ano atr�s. O link segue abaixo:
http://rv.cnt.br/viewtopic.php?t=1326&postdays=0&postorder=asc&start=140&sid=ef7e2fc586a85bac91d2725da94230a5
Abra�os e tudo de bom para voc�.
Caro Roney:
Aproveitando-me da sua frase:
“O fato � que n�s todos SOMOS pequenos, �nfimos na verdade! Pensar diferente � uma doen�a moderna muito s�ria que leva a preconceitos e fundamentalismos como os que apontei ao escrever este post sobre o M�dia Sem M�scara.”
quero dizer-lhe que nosso c�rebro n�o foi feito para nos compensar de nossa falta de emo��es positivas.
O fato de algu�m precisar pensar que � grande mostra que a pessoa n�o se sente grande. Por isso que as pessoas mais humildes que conhe�o s�o aquelas que s�o ricas. Elas n�o precisam pensar que s�o grandes pois j� se sentem grandes. Com isso, seus c�rebros ficam liberados para pensar em coisas mais s�rias do que ficarem construindo uma falsa auto-imagem.
� isso. Tudo que pensamos sobre n�s mesmos � falso. O verdadeiro � aquilo que sentimos sobre n�s mesmos. N�o pense que que quem elaborou a Psican�ise era algum ser superior. Muito pelo contr�rio, era justamente uma pessoa cheia de bloqueios psicol�gicos mas muito inteligente que teve a coragem de viajar para dentro de si mesma e conhecer a fundo suas verdadeiras motiva��es. Imagine a vergonha e a culpa que esse indiv�duo sentiu ao se desmascar diante do tribunal de sua pr�pria consci�ncia e de seus valores sociais. Esta pessoa foi Sigmund Freud.
Por isso, meu caro colega, que Freud foi uma pessoa digna de admira��o e � considerado o pai da psican�lise.
Uma crian�a que se sente amada pelos pais consegue sentir-se de bem com sua vida. Da�, para ter sucesso na vida, basta estudar e se dedicar um pouco que consegue ter tudo o que sonhou e desejou e, ainda, fazer diferen�a no mundo. Agora, uma pessoa que precisa encher a cabe�a de id�ias de grandeza � porque n�o se sente grande, j� que seus pais sempre a humilharam e rebaixaram diante dos outros. A maior parte da atividade mental desse indiv�duo ser� desperdi�ada na tentativa de se auto-afirmar diante da sociedade esperando que a mesma lhe diga quem ele verdadeiramente �. O pouco que lhe sobrar de atividade mental ele usar� para construir uma vida profissional para si, t�o necess�ria � sua sobreviv�ncia.
Certa vez minha m�e me criticou por eu estar me sentindo grande dizendo:- Quem voc� pensa que �? Nesse momento eu nem soube o que responder para ela pois eu nem estava pensando nada e sim sentindo. Com isso, senti-me envergonhado desse sentimento e procurei combat�-lo me auto-anulando diante de minha fam�lia e procurando n�o demonstrar mais prazer pelas minhas conquistas e sim, dor e sofrimento, taxando-as de dif�ceis e dolorosas e que eles � que estavam certos por serem humildes, pois eu sofria muito por ser ambicioso. Pior, eu nem sequer era ambicioso, apenas queria me dar uma vida melhor e menos miser�vel n�o s� para mim como tamb�m para minha fam�lia, pois sempre colaborei financeiramente com meus pais.
Percebe como eu era criticado pelos meus sentimentos bons e valorizado pelos meus sentimentos maus? Era duro ter que viver nessa contradi��o e pior, n�o saber como lidar com esses ataques familiares oriundos do sentimento de inveja dos filhos que dominava meus pais.
Meu pai adorava exibir seu extrato da poupan�a para n�s a fim de despertar em n�s a inveja. Era duro para mim perceber que ele s� valorizava as suas conquistas financeiras a duras penas e desvalorizava as conquistas dos filhos. J� a minha m�e, parece-me que sonhava com a morte dos filhos para que estes deixassem uma pens�o para ela. Tanto � que um irm�o meu que faleceu solteiro deixou-lhe uma pens�o de cerca de 600 reais. Imagine a pens�o polpuda que eu lhe deixaria com a minha morte. Por isso que ela nos impedia de crescer. Pior que quando eu estava fazendo uma coisa boa para mim ela me criticava. Quando eu estava fazendo uma coisa auto-destrutiva como embriagar-me ela n�o falava nada como se estivesse aprovando esse meu comportamento.
Entende como eu n�o podia demonstrar minha alegria e felicidade diante de meus pais e entende porque eu me tornei um cervej�latra pois estando �brio eu me sentia bem pois desligava a minha consci�ncia e deixava minhas emo��es e sentimentos falarem por mim, ou seja, sentia que estava vivendo a vida. Quando ficava s�brio eu bloqueava meus sentimentos e passava a pensar que estava vivendo a vida e n�o exatamente sentindo.
Com uma vida t�o dividida assim, onde eu me negava a tomar consci�ncia de minhas emo��es saud�veis, vivi muitos anos com depress�o. S� me sentia bem quando estava b�bado, pois minha mente n�o me permitia sentir coisas boas e somente coisas ruins.
Mesmo com toda essa dificuldade, consegui me concentrar mentalmente em meu trabalho e profiss�o, com muita for�a de vontade. A for�a de vontade n�o � necess�ria para as pessoas que sentem que est�o no caminho certo e sim para aquelas que alimentam d�vidas sobre si mesmas. Como eu nunca fui aprovado pelos meus pais eu precisava ter muita for�a de vontade para realizar as minhas metas. Eu sentia muito medo de subir muito alto e a queda ser muito grande mas como eu j� estava cansado de sempre cair do baixo preferi me arriscar. Se fosse para cair que fosse do alto pois do baixo eu sempre ca�a e ningu�m me levantava. Pelo contr�rio, me derrubavam ainda.
Isso significa te impedirem de crescer. Quando voc� galga um degrau e se sente bem com a conquista seus pais te rebaixam e voc� volta a ocupar emocionalmente aquele degrau anterior. Quando vem outra conquista voc� volta a se sentir bem e novamente � rebaixado. Por isso que aprendi a n�o me sentir bem com meus sucessos. Tinha tudo para ser feliz mas n�o passava de um infeliz. Somente me sentia feliz quando conseguia desligar minha consci�ncia atrav�s da ingest�o de cerveja e como eu n�o crescia ficava cada vez mais ressentido com a felicidade alheia pois n�o conseguia entender como uma pessoa podia ser feliz n�o ganhando o mesmo sal�rio que eu e nem mesmo tendo a mesma profiss�o que eu. Tornei-me ent�o um invejoso do emocional alheio e n�o propriamente das coisas materiais que as pessoas possu�am. Invejava sim, as emo��es das pessoas pois n�o sabia como fazer para me sentir como elas se sentiam e por isso achava que elas estavam fingindo que eram felizes.
Abra�os.
Ol� Jo�o!
Esta coisa de sermos um tipo de elo perdido entre o animal e outra coisa cria um caos danado que n�o sei se um dia se resolve, afinal como pode um computador ou um c�rebro explicar a si mesmo?
Talvez a explica��o n�o seja o fim, mas a pergunta. Talvez nossa miss�o n�o seja responder, mas questionar e ir se transformando enquanto aprimoramos nossas perguntas.
Em parte pode ser que esteja ai parte do problema de grupos como o M�dia Sem M�scara: eles est�o obcecados pela resposta.
Jo�o e Roney,
J� faz algum tempo que n�o escrevo. Vou tentar ser breve.
Jo�o, eu concordo com tudo que escreveu mas sinto que a raiva que voc� sente dos seus pais � muito grande, desde que n�s trabalh�vamos na USP. N�o sei se voc� se sente mal com isso, eu me sentiria. Uma coisa � voc� n�o concordar com o que diziam e faziam, outra diferente � estar sempre nesta briga interna de voc� contra eles. Falo isso de maneira geral, n�o sei os detalhes da sua vida com eles desde a inf�ncia, talvez tenha sido mesmo muito traum�tica mas penso que voc� deva tentar superar todos estes eventos que fizeram com que voc� tivesse se afastado tanto deles.
Tamb�m vim de uma fam�lia grande e, de certa forma, tamb�m me senti rejeitado e ainda me sinto �s vezes mas para sermos felizes devemos pensar apenas nas coisas boas. Tente esquecer as ruins. H� pouco tempo tive brigas feias com minha mulher, de quem j� tive separado por um ano e meio. Ainda n�o consigo gostar dela, nem ela de mim, como penso que
um casal deve ser mas estamos vivendo aos trancos e barrancos, inclusive financeiramente, porque n�s temos dois filhos em comum e a meu ver, n�o encontramos outra maneira de cuidar dos mesmos sem ser juntando nossos esfor�os. �s vezes sa�mos juntos e at� mesmo podemos nos divertir, como ontem, por exemplo, quando fomos a um baile mas quando volta a rotina um quase n�o conversa com o outro e fica aquele clima tenso. A verdade � que um n�o se abre para o outro e isso afeta no relacionamento que temos com nossos filhos, haja vista que um � autista e o outro um adolescente de 13 anos que muitas vezes tem nos dado trabalho.
Parece que eu mudei completamente de assunto mas s� quis estabelecer um paralelo com seus problemas. Com rela��o aos meus pais, acho que eu sempre tive muito medo deles, principalmente do meu pai, o que fez com que eu me anulasse totalmente e n�o desse valor para mim mesmo. Sempre o achei um modelo de perfei��o, tanto profissionalmente como moralmente e por isso, de tanto achar que era inferior, procurei ser totalmente diferente dele, o que acho que n�o foi bom para mim no sentido de que me afastou de todos os outros, que, embora n�o concordassem com tudo que ele dizia e fazia, o entendiam e o aceitavam mais do que eu. Hoje falo com ele mas n�o de coisas muito �ntimas mas n�o quero esquece-lo, quero ainda ter uma rela��o construtiva com ele, minha m�e e meus irm�os.
Abra�os,
PEDRO
Caro Pedro e Roney:
Felizmente consegui expor com a maior precis�o poss�vel neste blog aquilo que me afligia intimamente.
Na verdade, o �dio que eu sentia foi dirigido a mim mesmo pelo simples fato de eu me envergonhar de ser t�o medroso e covarde. Esse meu medo da vida e da morte foi muito refor�ado pela minha fam�lia desde a minha inf�ncia. A �nica forma que encontrei de combater ele foi sentindo �dio do mesmo, ou seja, dos meus medos, pois eles faziam com que eu me sentisse carente e fraco, necessitando de pessoas que me enganavam.
Precisei dirigir esse �dio �s pessoas certas que provocaram meus medos e n�o � minha pessoa. Por isso que expus tudo isso nesse blog. Tinha que me libertar do meu �dio contra mim mesmo pois n�o tive a coragem de manifest�-los diretamente �s pessoas que o provocaram.
Este processo cat�rsico funcionou e est� funcionando pois cada vez mais estou me vendo n�o mais como um ser desprez�vel e sim como um ser-humano digno e lutador que precisou descer ao seu inferno interior para resgatar a si mesmo.
Tudo isso � chocante para muita gente pois somos ensinados a acreditar que devemos tudo aos nossos pais e que eles nos amam incondicionalmente. Acreditamos tanto nessa fal�cia de nosso racioc�nio que tornamo-nos incapazes de julgar os nossos pais de uma maneira objetiva mas posso garantir que se fosse nos tempos de hoje meus pais estariam na cadeia ou no m�nimo teriam perdido o poder p�trio sobre os filhos.
De qualquer forma, tudo isso que expus n�o foi exatamente para ajudar algu�m e sim, para ajudar a mim mesmo, contando com a colabora��o e incentivo de voc�s para eu me aprofundar cada vez mais em minhas motiva��es interiores.
Felizmente, o meu tanatismo est� se dissolvendo totalmente e estou voltando a apreciar a vida. Foi extremamente duro encarar tudo isso mas prerfiro muito mais odiar e desprezar meus pais do que a mim mesmo. Se ainda eles tivesse me ajudado a superar esse �dio quando ele ainda era consert�vel eu jamais teria necessidade de expor tudo isso para voc�s.
Espero que me compreendam pelo conte�do cat�rsico de meus textos e n�o me condenem por eu ter inconscientemente tomado caminhos inadeq�ados na vida. Afinal, de tanto errar na vida agora estou aprendendo a ficar do meu lado e valorizar o bem tirando a import�ncia do mal.
Em tempo, os v�nculos de depend�ncia emocional que criamos em rela��o �s pessoas provoca em n�s uma depend�ncia emocional que nos faz odiar a pessoa que pensamos amar. Esfor�amo-nos para transformar esse �dio em atitudes amorosas mas nosso comportamento fica contradit�rio com isso. Pense nisso, caro Pedro. Talvez o seu problema conjugal seja essa depend�ncia que cada um de voc�s criou em rela��o ao outro. O filho que n�o consegue se libertar nem da m�e nem do pai sente imenso �dio por eles, tentando transmutar esse �dio em amor, sendo que o melhor � assumirmos nosso �dio e nos mandarmos da casa dos pais.
Abra�os.
Caro Roney:
A fim de fechar esse blog com chave de ouro gostaria de lhe dizer que todo esse bl�-bl�-bl� que elaborei aqui serviu-me para compreender melhor a mim mesmo e tamb�m aos demais seres-humanos.
Talvez voc� n�o entenda todo esse papo de uma forma cient�fica mas tudo que foi exposto aqui faz parte de um m�todo cient�fico denominado catarse ou desabafo emocional.
A catarse funciona da seguinte forma: primeiro a gente vai deixando as emo��es se manifestarem em nossa mente consciente e em nosso f�sico. Isso vai permitindo � mente elaborar um discurso sobre a origem e o significado dessas emo��es associando-as com lembran�as passadas.
Muitas das coisas que aqui expressei eu tive que engolir e recalcar no passado, ou seja, reprimir no inconsciente. Com isso, minha consci�ncia de minha vida e de meus motivos para viver foram ficando cada vez mais obscuros para mim. J� n�o sabia mais pelo que eu estava vivendo nem mesmo pelo que eu estava trabalhando e ganhando dinheiro. Minha vida perdeu completamente o sentido, dado o n�vel de inconsci�ncia de minhas motiva��es em que eu vivia.
Como pode notar, seria perigoso no passado eu tomar contato com tudo isso pois produziria em mim muita revolta, capaz de enlouquecer � qualquer pessoa. Agora, entendo o porqu� de minhas irm�s e meus irm�os terem sofrido mental e psicologicamente.
A dor de encarar de frente a tantos est�mulos contradit�rios, absurdos e dolorosos fez com que reprim�ssimos nossa capacidade de entender o mundo a fim de n�o compreend�-lo, evitando assim a dor de nossa sensa��o de fracasso e inadeq�a��o social, ou seja, passamos a ver apenas aquilo que quer�amos ver, tornando-nos individualistas ao extremo, tal o sofrimento que a contrariedade �s nossas cren�as nos causavam.
Precisei enfrentar tudo isso e hoje posso garantir que � um processo enlouquecedor e precisa-se de muita literatura e conte�do psicol�gico para se aventurar nessa empreitada.
Por isso, respeitemos as fantasias alheias tanto religiosas como folcl�ricas porque n�o sabemos as dores imensas que estas fantasias est�o escondendo das pessoas.
Infelizmente, nossa realidade familiar foi muito dura e muito pobre de fantasias consoladoras. Agora entendo o porqu� da necessidade de uma cultura mais eficaz no sentido de nos poupar de dores indiz�veis na linguagem humana.
Essa cultura chama-se cultura dos s�mbolos. Infelizmente, a cultura portuguesa � muito pobre em mat�ria de s�mbolos culturais j� que os portugueses n�o gostam muito de chorumelas e pieguices. Com isso, eles s�o muito cr�ticos �s alegrias proporcionadas pelas nossas fantasias culturais tais como samba, carnaval, festas populares, anivers�rios, natal, etc..
Um exemplo disso foi quando minha irm� tinha 5 anos e pediu dinheiro ao meu pai para comprar doce. Meu pai pegou uma colher de a��car e lhe deu dizendo que era doce do mesmo jeito. Ela chorou e esperneou para ganhar o dinheiro mas n�o adiantou. Ficou sem o a��car e sem o doce pois meu pai era incapaz de compreender o significado de um doce para uma crian�a.
S�o essas picuinhas culturais que nos fazem sentir verdadeira avers�o aos portugueses que aqui vivem e trabalham pois os mesmos, por s� ganharem dinheiro e n�o viverem, adoram falar mal dos brasileiros que ganham e gastam para se divertirem, chamando-os de vagabundos. Pior de tudo � que com o passar dos anos tudo que esses portugueses constru�ram t�o lindamente acaba se deteriorando e seu dinheiro n�o � usado nem para manter o que t�o duramente conquistaram.
Enfim, � uma pobreza s�, de cora��o e de alma.
Tentei transformar toda essa revolta recalcada em meu inconsicente em palavras e conceitos a fim de tornar essas emo��es intelig�veis para mim. Agora, ap�s ter identificado a principal causa de todo esse meu dist�rbio psicol�gico, pretendo tocar a minha vida para a frente e deixar o passado para l�. Nem sequer sinto mais curiosidade pelo mesmo, j� que o mesmo foi t�o miser�vel para mim que � dif�cil dizer que sinto saudades de algu�m ou de minha distante inf�ncia.
Espero que voc� um dia, caso precise, se lembre desses assuntos que conversamos aqui e n�o sinta medo de enfrentar suas dificuldades emocionais na vida.
Abra�os e adeus!
Prezado Senhor,
Lendo aqui, acho que muitos dos coment�rios s�o ing�nuos e desprovidos de maior seriedade. N�o mim julgo de centro, de esquerda ou de direita, mas entendo que excetuados alguns dos coment�rios do M�dia Sem M�scara, a maioria trata com seriedade as quest�es que envolvem atualmente este Pa�s. D� pr� sentir – nos coment�rios do M�dia – no ar que as atitudes do Governo, principalmente aquelas nas quais se envolve com o “Chaves” e outros latinos, “cheiram” � podrid�o e descaminhos que ir�o nos infelicitar mais tarde.
Um Abra�o.
Wilson S. Lopes
Caro Joao da Rocha Lamego
A cr�tica que vc fez a minha postagem no blog Abacoros!eu exclui sem querer.
http://www.abacoros.blogspot.com
Pe�o desculpas e tamb�m, se poss�vel, que vc a refa�a.
Um grande abra�o
Oi Wilson, tudo bem?
Sabe, eu definitivamente n�o me sinto nada a vontade com radicalismos e, at� onde acompanhei o M�dia sem M�scara em geral n�o se via o compromisso com as perguntas, mas sim em confirmar as respostas previamente e dogmaticamente pr�-estabelecidas.
Se isso mudou eu n�o sei, espero que sim pois nossos tempos precisam de pessoas em busca de novas respostas e mesmo novas perguntas.
N�o, os articulistas de M�dias Sem M�scara n�o s�o marionetes de ningu�m. Voc�s, esquerdistas de merda (desculpem o pleonasmo) � que est�o a servi�o de vagabundos como Fidel Castro e Hugo Ch�vez – sem falar nos PeTralhas que desmandam no Brasil
Comentando:
Bem, se por n�o gostar da linha editorial do M�dia Sem M�scara, eu sou um esquerdista de merda a servi�o do Fidel e do Hugo Ch�vez (n�o era para eles pelo menos depositarem alguma grana na minha conta? Raios de comunistas p�o-duros!) ent�o sou um marionete e n�o adianta nada fazer o coment�rio que voc� fez…
J� que vc rebateu somente a minha primeira suposi��o devo supor que os articulistas de l�, na sua opini�o, est�o “perplexos e assustados” ;-)