Tirado de um email que enviei a uma amiga:
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=3706(o site morreu, mas o post está disponível no Web Archive)É por artigos assim que fico bem pé atrás com o Mídia Sem Máscara, sabe?
“Fundamentado nestas afirmações, eu e qualquer leitor de O Globo pode traçar o perfil do cruel assassino que tem desgraçado este país: ele é um profissional liberal ou comerciante, com no mínimo o curso secundário completo, de classe média, sem histórico de envolvimento em crimes, um destemperado que mata por motivos fúteis no trânsito, em estádios, brigas de casal, brigas com vizinhos, violência passional. Além disso, é um descuidado que deixa sua arma ao alcance dos filhos, causando incontáveis tragédias.”
Que tipo de conclusão é essa?
Mais adiante ele fala em como o peso das mortes com armas é pequeno diante das mortes no trânsito e por obra do crime, mas, em vez de recorrer aos relatórios mantidos pelas delegacias de polícia e outros órgãos ele fez os seus próprios cálculos baseado em notícias nos jornais o que não seria um método nada preciso.
Concordo que temos que combater o crime, que a morte no trânsito é um problema muito maior e tudo o mais, mas não posso concordar que não valha a pena salvar alguns poucos milhares de vidas que se perdem diretamente pelo uso irresponsável de armas.
O discurso do Mídia Sem Máscara é repleto de paixão e parcialidade e isso me faz desconfiar que eles são controlados ou influenciados por grupos com interesse econômico na desmoralização da nossa unidade nacional e da viabilidade da nossa democracia. No entanto talvez eles apenas estejam perplexos e assustados neste momento global de transição cultural, geopolítica e econômica como quase todo mundo.
Ainda assim posso ser convencido da legitimidade da causa do Mídia Sem Máscara: basta mostrar claramente qual é o interesse por trás do desarmamento e do suposto alinhamento do nosso governo com forcas anti-estadunidenses.
INVAS�O DAS INSTALA��ES DA PETROBR�S NA BOL�VIA: 01/05/2006.
M�DIA SEM MASCARA FICOU CALADO DIANTE DO ATO DE GUERRA CONTRA O NOSSO PA�S.
N�O SE V� UMA CR�TICA CONTRA O COMUNISTA EVO MORALES E O CHEFE DA SUA QUADRILHA, HUGO CHAVEZ.
TODOS DEVEM SABER QUE O M�DIA SEM MASCARA VIVE ATACANDO ESSA QUADRILHA DE COMUNAS. DESTA VEZ, FICARAM QUIETOS. � TRADI��O DELES DETONAR O HUGO CHAVEZ, MAS E AGORA? FICARAM QUIETOS. N�O � CURIOSO?
E N�O APENAS ISSO: UM DOS INTEGRANTES DO M�DIA SEM MASCARA ESCREVEU UM ARTIGO CRITICANDO NOSSAS RESERVAS DE PETR�LEO E COLOCANDO A PETROBR�S L� EMBAIXO, PRA DESMORALIZAR MESMO. DISSE QUE A PETROBR�S N�O VALE NADA, QUE AS RESERVAS DE G�S DO BRASIL N�O VALEM NADA, NEM OS INVESTIMENTOS FEITOS NA �REA.
OS EUA PRETENDEM INVADIR A BOL�VIA E PEGAR O G�S PARA ELES. V�O VENDER PELO PRE�O QUE QUISEREM. AGUARDEM POR UM AUMENTO NO PRE�O DO G�S OU QUEDAS DE ENERGIA. PARA OS BURGUESES DO M�DIA SEM MASCARA, N�O VAI FALTAR ENERGIA POIS USAM GERADORES EM SUAS MANS�ES (ISSO SE ELES MORAM MESMO NO BRASIL).
M�DIA SEM MASCARA FICA QUIETO PERANTE ESTE ATO DE GUERRA E SABE PORQUE? PORQUE ELES TRABALHAM PARA O GOVERNO NORTE-AMERICANO. � DE INTERESSE DOS EUA O G�S DA BOL�VIA. PORQUE VOC�S ACHAM QUE ELES TEM UMA BASE MILITAR NO PARAGUAI, COM DEZENAS DE MILHARES DE SOLDADOS? PRA INVADIR A BOL�VIA E PEGAR O G�S PARA ELES.
POR FAVOR, VOC� QUE � PROPRIET�RIO DESTE SITE, PASSE ESSA MENSAGEM PRA FRENTE E DENUNCIE O QUE EST� ACONTECENDO. OS FATOS AGORA EST�O LIGADOS. BASE NO PARAGUAI = ATO DE GUERRA DA BOL�VIA = M�DIA SEM MASCARA EM SIL�NCIO.
POR FAVOR, AVISE QUANTOS VOC� PUDER. AS PESSOAS PRECISAM LIGAR OS FATOS.
Calma! Calma! N�o precisa berrar, n�? :-)
N�o gosto do M�dia Sem M�scara, mas temos que tentar manter sempre calma ou ficamos com a pior caracter�stica deles: o radicalismo.
Olha, para dar valor ao seu coment�rio voc� deve colocar os links para artigos confi�veis que d�em suporte ao que est� falando, sen�o vira fofoca, n�?
Liberei seu coment�rio porque libero tudo (s� corto spam), mas n�o creio que o M�dia Sem M�scara tenha ignorado o fato por ser uma farsa, sabe? Eles me parecem bem fi�is ao que pensam e devem ter outra raz�o para n�o ter mergulhado no assunto.
Caro Roney,
Infelizmente acredito no pavor do ‘Comentarista GRIT�O’ :) e mesmo seu blog passando uma imagem que convida para novas e suaves vis�es, o que h� de novo mesmo � o terror, como o visto a pouco ali em cima, e se somos pensadores, que choremos um pouco as dores desses homens desesperados com raz�o.
Muitos foram criados por uma m�e ou um pai carinhoso, que construi um mundo em fam�lia de respeito, verdade, ensinou-lhes que bater no saco, no pesco�o, na boca do est�mago � covardia, nunca comeram carne crua e assim se educaram ‘boizinhos-no-cercado’ e agora, 18 anos feitos, o mundo lhes mostra a cara e a fam�lia nada pode de imediato ou nem consci�ncia tem. Sem falar que os jovens est�o lendo tudo na internet e os selvagens-dominadores-do-mundo n�o tiveram tempo de bloquear todo conte�do, mas falta pouco, muito pouco (mas este � um assunto para outra hora)
O que posso dizer para confirmar a revolta � que realmente o mIDIA sEM mASCARA, pelo pouco que consegui ver l� (at� onde meu estomago resistiu) n�o � nada muito melhor do que aqueles que eles contestam. Todo o conte�do l� � muito discut�vel, tendencioso, com fontes duvidosas, com links fundamentais quebrados, etc, etc…, at� s�o rebeldes mas rebeldes-de-extrema-direita e tudo que � de extrema � sin�nimo de desequil�brio e portanto doen�a.
Pare�e que o clamor de nosso amigo foi ouvido, principalmente porque l� eles s�o especialistas em garimpar informa��es na Net e devem regularmente pesquisar o pr�prio nome de dom�nio deles no google (assim como eu acabei encontrando este blog), pois n�o � que em 09/maio 2 dias depois do coment�rio do ‘GRIT�O’ aqui est� a mat�ria reclamada http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=4842. Parab�ns ‘GRIT�O’.
Quanto a hist�ria do petr�leo, o assunto � muito mais s�rio e nem d� pra comentar aqui, sen�o vou ter que tomar conta do seu blog :). Mas estes dois links que coloco abaixo podem explicar um pouco das coisas, mat�rias aparentemente distantes, mas com um m�nimo de racioc�nio se ligam para sempre:
Petrodollar or Petroeuro? A new source of global conflit
http://www.feasta.org/documents/review2/nunan.htm
Oil, Currency and the War on Iraq
http://www.feasta.org/documents/papers/oil1.htm
Infelizmente est�o em ingl�s, espero que consigam entender, estou tentando construir um blog ou site, mas n�o consigo encontrar espa�o gratu�to em servidor 100% nacional, quase toda informa��o, inclusive esta est� em poder de gigantes. Desculpe-me pela extens�o, mas nosso pa�s est� cada vez mais amea�ado e estou filos�ficamente e fisicamente em estado de choque. Abra�o (PS: se nosso amigo ‘GRITAO’ lhe deu um e-mail v�lido, forne�a meu e-mail para ele, deve ser um bom amigo e n�o sei se ele tem como saber que tem coment�rio novo aqui)
Ol� Miguel,
Gostei dos artigos que voc� indicou, passei olhos, mas vou ler com mais calma depois e refletir.
Quero comentar o terror que contaminou at� mesmo o meu blog, voc� tem raz�o. Estive – e ainda estou um pouco – contaminado por este desespero moderno que nos faz parecer arautos do apocalipse. Estou lentamente recuperando o meu humor normal! Hehe! Ainda outro dia escrevi algo sobre isso. Apesar de tudo talvez estejamos caminhando para frente e s� nos desesperamos porque encruzilhadas s�o muito dif�ceis de ententer.
Gostaria de poder indicar um Blogger 100% brasileiro onde voc� pudesse publicar o seu site, mas nenhum me ocorre agora. Se n�o tiver esta restri��o, al�m do blogger eu sugeriria o Multiply. Uma outra op��o � criar um dom�nio como eu fiz e abrig�-lo em um host nacional. Custa algo em torno de 20 Reais por m�s.
Ah! Mandei o seu coment�rio para o grit�o, mas o endere�o que ele forneceu tem cara de fake.
He, he. N�o sei se isto vai ser aceito pelo blog mas li um no caderno Folha Ilustrada do jornal Folha de S�o Paulo, em refer�ncia � frase do Lula em que ele n�o sabe quando est� sendo presidente ou quando est� sendo candidato, o seguinte:
O Lula quando est� fazendo m… est� sendo presidente e quando est� promentendo m… est� sendo candidato.
Desconhe�o a orienta��o pol�tica deste site mas como voc�s aceitam coment�rios contra e a favor do M�dia sem M�scara deduzo que a orienta��o seja centrista oscilando entre a direita e a esquerda.
Se este coment�rio passar pelo crivo do blog ficarei satisfeito pois gosto de um coment�rio bem-humorado sobre pol�ticos e pol�tica.
Abra�os.
Caros colegas:
Se quiserem saber um pouco mais sobre a gravidade da situa��o do petr�leo no mundo acessem o site http://www.resisitr.info.
L� eles t�m muitas mat�rias traduzidas para o portugu�s que trata desse tema que � a preocupa��o com a falta de petr�leo no mundo bem como o porqu� de o d�lar ter se tornado uma moeda mundial gra�as aos petro-d�lares.
L� tamb�m explica por que o hidrog�nio n�o � uma fonte de energia vi�vel j� que o mesmo para ser produzido consome muito mais energia do que fornece, ou seja, ele � apenas um transportador de energia.
N�o quero que ningu�m fique aterrorizado com isso mas que que se conscientizem dessa crise energ�tica que se aproxima para entenderem com mais circunspec��o o porqu� da pol�tica externa dos EUA em rela��o ao Oriente M�dio e o porqu� da funda��o do estado de Israel.
Eu j� tenho minhas opini�es sobre o assunto gra�as a esse site mas deixo para voc�s concluirem por si mesmos. Eu, da minha parte, me calo pois sinto que muita gente n�o est� preparada para encarar estes problemas de frente e saber que nossa civiliza��o tal qual a conhecemos hoje pode estar com seus dias contados.
Esperando ter ajudado a eliminar esse clima de terror que assalta as pessoas sem nem mesmo saber o porqu�, vou ficando por aqui.
Abra�os.
Desculpem mas o nome do site �: http://resistir.info/
Oi Jo�o,
Eu nunca apaguei um coment�rio deixado neste blog porque n�o acho necess�rio, afinal se o sujeito � grosso ele � que perde, se comenta um crime que cometeu, pretende cometer ou est� cometendo eu tenho o IP para entregar �s autoridades. Hehehe!
O blog n�o tem orienta��o pol�tica porque n�o � pol�tico e eu, que o escrevo, me considero um capitalista de esquerda que abomina toda forma de radicalismo (deve ter radicalismo de centro tamb�m) e nem acredita muito nesta divis�o entre direia e esquerda.
Tem muito coment�rio aqui com que n�o concordo, mas deixaria mesmo que falassem a favor da esteriliza��o das pessoas com renda inferior a tr�s sal�rios m�nimos.
Se este blog tem uma orienta��o � a arte… Ela � a minha religi�o e minha orienta��o pol�tica, se � que isto faz sentido.
Ah! Fui l� no Resistir que � meio o oposto do M�dia Sem M�scara, n�? ;) Como disse n�o me sinto bem com extremismos e tamb�m acho que falta um “quem somos n�s no site”. Tudo que diz l� � o nome do editor, mas n�o qual � a sua biografia por exemplo. Isso � importnate em um site jornal�stico.
Caro Roney:
No M�dia sem M�scara eu me alimento do p�o da direita mas para n�o ficar saturado me equilibro com o p�o da esquerda do Resistir.info.
H� muita opini�o esquerdista no Resistir.Info assim como h� muita opini�o direitista no M�dia sem M�scara. Por isso eu desprezo as opini�es dos textos e me atenho aos fatos que o texto narra.
No passado, eu costumava tomar partido com rela��o aos textos de cunho pol�tico e me abalava emocionalmente com eles.
Essa salada que fiz em ler ambas as opini�es sobre os mesmos fatos me curaram dessa instabilidade emocional que me perturbava quando eu lia jornal ou assistia televis�o.
Hoje, acredito que o partidarismo pol�tico pode at� mesmo causar s�ndrome do p�nico nas pessoas. J� a leitura de ambos os extremos partidaristas nos ajuda a ter uma vis�o mais justa da realidade tornando-nos mais coerentes e seguros com aquilo que realmente somos.
Por exemplo, quando eu me alinhava � esquerda sempre apareciam amigos que me colocavam em d�vida com as minhas convic��es. Quando eu me alinhava � direita, �dem. Por isso, lendo o livro “O imbecil coletivo”, “Como vencer um debate sem ter raz�o” e “Arist�teles em nova perspectiva” de Olavo de Carvalho fui percebendo as fal�cias cometidas
pelos pseudo-intelectuais que me confundiam as id�ias.
Percebe como � importante n�o negligenciarmos as li��es nem da direita ne da esquerda?
Com rela��o �s suas sugest�es no outro blog, ainda n�o me sinto suficientemente aculturado politicamente para me alinhar politicamente visto que minhas opini�es s�o baseadas ainda mais em cren�as do que em fatos.
Abra�os…
Abaixo, alguns textos bastante instrutivos do Resistir.Info:
http://resistir.info/energia/mito_hidrogenio.html
http://resistir.info/energia/bolsa_teerao.html
http://resistir.info/energia/bolsa_petrov.html
http://resistir.info/brasil/agronegocio.html
Apesar de algumas inverdades esses textos s�o bastante instrutivos para se entender algumas coisas.
Abra�os…
No meu caso teve uma �poca em que tive que ler muita, mas muita coisa escrita por radicais de direita e tamb�m fiquei meio desesperado com a impress�o de que o mundo se desfaria em �dio e fascismo! No meu caso desisti de ler qq radical. Quando vejo aquele tom ignoro e passo para outro. No momento n�o consigo manter este distanciamento que voc� consegue.
Valeu pelos links, vou conferir depois!
Caro Roney:
Eu te compreendo. No caso estes links que te passei s�o apenas interpreta��es desapaixonadas de uma crise que se aproxima para daqui a uns 20 ou 30 anos.
Eu tamb�m fiquei a minha vida inteira sem me interessar por assuntos pol�ticos j� que os mesmos me causavam mau-estar emocional.
Agora, consigo ler sobre pol�tica mantendo um certo distanciamento emocional, pois j� estou com a vida feita e consciente de que a manuten��o de meu status profissional e social depende s� de mim e n�o dos pol�ticos.
Para vencer as minhas fraquezas emocionais diante do pessimismo que estas leituras pol�ticas me causavam eu contrabalancei entre extrema-direita e extrema-esquerda. Isso foi me vacinando contra os argumentos de uma e de outra. Fui ficando cada vez mais centr�o-conservador.
No seu caso, se voc� � novo de idade, procure garantir o seu sucesso financeiro e profissional primeiro, dedicando-se �s coisas que te promovem na vida. A pol�tica � muito boa para os pol�ticos mas p�ssima para se ganhar dinheiro para os n�o-pol�ticos.
Abra�os.
S�bias palavras Jo�o! Sou jovem ainda e o melhor seria n�o tocar nestes assuntos, mas acredito que minhas opini�es s�o ponderadas e sinto que s�o necess�rias e por isso me sinto com a responsabilidade de ao menos compartilh�-las.
No entanto tenho feito o que vc sugere: garantir primeiro minha estabilidade econ�mica e profissional j� que n�o tenho a menor inten��o de me envolver com pol�tica!
Caro Roney:
Eu li muito sobre o tema “Vampiros Emocionais” e um dos links que mais gostei foi este: http://www.revistaandros.com.br/sarcastico_vamp.html
A maioria das pessoas que discutem pol�tica sem necessariamente participar da mesma se enquadram em algum tipo de vampirismo emocional ou dist�rbio de personalidade descritos nesse site, principalmente aquelas que discutem apaixonadamente sobre pol�tica de uma forma pessimista ou otimista exagerada.
� bom tamb�m conhecer essa categoria de pessoas para n�o se deixar afetar pelos seus argumentos falaciosos que somente visam a sugar as nossas energias positivas deixando-nos de mal com a vida.
Uma das descri��es de vampiros emocionais deixo abaixo para voc� chegar �s suas pr�prias conclus�es:
VamPiroS – O Opressor.
Ao te rebaixar ele sugar� suas energias!
Este tipo de vampiro � encontrado entre aqueles que mais deveriam cuidar de voc�: seus pais!
Eles s�o aqueles que n�o perdoam seus erros, muito pelo contr�rio, sempre se esfor�am para que os m�nimos deslizes se transformem em motivos para sua condena��o. E n�o importa o quanto se esforce para superar seus lim�tes, para eles nunca ser� o suficiente, j� que determinaram desde cedo que seu lugar deve ser na sombra.
O Opressor pratica seu vampirismo por meio do sadismo e da tortura mental, sempre procurando um meio de fazer com que voc� se sinta uma completa incompetente.
Sim, ele realmente sente raiva, muita raiva de voc�, por isto nunca te deu um sorriso ou disse algo que n�o fosse para ofender ou ridicularizar. A maneira com que retiram sua energia � por meio do sentimento de frustra��o de quem se sente diminuido, incapaz at� de conquistar um amor t�o importante como o de um pai ou de uma marido.
Eu tenho um tio que, ao saber que sua filha iria se formar em Direito, fez a seguinte observa��o: “Mais uma ladra com diploma!” Ele poderia ficar feliz, poderia at� mesmo n�o ter aberto a boca, mas sabia que este seu coment�rio atingiria em cheio sua filha, que se recusou a seguir o papel que ele queria determinar em sua vida, como uma simples dona de casa. E � exatamente isto que eles querem: jogar para baixo para que possam sugar at� a ultima g�ta. E quando n�o conseguem, ridicularizam as conquistas de quem os desafiou.
N�o espere que atitudes como uma conversa franca, onde voc� tentar� expor seus sofrimento diante de tanto desprezo, possa amolecer o cora��o deste vampiro.
No fundo, a raiva que ele sente por voc� � fruto de muita inveja. Sim, meu amor, mesmo que eles sejam seus pais, muitas vezes a inveja que sentem chega a ser t�o grande que acabam fazendo de tudo para coloca-la em seu devido lugar: sob seus p�s. E o mesmo vai acontecer quando encontrar um marido ou namorado opressor. Eles nunca ir�o aceitar que sua luz possa brilhar em meio a escurid�o de suas personalidades t�o tacanhas.
Muita gente acha que o inc�modo que muitos homens sentem diante do sucesso de suas parceiras – principalmente elas ganham mais que eles – n�o passa de inseguran�a ou recalque masculino, mas n�o � bem esta a verdade. O que acontece � que estes homens se sentem ofendidos por elas serem melhores que eles, e como n�o conseguem supera-las, preferem rebaixa-las! Resumindo: o que eles n�o podem controlar, destroem!
“Voc� n�o sabe fazer nada certo”…”Voc� nunca vai ser nada na vida”…”Ningu�m no mundo vai querer se casar com voc�”…
Quantas vezes j� ouviu de quem deveria te amar, frases como estas? E quantas vezes ficou a imaginar sobre o que fez de errado para merecer este tipo de coisa?
Na realidade voc� n�o fez nada de errado, e nem deve gastar seu tempo tentando remediar uma situa��o onde voc� n�o passa de uma presa indefesa…T�o indefesa que se entrega de bra�os abertos � este ser destrutivo.
E o poder de destrui�ao que eles tem � algo insuper�vel. Basta ver o estrago que fazem em suas v�timas, deixando-as secas e sem vida, sempre dependentes de um amor ou carinho que nunca vir�. Gente, eu j� passei por isto em minha inf�ncia, cansei de implorar o amor de minha m�e, at� chegar um dia em que descobri que s� seria livre ao me libertar desta maldita depend�ncia!
Tudo o que eu fazia era errado, eu n�o prestava pra nada, e as palavras que mais me marcaram foram as pragas que ela me jogou:
“Voc� vai chorar l�grimas de sangue!…”
N�o tem jeito, enquanto voc� achar que deve conquistar este amor , mais depressa sua energia ser� sugada.
O Opressor decretou que far� de sua vida um inferno, para que voc� acredite que ele sempre teve raz�o quando dizia que n�o servia pra nada. Ent�o, quando voc� estiver derrotada por acreditar em suas palavras, ele apontar� o dedo e dir�:
“Eu sempre soube que isto ia acontecer…”
Espero que voc� goste e se interesse pelo tema. Assim voc� ir� se vacinando contra as t�ticas mais usadas pelas pessoas para nos desequilibrar emocionalmente.
Abra�os.
Ol� Jo�o!
Excelente texto este seu e gostei tamb�m do site que voc� indicou.
Realmente me deixo atingir mais do que deveria, no entanto me justifico dizendo que me preocupo com o impacto negativo deste pessoal na capacidade que a nossa civiliza��o tem para buscar solu��es.
S� que isso � tolice minha. Tanto os vampiros quanto os vampirizados s�o parte do fen�meno e, se nossa civiliza��o superou a amea�a nuclear e a peste negra, tamb�m vai resolver as crises atuais.
Obrigado por seus coment�rios sempre positivos e pertinentes!
Caro Roney:
Acho que desde o princ�pio eu havia percebido que, apesar de sua aparente juventude, voc� era uma pessoa evolu�da. Sim. O que voc� falou � verdade.
Vou te contar uma: eu sempre fui um cara envergonh�vel. Por envergonh�vel eu entendo a pessoa que sente vergonha pelos erros do passado e n�o do presente. Com isso, as pessoas tinham uma ascend�ncia moral sobre mim muito grande e at� mesmo exagerada. Se algu�m queria fazer eu me sentir culpado conseguia com a maior facilidade. Com isso, eu agia conforme o que as pessoas queriam que eu agisse.
Depois de 2 anos e meio de psican�lise aprendi como observar meus comportamentos e minhas emo��es. A� fui selecionando minhas experi�ncias com mais sabedoria, ou seja, aquilo que que me fazia sentir-me bem eu aceitava como verdade e aquilo que me deixava para baixo eu rejeitava como mentira.
Nem preciso dizer o quanto isso funcionou. O fato � que eu, sendo filho de portugueses, aprendi a aceitar a dor como par�metro daquilo que era bom e aquilo que causava prazer como sendo mau, ou seja, inverti meus valores para me ajustar � minha fam�lia. Creio que minha fam�lia deveria mudar o sobrenome de Labrego para Dr�cula.
Hoje, nem preciso dizer que al�m de ter me dado bem na vida e ainda por cima sentir-me feliz com a vida que consegui me dar, a minha fam�lia ainda me considera como a ovelha negra.
Ser feliz naquela fam�lia era um atentado de lesa-paternidade, uma trai��o �queles que sempre te deram tudo na vida. Por isso, apesar de eu ser um cara inteligente, emocionalmente eu me tornei burro. Hoje consigo entender uma frase que me disseram:- Jo�o, voc� � muito inteligente mas � burro. N�o � a toa que chamam os portugueses de burros: eles tem dinheiro mas s�o infelizes.
Um abra�o para voc� e continue assim. A verdade pode ser dolorosa mas ela nos liberta de nossa pr�pria ignor�ncia.
Em tempo:
Muita gente que usava a culpa, a vergonha e o medo para me atingir emocionalmente, deram com os burros n’�gua. Tentaram me abalar emocionalmente e se frustraram. Hoje eu conhe�o a maldade humana mas n�o a odeio. Acho-a interessante e divertida porque eu tamb�m j� fui assim mas me esfor�ava para me manter no bem, ou seja, fazer ao pr�ximo aquilo que eu gostaria que fizessem para mim.
Acho que esse esfor�o no bem foi me abrindo caminhos na vida e foi me colocando em lugares e situa��es que me fizeram se dar bem na vida. N�o acredite que pessoas que praticam o mal se d�o bem. � apenas uma ilis�o. O mal corrompe e nos torna imaturos pois quanto mais maldades a gente faz maior se torna o sentimento de culpa que nos impede de enxergarmos a verdade. No fundo, no fundo, os maus tem inveja dos bons pois apesar de possu�rem muitos bens eles n�o conseguem ser felizes como aqueles que tem a consci�ncia tranq�ila.
Voc� pode at� achar que os evang�licos s�o felizes. N�o eles n�o s�o felizes. � imposs�vel ser feliz quando se precisa ir no hospital durante a vida inteira para sara temporariamente de suas dores emocionais. A verdade � a �nica que liberta a gente de nossas depend�ncias ps�quicas.
Por isso, se algum dia voc� tiver oportunidade e quiser aprender mais sobre voc� mesmo procure um psic�logo e tamb�m leia livros sobre o assunto. Tem um site bom sobre psiquiatria:http://www.psiqweb.med.br/persona/persona.html
Nesse site voc� vai entender muito sobre a personalidade humana e seus dist�rbios. Vai entender tamb�m como funciona uma personalidade criminosa e porque, aparentemente, os maus se d�o melhor na vida.
� o maior barato ententer esses mecanismos inconscientes nas pessoas e muito mais legal ainda e enxerg�-los na gente mesmo. Causa-nos um profundo sentimento de culpa, vergonha e at� mesmo medo mas a gente vai se tornando cada vez mais consciente e melhores.
No seriado do Arquivo X diz que a verdade est� l� fora mas n�o est�. Ela est� dentro da gente. Esse seriado � muito famoso e eu assisti a todo ele em suas 9 temporadas porque o achei uma excelente met�fora das paran�ias que afligem o homem moderno.
Entende como a verdade se apresenta at� mesmo em filmes, livros, bate-papos informais desde que voc� saiba pescar as informa��es com sabedoria.
Abra�os.
Oi Jo�o,
Tamb�m sou de uma fam�lia um pouco complicada. Sabe como �, n�? Pai militar, filho de judeu russo… Uma longa hist�ria! O que importa � que realmente vamos acumulando nossas pequenas neuroses.
Felizmente surgem pessoas como voc� em nossa vida para fazer um contra-ponto.
Isso aconteceu poucas vezes aqui… Teve uma vez que machuquei a boca e v�rios visitantes deram dicas de como me tratar.
Estas pequenas intera��es virtuais e perceber que o que a gente escreve inspira reflex�es e empatia s�o alegrias preciosas que temos ao manter um site ou um blog como este.
S� posso agradecer por suas palavras e diger�-las calmamente. Muito obrigado mesmo!
Caro Roney:
Gosto de falar sobre os meus problemas passados a fim de compreender melhor as minhas dificuldades de fazer a minha vontade no presente.
O nome que se d� � esse tipo de dificuldade chama-se s�ndrome do pai ausente. Essa s�ndrome faz com que briguemos conosco mesmo devido muitas vezes � rejei��o que tivemos pelo pai.
Essa rejei��o filial � muito comum quando nossos pais s�o descendentes de estrangeiros ou estrangeiros e tem um comportamento e valores n�o afinados aos padr�es culturais da sociedade. Isso faz com que o filho se envergonhe do pai por n�o conseguir entender culturalmente os motivos que o levam a agir t�o disparatadamente.
A gente chama esse tipo de fam�lia de fam�lia desestruturada onde um dos componentes respons�veis pela forma��o ps�quica do filho � ausente e pior, quando presente � muito castrador. Por isso que os filhos sem pai adoram ridicularizar as pessoas e por isso que eu entendo o PT como uma agremia��o de filhos sem pai onde o princ�pio da autoridade est� seriamente comprometido. Todo filho sem pai odeia os bem-nascidos filhos de fam�lias estruturadas. Consegue perceber alguma familiaridade?
Estes filhos sem pai por n�o conseguirem compreender a necessidade da obedi�ncia � lei e � ordem para vivermos numa sociedade mais segura e organizada onde os relacionamentos sociais n�o causem preju�zos a ningu�m, desejam destruir a ordem social vigente bem como suas leis que regulam as intera��es entre as pessoas.
Por incr�vel que pare�a temos um partido an�rquico no poder executivo e legislativo que desejam o poder para si n�o para garantir a lei e a ordem e sim, para executar os seus projetos de vingan�a contra a sociedade que eles julgam ego�sta e injustas por terem-nos desprezados no passado.
Se voc� observar o discurso do Lula em seus momentos de desabafo notar� que ele n�o passa de um filhinho de mam�e. O comportamento emotivo dele na sociedade n�o � compaix�o pelos que sofrem e nunca foi. � um comportamento tipicamente feminino rejeitado pelas pessoas bem-nascidas oiundas de fam�lias estruturadas.
Tenho um livro bom que talvez conseguir� te convencer a esse respeito. Ele se chama “O pai – hist�ria e psicologia de uma esp�cie em extin��o” de Luigi Zoja.
Por isso que nossa cultura est� eivada de anarquismos e revoltas contra a autoridade. Voc� pode perceber isso na viol�ncia no futebol. Caso voc� ainda duvide recorra �s palavras de Jesus que veio para salvar o mundo.
Ele inventou o pai-Deus. Aos filhos �rf�os e desamparados oriundos de fam�lias desestruturadas ele legou Deus como pai. Isso fez com que ele fosse crucificado pois estava tirando, segundo se cria, a autoridade paterna da figura do pai de carne e osso. O princ�pio da lei judaica estava e ainda est� concentrado na transfer�ncia dos valores paternos para o filho que seria nada mais nada menos que a continua��o do pai.
Deus n�o poderia ser visto como pai. O filho teria que internalizar a figura e a autoridade do pai em sua psique para manter a sociedade como sempre foi, gerando prosperidade e riqueza para os seus eleitos.
Provavelmente o �dio dos demais povos pelo povo judeu se deva justamente a esse fato de todo filho sem pai odiar os filhos de fam�lias estruturadas pois eles n�o conseguem captar em suas psicologias o motivo que torna o povo judeu aparentemente t�o seguro de si e senhor de seus atos.
Tudo aquilo que a gente n�o consegue copiar e se tornar iguais passamos a considerar anti-natural e passamos a rotular os comportamentos estranhos � nossa psique dando-lhes nomes tais como orgulho, metidez, estar com o rei na barriga, etc. Essas rotula��es negativas causam-nos �dios incomprees�veis pois n�o odiamos a pessoa em si em sim o r�tulo que foi fixado em sua testa. Isso sim � preconceito. Agora, sentir-se enojado de algum comportamento idiota n�o � preconceito.
Uma vez eu estava tomando cerveja num bar e um sujeito passou a m�o no meu ombro. Eu lhe disse que n�o gostava que passassem a m�o em mim. Ele perguntou-me:- Por qu�? Por que sou preto? Eu lhe respondi que era porque ele era homem e que se fosse mulher eu aprovaria o comportamento. Est� vendo como nossas a��es podem ser interpretadas pelos outros como sendo preconceituosas? Elas apenas refletem as nossas escolhas na vida. Quanto ao sujeito eu nem o conhecia e por esse motivo n�o gosto que desconhecidos tomem esse tipo de liberdade comigo. Eu imponho meus limites ao comportamento alheio para comigo.
O problema da nossa cultura atual � que a mesma est� muito contaminada pela figura do pai ausente. Podemos comparar os brasileiros atuais com a hist�ria do Peter Pan onde o povo seria os meninos perdidos e o Lula seria o Peter Pan escolhido como l�der da garotada.
Se algum dia voc� puder leia o livro “S�ndrome de Peter-Pan”. Voc�, provavelmente, se identificar� com muitos dos comportamentos que o pai ausente provoca em seus filhos.
Espero que tudo isso que lhe exponho seja �til para voc�. A verdade � uma semente: quanto mais voc� a rega e mais a ensina maior ela fica dentro da gente. Por isso que eu adoro esclarecer as pessoas. Isso torna a verdade mais verdadeira para mim e meu comportamente de d�cadas vai se modificando a passos largos. O que levei 40 anos para entender se torna t�o claro para mim como se eu tivesse sabido disso a vida inteira.
Essas verdades v�o eliminando as minhas buscas in�teis que n�o me levam a nada. � como um cachorro perseguindo o pr�prio rabo. Nunca sai do lugar e nem sequer alcan�a seu objetivo.
Um forte abra�o e te desejo boa sorte. O fato de voc� estar procurando a verdade logo de in�cio j� � um grande sinal de que sua vida ser� muito diferente daquela que determinaram para voc� viver. Ser� mais pr�xima daquilo que voc� sempre desejou para si mesmo.
Conhe�o o “S�ndrome de Peter Pan”, mas n�o li. Coloquei na lista.
O que gostei muito neste seu �ltimo coment�rio foi desta S�ndrome do Pai Ausente em nosso comportamento pol�tico… Brilhante!
Caro Roney:
Fico na d�vida se tudo o que postei n�o passou de uma proje��o de minha psique revoltada ou se realmente tudo isso se passa no interior dos pol�ticos de esquerda desse pa�s.
Posso dizer que apesar de parecer mais proje��o de meu �ntimo nas pessoas estes dados que lhe forneci, apesar de subjetivos, foram objetivados atrav�s dos livros que li e lhe indiquei.
� como eu lhe disse anteriormente. O mais duro no processo de auto-conhecimento � descobrir que tudo isso que postei � o meu interior emocional que funciona assim e que reprimi estes conte�dos durante muitos anos at� que os mesmos perdessem sua for�a de motiva��o para a a��o.
Por tudo isso que posto voc� deve perceber que para conter tanta negatividade tive que apelar para todos os sentimentos de culpa, medo e vergonha que meus pais me ensinaram muito bem desde crian�a.
Agora, passados tantos anos, sinto tudo isso mas sou capaz de controlar essas emo��es disparatadas. Gosto da pol�tica pois me ajuda a extravazar estas emo��es jogando a culpa em outros que n�o eu.
Como voc� deve saber h� a libido (instinto para a vida) e o tanatos (instinto para a morte). Ainda n�o consegui fortalecer minha libido em detrimento de meu tanatos. Por isso, sou uma pessoa auto-destrutiva mas procuro, agora, enfrentar isso e me dar raz�o para viver. Antes eu fugia disso como o diabo foge da cruz pois n�o tinha recursos para enfrentar esse dilema interior. Por isso me afundava no trabalho e no estudo como �nico meio de manter a mente ocupada para n�o pensar nesse assunto.
Talvez tudo isso que lhe expus na postagem anterior seja uma interpreta��o subjetiva de minhas pr�prias emo��es mas, gra�as � Psicologia, tenho alguma convic��o de que isso tem bastante chance de fazer parte da psicologia das pessoas que enfrentaram os mesmos tipos de problemas que eu.
Abra�os.
Em tempo:
A simpatia dos partidos pol�ticos de esquerda com rela��o aos movimentos gays, � toler�ncia para com a criminalidade, ao apoio quase incondicional ao aborto e a intoler�ncia ao que eles entendem como preconceito racial, social ou econ�mico s�o sintomas caracter�sticos da s�ndrome do pai ausente.
Numa pr�xima oportunidade tentarei transformar isso numa ret�rica mais diger�vel para voc� perceber a gravidade de tal problema.
Saiba, desde j�, que as figuras do pai e da m�e, tal qual as conhecemos, n�o s�o naturais e sim, uma constru��o cultural da sociedade. A figura da m�e � mais forte pois se fundamenta num princ�pio biol�gico ao passo que a do pai precisa se fundamentar na id�ia de ganho e interesse.
Tal qual na natureza, os cuidados com a prole s�o de responsabilidade da f�mea, ao passo que o macho apenas possui o instinto do acasalamento e n�o o da preserva��o da prole.
Por isso que � t�o dif�cil para um homem assumir a paternidade, principalmente quando ele nada tem a ganhar com isso. Por isso que os piores pais s�o oriundos de fam�lias desestruturadas. Eles n�o conseguem pensar em ganhos a longo prazo – quando os filhos estiverem criados e trabalhando, por exemplo – pois preferem os ganhos e prazeres imediatos.
J� os filhos de fam�lias estruturadas, al�m de haverem internalizado em suas psiques o princ�pio da autoridade, ainda sentem orgulho pelo sobrenome que ostentam, possuindo assim, mais capacidade para constituir uma fam�lia do que os filhos sem pais.
Muitos novos-ricos que ganham muito dinheiro tamb�m geram fam�lias desestruturadas. Isso porque a compuls�o pela riqueza visa satisfazer um complexo de inferioridade adquirido em sua adolesc�ncia. Oras, quem sofre de complexo de inferioridade na adolesc�ncia � v�tima da s�ndrome do pai ausente.
Parece que toda a nossa cultura est� fundamentada na figura do pai, ou seja, no patriarcalismo. Por isso que os comportamentos sociais dos filhinhos de mam�e, ou seja, de fam�lias matriarcais, s�o t�o ridicularizados pelos demais membros da sociedade, gerando nas pessoas assim um sentimento de inadequa��o social como se n�o pertencesse � esp�cie humana.
N�o sei se voc� j� ouviu algumas pessoas dizerem que o mundo inteiro est� louco menos ele. � que essa pessoa teve dificuldades de compreender que suas emo��es e n�o encontram pessoas que sentem as mesmas coisas que ela em rela��o aos mesmos assuntos. Ou seja, sentem-se incompreendidas.
� por isso que existem as tribos de adolescentes que chamo de tribo dos meninos perdidos. S�o filhos sem pais que buscam uma identifica��o social atrav�s do compartilhamento de emo��es, rea��es e atitudes semelhantes.
As pessoas que discutem pol�ticas est�o querendo desabafar seu lado emocional revoltado com a sua falta de identifica��o social. As que discutem futebol est�o tentando desabafar a mesma coisa. Enfim, todos est�o procurando um meio de expressar suas emo��es negativas de forma indireta, ou seja, n�o falando delas mas criando formas aceit�veis de manifesta��es das mesmas. O importante � que consigam catarse�-las produzindo-lhes al�vio moment�neo.
Para mim, a forma mais eficiente de catarsear-se � a religi�o pois lida diretamente com a figura do pai-Deus. Ou seja, a coragem que n�s n�o tivemos de cobrar nossos pais e enfrent�-los por medo n�s transferimos nossas queixas, revoltas e reivindica��es para um pai imagin�rio.
� como a crian�a que impedida de brincar com outras crian�as pelos pais sente-se solit�ria e instintivamente cria um amigo imagin�ro com o qual conversa e brinca.
Finalizando por aqui, pois j� falei demais para o meu tamanho, me despe�o.
Abra�os.
Oi Joao (desculpe, estou numa maquina Windows ainda sem acentos),
Voce toca em pontos bem fortes e o faz corajosamente. Para comentar tudo a gente teria que criar um forum exclusivo! Hehe!
Concordo que vivemos em uma sociedade bem traumatizada e que precisamos nos preocupar bastante em enfrentar nossos problemas internos. No entanto tambem temos que falar de politica, ne? Hoje talvez mais do que em seculos passados.
Uma das coisas que vc disse e’ especialmente delicada e deu a impressao de que defender os direitos de gays, aborto e preconceito e’ um desvio patologico. Tenho certeza de que vc nao pensa assim e se referia a forma como a esquerda faz isso. Talvez tenha uma explicacao patologica para a frieza da direita diante destes e outros pontos.
Fico pensando em como sintetizar o seu texto, mas nao sei se tem como. Alias, eu mesmo nao devo estar la’ muito bem ja’ que tenho a impressao de que o mundo esta’ louco e somente eu sou saudavel! Hehehe!
A religiao realmente e’ vital e seria o ponto que eu escolheria para sintetizar suas palavras. Mas tenho uma firme opiniao sobre isso…
Depois de seculos de interesses e contaminacao por nossa crescente neurose dissossiativa (que nos afasta da realidade para dentro de um mundo fantasioso formado por cidades e filmes onde o mundo real nao passa de eco distante e distorcido) a maioria delas ja nao passa de dogmas construidos para nos enquadrar no mesmo comportamento de pai ausente que vc cita.
Isso nao quer dizer que nao existam grandes homens e mulheres dentro das religioes que as cultuam em sua essencia. Tenho a sorte de conhecer alguns deles e ate’ “linko” seus sites aqui ao lado.
Ainda assim, ao meu ver a arte e’ a expressao moderna que chega mais perto da experiencia mistica original. Por isso sempre digo que “a arte e’ o ar que a consciencia respira”.
Abracos!
Caro Roney:
Quanto ao que eu falei sobre os gays e afins, o assunto n�o foi preconceituoso pelo fato de o mesmo se referir � dificuldade que a crian�a tem de se identificar com o genitor do mesmo sexo. A crian�a masculina, por n�o se identificar com o pai ou ser rejeitada por ele desenvolve uma personalidade e desejos de conquista muito parecidos com os da m�e.
Isso, transportado para a realidade social que vivemos, transforma-se numa compuls�o pela presen�a de uma pessoa do mesmo sexo para que esta crian�a, hoje em forma de adulto, se sinta segura e amada pelo pai, ou seja, uma mulher em corpo de homem.
Vou te dar um exemplo porque a nossa cultura torna quase imposs�vel a gente tratar de assuntos t�o subjetivos assim. Nossa cultura � mais de fuga dos nossos problemas �ntimos do que de enfrentamento.
Onde eu moro h� um adolescente que se considera gay e tem todos os trejeitos de gay. Como eu conhe�o o pai e a m�e dele eu converso com a minha esposa sobre os motivos que determinaram tal escolha da parte dele.
Segundo a minha esposa, ele n�o � realmente um gay pois se sente infeliz com tal escolha e, por outro lado, falta algo para ele se sentir como homem.
Na tentativa de explicar para a minha esposa esse paradoxo eu me coloquei no lugar desse adolescente e tentei enxergar o mundo e as pessoas pela �ptica dele.
Ele � filho de uma m�e problem�tica e de um pai mulherengo que se separou da m�e dele por causa de outra mulher. Ele tem uma irm� mais velha, que por ser mulher recebeu mais aten��o e afeto do pai, e ele, como filho, achou que se tivesse nascido mulher, conseguiria a mesma aten��o e amor da parte do pai. Por esse motivo ao inv�s dele se esfor�ar para copiar o pai ele se esfor�ou para copiar as mulheres de se universo. Hoje, infelizmente, � um gay que nem � gay e um homem que nem � homem. Como ele vai resolver esse dilema n�o fa�o a menor id�ia.
Na pr�xima vez eu tentarei explicar os demais t�picos de seu texto. Abra�os.
Continuando:
A frieza da direita com rela��o � homossexualidade e n�o ao homossexualismo (pois o sufixo ismo denota doen�a e a OMS abandonou a id�ia de que o comportamento homossexual � patol�gico, sendo apenas uma escolha da pessoa). Por isso, n�o falamos mais de homossexualismo e sim de homossexualidade.
Como a homossexualidade ou heterossexualidade � apenas uma quest�o de escolha e o fato de ser apenas uma escolha, fudamentada no emocional do indiv�duo, faz com que os homens temam seu lado feminino, esfor�ando-se para valorizar o seu lado masculino.
Por esse motivo a homofilia natural nos indiv�duos (homem ou mulher), quando considerada pelos pais, ausentes ou n�o, como sinais ou ind�cios de homossexualismo, faz com que os pais provoquem nos filhos um forte sentimento de culpa por seu pr�prio comportamento natural. Com isso, � criada no indivuo a homofobia que o torna preconceituoso para com os comportamentos diversos daquele que ele escolheu. Pior, um indiv�duo hom�fobo sente uma grande inseguran�a quando sua homofilia desperta, pois realmente muitos gays s�o bonitos e desperta nosso interesse por conhecer o porqu� de suas escolhas. Pior, desperta muitas vezes at� mesmo uma homossexualidade reprimida desde a adolesc�ncia.
Agora, meu caro, � ou n�o � para termos medo dos gays? Nosso mundo amea�a desabar quando estes instintos e desejos duramente reprimidos amea�am romper o dique de nossas defesas mentais e se manifestam em n�s.
Vou te dar uma explica��o melhor: a crian�a desde que nasce at� os 7 anos n�o distingue a diferen�a entre meninos e meninas. Ap�s os 7 anos, desperta a homofilia que � menino com menino e menina com menina, sendo aqueles de comportamento contr�rio, ou seja, aqueles que brincam com as meninas ou aquelas que brincam com os meninos chamados pelos seus iguais de mariquinha para os homens e maria-moleque pelas meninas.
E tem que ser assim porque os pap�is sociais s�o diferenciados para ambos os sexos. � mulher compete brincar com as meninas de casinha, de boneca, de comidinha para desde cedo ela come�ar a achar divertido e natural ser dona de casa e m�e.
J� ao homem, compete o lado do provimento do lar e para tal coisa acontecer ele tem que aprender desde cedo a se relacionar com os demais e se sentir bem com as sensa��es de vit�ria e sucesso sobre os demais homens.
Isso faz com que cada um desempenhe seu papel social como se ele fosse algo natural e n�o artificial. As pessoas aceitam seus pap�is sem questionamento de certo e errado justamente por causa dessa fase infantil que � o aprendizado para a vida da forma como ela foi organizada pelos nossos ancestrais.
Agora, os filhos de fam�lias desestruturadas ou preconceituosas, s�o impedidos por seus genitores de desenvolver suas caracter�sticas masculinas ou femininas. O pior que essa fase dos 7 aos 12 anos � fundamental para a forma��o do futuro adulto. Se ela � prejudicada o adulto ter� muito trabalho mental e psciol�gico para entender e aceitar as regras e deveres sociais.
Pior de tudo � que essas crian�as castradas em sua inf�ncia adquirem comportamentos incompat�veis com a normalidade vigente por incapacidade de empatizar com as brincadeiras adolescentes dos demais.
Por esse motivo elas s�o ridicularizadas pelos seus semelhantes e n�o conseguem se sociabilizar como deveriam para atingir seus objetivos na vida. Pior: a ridiculariza��o e o deboche alheio criam �dio na pessoa que � debochada e ridicularizada, afastando-a cada vez mais do conv�vio social e transformando-a numa misantropa (contr�rio de filantropo).
Por isso que, psicologicamente, as pessoas afetadas por essa s�ndrome s�o altamente periculosas, precisando muito mais de tratamento psiqui�trico ou psicol�gico nas cadeias do que necessariamente de castigos e puni��es f�sicas.
Por esse motivo, l� no fundo de nossas psiques ego�stas, sentimos um profundo sentimento de culpa por estas pessoas infelizes que poderiam ser nossos pr�prios filhos tamb�m.
Gra�as a Deus eu n�o tenho filhos e somente agora eu sei o que significa a palavra sociopatia (patologia social). A pr�pria OMS reconhece como sa�de o bem-estar f�sico, mental e social. A pessoa pode ser s� de corpo e mente mas pode ser uma doente social.
Por isso que os seriais killers despertam nosso interesse cient�fico. Como que pessoas altamente inteligentes, dotadas de uma profunda capacidade de an�lise e planejamento se tornaram criminosas? Ser� que as nossas escolhas ou aquilo que n�s entendemos por normalidade s�o t�o ruins assim?
A resposta est� na inf�ncia e na adolesc�ncia desse indiv�duo. Seus pais falharam com ele na sua educa��o. Para estas pessoas adoecidas socialmente nada melhor que um presidente tamb�m adoecido socialmente. Por isso que o Lula encontra identifica��o com a maioria do eleitorado e, inclusive comigo mesmo.
Como eu estou conhecendo a verdade para me libertar desse mal que adquiri desde a inf�ncia e me dar uma vida normal daqui para a frente eu estou me desidentificando emocionalmente com o Lula. Por isso que para mim ele n�o representa mais as minhas aspira��es sociais e psicol�gicas.
N�o pense que adquiri este conhecimento que lhe exponho de forma f�cil. Foi muito doloroso o processo de compreens�o da verdade mas o importante � que abandonei minhas fantasias e centralizei em mim e apenas em mim a responsabilidade pelo meu sucesso ou pelo meu fracasso.
As pessoas das quais eu era amigo n�o mais representam os meus ideais porque me dessintonizei das mesmas. S� n�o me chamam de ego�sta ou metido a besta porque todas estas pessoas viram a minha luta e o meu sofrimento pela busca da verdade.
Foi como um parto psicol�gico. Foi um sofrimento atroz porque todo parto � doloroso para quem est� sendo parido. Imagine voc� no conforto do �tero materno, de repente, sentindo que toda aquela sensa��o de conforto e bem-estar desapareceu. Essa saudade causada pela perda do para�so nada mais � que a perda brusca da felicidade que havia dentro do �tero materno. Chama-se saudade do �tero quando a crian�a n�o consegue gostar da vida e sente que gostaria de estar num lugar onde tudo o que ela desejava era imediatamente atendido. N�o havia espera ou demora entre a percep��o do desconforto da fome e da sede e a satisfa��o de suas necessidades. Tudo era provido pelo organismo materno. Nosso c�rebro registra inconscientemente estas sensa��es de bem-aventuran�a mas nossa cultura n�o encontra meios de proporcionar um substituto aceit�vel a essas sensa��es perdidas.
Por isso que o mito do Aladim e sua l�mpada maravilhosa remonta ao �tero materno. Bastou voc� sentir fome ou sede, esfregar a l�mpada e ser servido por um g�nio.
J� a lenda do para�so perdido (Jardim do �den) � um mito universal que surgiu sob v�rios aspectos at� mesmo entre nossos ind�genas. � a saudade do �tero materno que nossa intelig�ncia e cultura n�o consegue racionalizar e verbalizar fazendo com que nossas mentes criem fantasias e mitos. Essa sensa��o do para�so perdido � que faz com que o homem lute para tornar o mundo cada vez mais confort�vel e gostoso para todo mundo. Ou seja, transformar a Terra num para�so.
� uma atitude saud�vel essa causada pela saudade do �tero: a de transformar o mundo em algo melhor. O problema s�o os loucos: pessoas dotadas de uma grande intelig�ncia, de uma grande capacidade mental de planejamento mas infelizmente adoecidas socialmente. S�o os Hitler da vida, os Mussolini da vida, enfim, os ditadores pol�ticos que tem por �nico sonho tornar o mundo um reflexo de sua personalidade doentia. Afinal, quando eu conseguir tornar todo mundo louco eu serei o melhor pois j� consegui tirar proveito da minha pr�pria loucura, ao passo que os outros sofrer�o na pele tudo que eu sofri e que eles, consderando-se normais, me inflingiram como dor atrav�s da discrimina��o que tiveram para comigo.
Entende agora por que Jesus insistiu na lei do amor ao pr�ximo e no n�o-julgamento do pr�ximo? L�gico, se o cara cometer um crime ele precisa ser punido at� mesmo para que ele se sinta de bem consigo mesmo,tipo assim:- Fiz mas j� paguei. Agora ningu�m mais tem o direito de me cobrar e n�o devo mais nada para ningu�m. Por isso, que cada vez mais a nossa justi�a est� se humanizando e respeitando mais os direitos humanos. Todos n�s inflingimos algum tipo de sofrimento ao nosso pr�ximo destuindo para sempre as suas possibilidades de sucesso na vida. Somos todos respons�veis pelo nosso semelhante. Somos uma fam�lia humana.
Quando a gente n�o compreende essas verdades racionalmente � muito melhor seguirmos cegamente o que Jesus falou:- Perdoai-vos uns aos outros. Esse perd�o nos liberta do �dio que sentimos quando algu�m nos humilha ou nos rejeita socialmente. Com isso, nos poupamos de adquirir um comportamento sociop�tico. Entende agora por que Jesus dizia que muitos de seus ensinamentos que ele passava para seus ap�stolos seriam inintelig�veis para o povo e que competia aos ap�stolos ensinar ao povo as consequencias de seus ensinamentos e n�o propriamente os seus ensinamentos?
Freud escandlizou uma gera��o com suas verdades. Imagine como Jesus deve ter escandalizado a sua gera��o tamb�m, principalmente aqueles que exploravam a ingenuidade do povo.
Abra�os para voc� e vou ficando por aqui mesmo mas gostaria que voc� entendesse a interdisciplinaridade existente entre pol�tica, psicologia e religi�o. S�o coisas que apesar de n�o possuirem um sentido tomadas isoladamente, quando tomadas em conjunto acabam se encaixando perfeitamente.
Tchau e pode me fazer quantas perguntas e cr�ticas desejar. Adoro quando sou capaz de responder �s perguntas e d�vidas das pessoas.
Esclarecimento:
Homofilia: refere-se ao emocional da pessoa, ou seja, ela sente simpatia e carinho por pessoas do mesmo sexo e, quem sabe, at� mesmo amor pelo pr�ximo. Isso � natural no ser-humano.
Homossexualidade: refere-se ao f�sico da pessoa, ou seja, ela sente necessidade de se relacionar sexualmente com pessoas do mesmo sexo. Isso misturado com a homofilia faz com que o indiv�duo escolha tornar-se uma mulher em corpo de homem.
Desculpe-me pela minha verborragia mas eu precisava fazer essa distin��o para voc� compreender melhor os meus pontos de vista.
Em tempo:
N�o sei se voc� se lembra de sua inf�ncia e de suas fantasias infantis mas aquela fantasia que temos de encontrar uma caverna com um tesouro dentro e que nos tornar� ricos do dia para a noite nada mais � que aquela sensa��o de saudade do �tero. Por isso que os homens primitivos, com a descoberta do fogo, enxotaram os animais selvagens das cavernas e passaram a se sentir mais protegidos e confort�veis dentro de uma caverna do que ao ar livre.
Essa sede de inventar coisas que tornem a vida mais confort�vel, tal como uma casa, nada mais � do que a saudade do �tero existente em cada um de n�s. � uma saudade saud�vel que tentamos reproduzir o mais fielmente poss�vel em nossa realidade a fim de sentirmos algo equivalente �quilo que sentimos em nossa gesta��o mas que nossa mente n�o consegue reproduzir a n�o ser se dando uma moradia ou uma casa.
Entende como as coisas que procuramos reproduzir em nossas vidas depende tanto da qualidade de nossos pais em nossas vidas? E por isso que a fam�lia deveria ser a institui��o humana mais respeitada pelo institui��o chamada Estado. Infelizmente, muitos governantes e pol�ticos lutam pela conquista do poder ou pela sensa��o de poder que os cargos lhe oferecem e n�o propriamente para fazer o povo feliz e de bem com a vida.
O ego�smo humano � uma doen�a que deve ser tratada pela medicina. S�o pessoas sociopatas e, infelizmente, s�o pessoas doentes que estamos colocando no governo de nosso pa�s.
O desejo de tornar o mundo melhor para todos deveria ser o m�vel de todo pol�tico e governante mas, infelizmente, ainda n�o conseguimos achar um meio de conscientizar tantas pessoas de seus pr�prios males psicol�gicos.
A internet � uma forma de atingir um grande n�mero de pessoas com nossas id�ias e � uma m�dia independente na qual passamos nossos conceitos e experi�ncias para um grande n�mero de pessoas sem um custo proibitivo.
Novamente, pe�o desculpas pela minha compuls�o em escrever. Pe�o=lhe compreens�o e paci�ncia pois n�o consigo expressar as minhas verdades de maneira simples pois elas se baseiam n�o simplesmente em palavras mas num grande encadeamento de conceitos que se juntam formando um todo coerente.
Isto sim � o que chamo de conhecimento e cultura. N�o basta rotularmos para sabermos as coisas. Devemos nos aprofundar no significado das coisas.
Somente para dar um exemplo, eu lhe pergunto o significado da palavra porta. Muita gente procura o dicion�rio e localiza a palavra porta no mesmo. Quando eu pergunto pelo significado de algo estou perguntando � pessoa o significado para ela n�o da palavra porta mas sim, do objeto porta. As pessoas n�o entendem e a� eu dou um exemplo: imagine que voc� foi dormir e lembrou-se de que n�o fechou a porta. O que voc� faz? Levanta-se e vai fechar a porta ou deixa a porta aberta e continua a dormir? Claro que voc� se levanta e fecha a porta mas o que aconteceria se voc� n�o se levantasse e fechasse a porta? Com certeza voc� se sentiria inseguro, preocupado com a possiblidade de algu�m lhe matar enquanto que inocentemente voc� dorme. Em suma, voc� n�o conseguiria dormir. Ent�o qual o significado do objeto porta para voc�? Respondo: seguran�a, privacidade e uma forma de voc� entrar e sair do �tero materno para buscar cada vez mais objetos que tornem o seu �tero materno mais confort�vel e gostoso. Voc� pode sair sem se preocupar que outro invadir� o seu espa�o pois a porta tamb�m significa oposi��o � invas�o alheia.
Por isso que o roubo nos machuca tanto e nos faz sentirmo-nos inseguros diante da vida. Afinal, juntamo-nos em sociedade justamente para atrav�s da uni�o tornarmo-nos mais fortes e felizes. A desuni�o nos enfraquece e nos corrompe e por isso que muitos partidos de esquerda, a fim de tomar o poder, provocam atrav�s da m�dia, uma separa��o entre as pessoas dizendo-lhes que elas n�o s�o iguais, o negro e o gay tem mais direitos que os trabalhadores, etc. Enfim, usam nossas inseguran�as e medos para nos dividir e causar mal-estar na popula��o. Com essa inseguran�a, artificialmente criada, eles chegam com id�ias mirabolantes e nos fazem engolir suas verdades mentirosas, ous seja, eles fomentam o medo e a inseguran�a na popula��o e, em seguida, aparecem com a solu��o de todos os nossos problemas, tornando-se assim os salvadores da p�tria.
He, he. Hoje eu estou inspirado.
Para concluir:
A maioria de n�s foi castrada pelos nossos pais em nossa homofilia que � natural e necess�ria para sentrimos prazer em se relacionar com as pessoas do mesmo sexo a fim de sentirmo-nos aceitos socialmente e iguais aos nossos semelhantes.
Por que fomos castrados? Pelo fato de nossos pais serem imaturos e ignorantes confundindo a homofilia com a homossexualidade. Por esse motivo eles criticaram nossos comportamentos homof�licos e nos fizeram sentirmo-nos culpados por gostarmos do genitor de mesmo sexo.
Por isso, quando �ramos crian�as – n�s homens, � claro – e tent�vamos demonstrar nosso amor pelo nosso pai atrav�s de demonstra��es afetivas ele imediatamente nos rejeitava e e nos criticava. Sent�amo-nos ent�o envergonhados e errados e fomos reprimindo em n�s esse sentimento homof�lico e transformando ele em sentimento homof�bico.
Com isso, nossa capacidade de se unir a um grupo a fim de colaborar para a consecu��o de nosso trabalho ficou comprometida. Tornamo-nos insoci�veis e incapazes de nos unir para construir um pa�s melhor onde o bem comum � o objetivo maior e, claro, de quebra o nosso bem individual.
As pessoas que mais criticam o ego�smo alheio s�o justamente aquelas que tiveram essa capacidade natural comprometida pela sua educa��o familiar. Quando elas dizem que algu�m � ego�sta ela est� projetando seu pr�prio ego�smo nos outros por se sentir incapaz de se unir �s demais pessoas e n�o conseguir superar a sua pr�pria incapacidade de sociabiliza��o.
Aquelees que s�o chamados de ego�stas est�o participando de projetos importantes e colaborando para o crescimento e progresso do pa�s e n�o tem tempo em sua agenda para ficatem ouvindo choradeira de crian�as desamparadas que n�o querem aceitar o princ�pio de autoridade nem mesmo em seu pr�prio benef�cio.
Elas querem ou pensam que querem se sentir superiores mas quando conseguem o poder que tanto ambicionaram percebem que n�o conseguem ser pais de si mesmas e estabeler um plano de governo que vise o bem-estar da maioria.
Ela apenas consegue governar para uma minoria que � semelhante a ela e sente a mesma sensa��o de injusti�amento e incompreens�o da parte dos bem-nascidos, ou seja, s�o os eternos coitados e eternas v�timas.
Eu posso tomar minha pr�pria experi�ncia pessoal de vida como prova do que estou lhe dizendo. O princ�pio da autoridade e da obedi�ncia � uma coisa natural no ser-humano pois a homofilia natural garante este princ�pio, ou seja, o amor ao pr�ximo � uma coisa natural no ser-humano. Eu juro por tudo quanto h� de mais sagrado no mundo e se n�s perdemos essa capacidade natural foi por culpa de nossos valores culturais preconceituosos e inadequados para o progresso de nosso pa�s e quem sabe de nossa pr�pria esp�cie.
A ci�ncia psiqui�trica e psicol�gica prova como dois mais dois s�o quatro que o pr�prio evangelho da b�blia foi um guia que permitiu ao homem com ajuda da religi�o, construir a nossa cultura atual de uma forma mais humanit�ria. Nossos instintos mais primitivos foram controlados mas, infelizmente, ainda temos muitos indiv�duos que ao inv�s de se humanizarem atrav�s do cristianismo preferem se animalizar atrav�s do marxismo.
O marxismo foi criado como uma filosofia de cunho totalmente materialista e muito pouco psicol�gico a fim de dar nomes aos conflitos internos das pessoas. As pessoas que se identificam com esta teoria se desumanizam e enlouquecem acreditando que encontraram no marxismo um substituto intelectual do cristianismo ao qual n�o conseguem obedecer justamente por ele ser humano demais.
Enfim, o marxismo n�o � uma teoria que vise salvar o homem e sim um engodo de uma pessoa revoltada contra si mesma e o mundo e que visava o convencimento das massas para que as massas se tornassem inimigas de seus inimigos pessoais.
Quem odiava a elite era o pr�prio criador do marxismo por ser oriundo de uma fam�lia que, apesar de rica, era desestruturada e com pai ausente. Isso tornou o pr�prio Marx um inimigo do capital por ele sentir que o dinheiro era o motivo de seu pai ser t�o ausente de sua vida.
Por isso, com sua intelig�ncia e capacidade estrat�gica ele elaborou a obra O Capital onde incitava as massas a destru�rem o capitalismo e tomarem o poder para se vingar da indiferen�a de seu pai que ele tanto odiava.
Entendeu meu caro colega como muitas vezes estamos seguindo um louco e nem sabemos disso? Hoje eu sei mas foi procurando a verdade dentro de mim mesmo depois de ter procurado ela fora de mim, ou seja, nos outros e n�o a ter encontrado.
Eu n�o sou religioso mas a minha m�e foi crente. Por isso que os ensinamentos religiosos fizeram parte de minha vida e me obrigava a manter-me, sem eu o saber, numa conduta reta e na maior parte das vezes, honesta.
Eu me sentia bobo por n�o conseguir ser desonesto como os outros? Claro que me sentia e ainda por cima sentia muita raiva dos outros por terem escolhido o caminho mais f�cil e eu n�o ter a coragem de tamb�m escolh�-lo. Por isso eu vivia em constante conflito com a minha pr�pria honestidade pois a considerava uma grande bobeira e somente o medo, a culpa e a vergonha foram meus verdadeiros pais que me for�aram a permanecer no caminho estreito.
Percebe agora como eu tive que me justificar perante mim mesmo pelas bobeiras que fiz e que agora eu vejo como certas? Hoje o fato de haver um pol�tico desonesto no poder n�o me incomoda mais e muito menos me causa revolta. Eu sei que as pessoas precisam crescer e amadurecer e eu sozinho n�o sou respons�vel pela situa��o ca�tica que a� est�. Meu voto vale por um e n�o por milh�es. Fa�o a minha parte e cada um que fa�a a sua.
N�o temos como colocar sozinhos um l�der perfeito para um povo t�o carente como o brasileiro. O m�ximo que nosso voto pode fazer � representar a nossa vontade individual. Eu acredito na vida como acredito que todos conhecer�o a verdade como eu estou a conhecendo agora.
Para conhecer a verdade eu precisei me decepcionar muito comigo mesmo e acreditar que eu possivelmente eu poderia estar errado em minhas convic��es. Procurei a verdade justamente para descobrir que eu sempre estive certo e que o erro que �s vezes cometemos em algum momento de nossas vidas foi para nos mostrar do que somos capazes para, em seguida, fazermos uma escolha. Para acertamos temos que reconhecer que somos pass�veis de errar e tudo que constru�mos e escolhemos como subs�dio intelectual de nossas escolhas podem estar errado em seus fundamentos.
� aquela hist�ria: fazermos o certo pelos motivos errados. Quantas pessoas que existem hoje que individualmente est�o fazendo tudo certo em rela��o a si mesmas mas socialmente est�o fazendo tudo errado ensinando seus filhos a odiar ao pr�ximo, culpando o mundo pelos seus problemas pessois, chamando de ego�stas as pessoas que est�o correndo atr�s do sucesso, enfim, ensinando seus filhos a serem fracassados quando criticam as pessoas de sucesso e que n�o ficam perdendo tempo como elas.
A sociedade est� fazendo com que nossos policiais, mantenedores da lei e da ordem, se sintam culpados por estarem do lado da lei e oprimirem os coitadinhos e v�timas da injusti�a humana. Conhe�o alguns policiais e procuro demonstrar para eles que eles est�o do lado certo da vida e n�o do lado errado como esses vampiros sociais querem faz�-los acreditar.
Pior ainda, esses vampiros sociais p�e seus filhos no mundo e os ensinam a ser exatamente como eles s�o. Eles n�o se contentam em destruir a sociedade. Eles ainda fazem de seus filhos que geralmente s�o numerosos outros militantes do caos e da desordem.
Tudo isso foi causado por um passado nosso de ignor�ncia em que n�o soubemos e ainda n�o sabemos como tratar nosso semelhante que sofre. A dor e a bagun�a provocada por essa gente est� acelerando o nosso processo de aprendizado para que possamos melhorar as condi��es de vida de todos e conquistar as pessoas para o lado do bem.
Mesmo que seja poss�vel conquistar essa gente para o nosso lado ainda assim elas ter�o que enfrentar as suas crises de consci�ncia ao perceber que estavam militando do lado errado.
Como conquistar essa gente para o lado do bem sem constrang�-las a crises de consci�ncia desnecess�rias? N�o sei mas o tempo urge e nossa intelig�ncia est� se acelerando nesse projeto. Sei que muita gente como eu est� tomando consci�ncia dessa dificuldade e est�o trabalhando coletiva ou isoladamente para resolver esse problema grave.
Caso n�o haja uma solu��o satisfat�ria isso representar� a guerra como as que est�o havendo no mundo: pessoas que sociopatas criando e guiando outros sociopatas a fim de estabelecerem um governo comunista no mundo.
No que isso vai dar? Sei l� mas a impress�o que eu tenho � de que de alguma forma eles est�o vencendo pois a direita est� enfraquecida de tanto usar a for�a como agente intimidador das massas, ou seja, estamos renunciando ao uso da for�a gradativamente e estamos procurando novas solu��es e quem sabe se n�o acabaremos por descobrir que as palavras ditas por Jesus h� 2000 anos atr�s n�o ser�o a verdadeira solu��o do problema que estamos enfrentando.
Se algum dia voc� estiver disposto leia a b�blia e as palavras de Jesus. Ele falou muito em guerras e rumores de guerras. Talvez, finalmente, a volta dele n�o seja ele voltar ao mundo mas sim, suas id�ias e mandamentos adquirem um signifcado profundo para n�s. Isso talvez significar� a volta dele ao mundo no sentido figurado. Ou seja o reinado do respeito e amor ao pr�ximo como norteador de toda a vida humana na Terra.
Por isso que n�o acredito em religi�es que ir�o salvar o mundo mas acredito que as religi�es sejam a��nica forma que temos no momento de darmos sentido aos valores elevados que cultuamos sem se sentir idiota ou bobo.
Espero que esta minha eloquencia que nada mais foi do que um desabafo e uma confiss�o de pr�prio punho ou ser� de pr�prios dedos? Sei l�. O importante � que falar essas coisas me fazem um bem danado. Por isso que tenho dificuldade hoje de me calar. Como diz Chico Buarque:- Pai! Afasta de mim esse cale-se, pai!
Abra�os.
Oi Jo�o,
Seus coment�rios sempre s�o ricos em conte�do. Eu realmente acho que voc� devia criar um blog para compartilhar mais eficientemente o seu conhecimento! � gr�tis e f�cil tanto no WordPress quanto no Blogger.
Mesmo n�o concordando com tudo (acho que o Marxismo � ing�nuo e certamente uma substitui��o para a religiosidade, mas tem um papel importante na quebra com um modelo que tamb�m n�o era bom) com certeza suas palavras tem muito a acrescentar e estou lendo e digerindo calmamente todas elas!
Abra�os!
Caro Roney:
N�o sei se isso acontece com voc� mas quando eu estou elaborando minhas id�ias no blog elas me parecem t�o verdadeiras no momento que elas me soam como a mais pura express�o da verdade.
Passado alguns dias, quando releio-as, elas carecem de um sentido objetivo pois novas id�ias v�o se sobrepondo �quelas e novas formas de interpreta��es mais realistas e menos subjetivas v�o surgindo em minha mente.
Acredito que eu esteja passando por aquela fase que Carlos Drumond de Andrade citou muito apropriadamente:
– Mais vale falar uma grande besteira do que guardar uma grande bobagem.
Ele estava cert�ssimo pois somente percebemos que nossos conte�dos conscientes e inconscientes s�o grandes besteiras quando os externalizamos em forma de palavras.
Caso contr�rio, nossa mente, indisciplinada, ficar� digerindo aquele conte�do mental na tentativa de elaborar id�ias cada vez mais disparatadas.
Eu venho de uma fam�lia de pais portugueses que se destacou socialmente nas vizinhan�as por ser conhecida como fam�lia de loucos, j� que, pelo menos 3 irm�s tiveram problemas pass�veis de interna��o psiqui�trica, inclusive minha m�e.
Por eu ter crescido nesse meio familiar fui reprimindo meus conte�dos e jamais os dividi com algu�m ou os externei, temendo ser considerado louco tamb�m. O m�ximo que eu fazia era copiar o comportamento das pessoas e tentar me ajustar aos modelos de comportamento das pessoas que eu considerava como dignas de minha admira��o.
Nem preciso dizer que somando o meu v�cio pelo trabalho mais a auto-repress�o que eu me impunha acabaram por me deixar neur�tico. Quando meus conte�dos n�o verbalizados durante a vida foram tomando forma de emo��es, sentimentos, id�ias e palavras, foi-me custoso resistir � vontade de transformar tudo aquilo em a��o e, principalmente, vingan�a.
Por isso que agora, depois dos 40 anos, tenho uma capacidade fant�stica de transformar neuroses adultas em conceitos diger�veis para o nosso c�rebro, remontando �s causas infantis que as determinaram.
� como se eu nunca tivesse deixado de ser crian�a e adolescente e a famosa S�ndrome de Peter Pan se tornou o s�mbolo de meu dilema pessoal.
Muitos conceitos freudianos e junguianos econtram eco em meu �ntimo que os compreende, assimila e transforma em exemplos reais com base em minha experi�ncia de vida.
Muita gente usa o dialeto futebol�stico, ou o dialeto pol�tico, ou o dialieto religioso, etc… para dar vaz�o e voz �s suas emo��es recalcadas que se manifestam no presente. Todas as formas ret�ricas que abundam no universo humano s�o maneiras de express�o daquilo que se passa em nosso �ntimo, a fim de liberar nossa mente para as tarefas sociais e profissionais que a manuten��o de nosso bem-estar na vida requer da gente.
Vou te dar um exemplo:
Uma crian�a precisa se enturmar com outras a fim de desenvolver sua sede de sucesso e admira��o por parte de seus iguais. Essa necessidade se manifesta na mais tenra inf�ncia. Se as experi�ncias necess�rias para satisfazer essa necessidade lhe s�o negadas pelos pais esta crian�a crescer� sentindo uma certa frustra��o que aumentar� cada vez mais a medida em que ela n�o sabe mais satisfazer essa necessidade.
Na vida adulta, esta crian�a recalcada, tornar-se-� insuport�vel pois estar� sempre competindo com os demais companheiros de servi�o, de escola, enfim, far� tudo para se destacar socialmente.
Como o objetivo desse adulto n�o � satisfazer suas necessidades materiais e muto menos biol�gicas e sim, suas necessidades psicol�gicas, ele se frustrar� quando as pessoas afirmarem que ela � a melhor e, com isso, o combust�vel que a animava, desaparecer�. Por isso que essas pessoas mudam constantemente de emprego quando conseguem atingir o status que tanto buscava.
Minha esposa foi para o interior da Bahia nesse in�cio de ano e revisitou muitos conhecidos do passado. Aqueles de fam�lias orgulhosas que n�o permitiam que seus filhos se misturassem com os demais e muito menos brincassem, tiveram dificuldades na vida adulta e atualmente vivem tomando suas cacha�as nos botecos e sem amigos de bem. J� aqueles mais simples que tiveram uma vida social saud�vel desde a inf�ncia, constru�ram suas vidas, tem suas casas, seus autom�veis, suas motos e vivem sempre alegres com suas conquistas materiais e sociais.
Por isso que dizem que pobre � mais feliz mas � um engano. As pessoas realmente felizes s�o aquelas que vivem suas vidas conforme as necessidades v�o se apresentando na idade certa e quando chegam na fase adulta j� n�o sentem nenhuma saudade de suas inf�ncias por terem-na exaurido totalmente.
As pessoas imaturas inventam mil e uma desculpas para a sua infelicidade: dizem que quando tiverem dinheiro ser�o felizes. Elas at� conseguem ter mas quando o dinheiro chega elas n�o conseguem mais ser felizes porque o c�rebro esqueceu-se das sensa��es agrad�veis e somente se lembra das desagrad�veis que foram as mais constantes.
Sei que isso n�o tem nada a ver com pol�tica e muito menos com o tema desse blog mas � que eu li na folha que o Lula foi na casa do Gilberto Gil e l�, discursando, chegou a chorar e abra�ar seus amados companheiros. Achei isso t�o deprimente por parte do presidente que esta not�cia apenas refor�ou as minhas teses psicol�gicas sobre ele.
Nem preciso dizer que eu j� tive algumas atitudes semelhantes �s dele mas por me envergonhar das mesmas eu as reprimia e tentava ser forte. Hoje, como entendo melhor minhas emo��es, eu n�o hajo mais em fun��o das mesmas enquanto n�o as conseguir racionalizar e orient�-las para atitudes melhores mais condizentes com a pessoa que desejo ser.
Essa atitude de chorar e se comover chamando as pessoas de meus amigos porque ficaram do nosso lado no passado, apesar de parecer bonita e maravilhosa, somente emociona pessoas imaturas que ainda n�o cresceram. Apesar do presidente j� ter 60 anos de idade ele ainda me se parece muito comigo at� os meus 35 anos de idade.
Por isso que eu n�o nutro mais simpatia pelo mesmo. � como se eu tivesse me tornado adulto e n�o tivesse mais paci�ncia com garotos. Apesar de parecer que minha vida se tornou chata e sem emo��o, pelo menos meu comportamento social e profissional est� se parecendo mais com o de um homem adulto. Se bem que eu sinto um pouco de saudades de minhas paran�ias que davam um sabor especial � minha vida.
Abra�os.
Oi Jo�o!
Hehehe… Se eu fosse contar as vezes que escrevi algo e depois achei idiota teria que esconder minha cara sob um saco de p�o! A prop�sito ainda se usa sacos de papel para embrulhar o p�o? Faz tempo que s� vejo estes de pl�stico furadinho…
A mente humana e o desenvolvimento do indiv�duo social � um treco para l� de complicado… Acho que concordamos em quase tudo neste aspecto. Eu diria que um dos pontos mais importantes � a capacidade de estabelecer redes sociais onde valha mais a intensidade e coes�o das liga��es do que a quantidade. Hoje � comum ter 700 amigos, mas nenhum que dure mais de 2 anos. Isso � ruim.
Tamb�m me incomodo com estes comportamentos como o que voc� citou do Lula. O choro e o reconhecimento dos amigos que temos pertence ao espa�o �ntimo, na vida p�blica acredito que temos que ser todos meio guerreiros. Sou f� de Senhor dos An�is e vejo o Aragorn como excelente exemplo de humano moderno: sens�vel, mas n�o fr�gil, forte e carism�tico, mas n�o rude.
Abra�os!
Caro Roney:
Como voc� falou sobre a arte eu tenho uma teoria psicanal�tica sobre a origem da mesma.
H� milh�es de anos atr�s o indiv�duo que conseguia copular e se reproduzir com uma mulher geralmente era um dos mais fortes da tribo.
Os mais fracos, frustrados em suas tentativas de conquista do sexo oposto, ficaram observando o comportamento feminino e come�aram a ter id�ias de criarem artefatos bonitos, ou seja, art�sticos.
Com isso, presenteando as mulheres com artefatos cada vez mais bonitos estes homens compensavam suas fraquezas f�sicas e conseguiram desenvolver um novo valor social que foi o da intelig�ncia art�stica.
Por isso, atualmente, acredita-se que a arte nada mais � que a sublima��o de nossa libido na tentativa de impressionar o sexo oposto com os objetos de nossa cria��o. Tanto � que uma obra art�stica � considerada como um filho pelo artista que a criou e o mesmo se sente feliz com o reconhecimento social de seu filho pelos demais.
Oras, o que � um pai coruja diante do seu filho? Um artista que modelou o car�ter do filho e se orgulha de v�-lo brilhando na sociedade. Pelo menos � como deveria ser, salvo uma grande maioria de exce��es em nosso pa�s.
Talvez Freud esteja certo e tudo que n�s inventamos e desenvolvemos, instintivamente foi para impressionar os indiv�duos do sexo oposto.
Quanto ao guerreiro, infelizmente n�o temos muito espa�o em nossa cultura para extravazarmos esse instinto natural. Podemos sim, manifest�-los em forma de jogos e brincadeiras que visem nos dar uma certa sensa��o de vit�ria sobre um inimigo real ou imagin�rio.
Caso os jogos n�o sejam suficientes t�m-se a profiss�o de policial, a luta de boxe e outros esportes mais violentos a fim de satisfazer esse instinto belicoso em nossa natureza humana.
As pessoas muito belicosas sofrem muito pois o esfor�o que fazem para se manterem calmas e pac�ficas � enorme, causando-lhes geralmente id�ias de persegui��o, teorias de conspira��o, etc… Tudo isso para satisfazer a sua sede insaci�vel de aventuras her�icas onde elas s�o o mocinho e os outros os bandidos ou as v�timas que devem ser salvas por ele.
Esse tipo de instinto � muito explorado nos jovens por movimentos comunistas, terroristas, sindicalistas, etc… pois os jovens possuem uma quantidade enorme de energia hormonal que, por falta de onde aplic�-la, � direcionada para guerras que visam a satisfa��o dos interesses de uma minoria em detrimento dos interesses da maioria.
� como se somente o jovem soubesse o que � bom para todos e aqueles que eles querem ajudar com sua beliger�ncia, fossem idiotas e incompetentes para n�o saberem o que � melhor para eles.
Esse tipo de comportamento se chama s�ndrome do her�i. Mais uma s�ndrome nova para o seu vocabul�rio. O her�i � como um Don Quixote de la Mancha que sai pelo mundo brandindo sua lan�a em defesa dos fracos e oprimidos que na verdade, como na hist�ria, n�o passam de safados, pilantras e sem-vergonhas.
Por isso que a luta pelos pobres ou seja l� o que for que chamam de pobres porque at� hoje n�o descobri, � a bandeira de partidos comunistas.
Se algu�m quiser me convencer de que eu sou pobre eu at� me deixo convencer, esperando que esta pessoa fa�a algo por mim que eu mesmo posso fazer mas n�o tenho vontade. Mas se eu perceber que esta pessoa que tenta me convencer de minha pobreza nada pode fazer por mim eu simplesmente eu a enxoto de minha presen�a.
Tem um amigo meu que me disse uma vez que ele, apesar de gostar de sua profiss�o, n�o conseguia obedecer ordens de patr�o, era indisciplinado, n�o gostava de trabalhar aos finais de semana, n�o tinha paci�ncia para esperar um m�s pelo sal�rio, enfim, v�rias outras caracter�sticas que ele me citou que me levaram a concluir para ele que ele estava se auto-denominando de vagabundo. Ele protestou e tentei explicar-lhe que, socialmente, estas caracter�sticas s�o as mesmas dos mendingos e vagabundos. Nem preciso dizer que perdi esse amigo e nem sequer me fez falta.
�s vezes, � preciso ter coragem de descrever em apenas uma palavra um monte de comportamentos que nada mais s�o que a percep��o que a pessoa tem de suas caracter�sticas, mesmo correndo o risco de parecer preconceituoso.
Hoje eu acho o maior barato mandar �s favas o palavreado politicamente correto e usar o portugu�s que eu aprendi nos livros. N�o aquele que querem me convencer a usar mas sim, aquele contundente que resume em poucas palavras, uma s�rie de caracter�sticas contr�rias ao progresso do pr�prio indiv�duo.
Abra�os…
Em tempo:
Ainda se usa o saco de p�o, pelo menos aqui em Barueri-SP.
Ufa! � bom saber que ainda se usa o saco de papel para p�o! Lembrei que tem uma padaria aqui perto que tamb�m usa. Se bem que nos meus tempos de crian�a era jornal mesmo o que se usava!
Desta vez n�o concordo com algumas coisas que vc disse. Posso at� ser suspeito pois tenho um bocado de s�ndrome de her�i e at� admito que h� um certo efeito Dogville (vc viu este filme do Lars Von Trier?) em todo her�i, mas n�o creio que o guerreiro tenha necessariamente um instinto belicoso, n�o acho nem mesmo que os animais tenham sempre sentimentos de supera��o de um advers�rio real ou imagin�rio quando faz suas proezas f�sicas.
Sempre pratiquei artes marciais e minha experi�ncia diz que l� encontramos as pessoas mais pac�ficas e menos belicosas. Normalmente o nosso advers�rio somos n�s mesmos. Mas n�o vou generalizar, h� praticantes e praticantes de artes marciais, n�?
� bom simplificar as coisas e sintetiz�-las em uma palavra, mas o mundo parece ser mais um tipo de pedra lapidada com incont�veis faces e sempre h� nuances que separam grupos que parecem uma massa �nica.
N�o gosto desta hist�ria de “salvar os pobres”, mas creio que temos que compartilhar os nossos pensamentos e dividir esfor�os para ajudarmos uns aos outros, afinal todos somos pobres de alguma coisa, n�?
Abra�os!
Caro Roney:
Na verdade, as artes marciais visam a auto-disciplina da mente e do corpo. Todo processo de aprendizado de alguma luta permite ao indiv�duo adquirir habilidades inconscientemente. Como exemplo cito o per�odo em que voc� estava aprendendo a ler. Quando voc� menos esperava descobriu que j� sabia ler. Esse instinto belicoso � transformado em auto-disciplina e por esse motivo voc� n�o tem consci�ncia do mesmo. Essa transforma��o chama-se educa��o.
No meu caso, como eu n�o fui educado e muito menos tive meios de me auto-educar, passei uma boa parte da minha vida lutando contra esse instinto e outros mais. Por isso tenho consci�ncia do mesmo e consigo fazer escolhas melhores em fun��o do mesmo.
Acredito que no seu tempo, al�m de usarem jornal para embrulhar o p�o, ainda por cima usavam o Not�cias Populares. Aquele que se espremer sai sangue.
Quanto ao guerreiro � uma forma sublimada de manifesta��o de nosso instinto belicoso. Oras, quem � que n�o adora dar umas boas porradas em vagabundos? Uma coisa � dar porradas por dar, outra � tornar nobre essa atitude e servir a algo como honra, p�tria, modo de vida americano, capitalismo, comunismo, etc… Por isso que somos t�o suscept�veis de se filiar a um partido pol�tico, uma causa humanit�ria, uma guerra como soldados, etc… Nem sequer nos questionamos se tudo aquilo nos interessa ou n�o. Apenas nos entusiasmamos e botamos pr� quebrar.
Quanto aos animais os mesmos tentam se superar uns aos outros na �poca do acasalamento ou na defesa de seus territ�rios. Ao macho vencedor � garantido o acasalamento com a f�mea. Isso se d� at� entre os herb�voros que possuem chifres para lutar tais como a rena, o ant�lope, etc. J� a territorialidade se d� mais entre os carn�voros que precisam de uma grande �rea de ca�a.
Quanto ao fator pobreza, pobres seremos se nos julgarmos incapazes de obter aquilo que desejamos para nossas vidas. Por exemplo, se eu quisesse comprar um carro ou uma moto hoje eu avaliaria as minhas possibilidades econ�micas e, caso seja poss�vel, abriria um financiamento para poder suprir esse meu desejo. Se n�o fosse poss�vel, abriria uma caderneta de poupan�a e guardaria todo m�s uns 10% de meu sal�rio para ao fim de uns 2 anos obter aquele bem.
O que me parece � que o brasileiro – eu tamb�m me incluo como brasileiro – � bastante mimado e quando quer uma coisa n�o deseja se sacrificar para obt�-la, ou seja, n�o consegue estabelecer uma meta e ser fiel a ela at� o fim. � como aquela crian�a que quer o brinquedo e n�o deseja esperar nem um dia para ganh�-lo. Bate o p�, faz esc�ndalo, briga com os pais – que na vida adulta s�o trocados pelo governo – mas n�o consegue e n�o quer estabelecer um plano de a��o que vise a satisfa��o daquela necessidade.
�s vezes, parece-me que o brasileiro � rico ou pelo menos teve uma inf�ncia rica, pois o mesmo n�o consegue esperar 1 ano ou 2 anos para a satisfa��o de seus desejos. Pelo jeito eles tiveram tudo na hora na inf�ncia e por isso tem dificuldades de agir a m�dio e longo prazo.
Talvez seja por esse motivo que muita gente ache que n�o vale a pena estudar. Um cara, que me conhece desde crian�a, me perguntou no bar quanto eu ganhava. Eu lhe disse e ele me perguntou, em seguida, como que ele, sem estudo nenhum, ganhava quase o mesmo que eu apenas para ler rel�gio de luz na EletroPaulo. Eu lhe desafiei a pedir a demiss�o no emprego e eu, por meu turno, tamb�m pediria no meu. Apostei com ele que em 3 meses eu estaria em um emprego melhor e ele, infelizmente, n�o estaria.
Parece-me que os brasileiros gostam de pensar que s�o felizes e vitoriosos pois adoram se comparar com aqueles que se esfor�am para se dar uma vida melhor. Adoram chamar de bobo aquele que � honesto, trabalhador e estudioso. Sim, meu caro colega, estes s�o os pobres que eu conhe�o e n�o � de se admirar que eles t�o bem se identificam com o Lula.
Quanto � resumir v�rias caracter�sticas em uma �nica palavra, tudo depende da cultura em que voc� est� inserido. Quando eu falo que algu�m � vagabundo subentende-se que ele apresenta um conjunto de caracter�sticas indesej�veis que o tornam inapto para o trabalho. Talvez em outro pa�s e cultura estas caracter�sticas sejam positivas mas em nossa cultura, apesar de ser consideradas por muitos como humildade, santidade, religiosidade, simplicidade, etc… para mim, se eu as tivesse endossado, estaria hoje no mato sem cachorro.
Confesso que partilhei por muitos anos dessas ilus�es brasileiras e por isso, meu sucesso profissional me causava muita culpa e remorso, por eu achar que como pessoa inteligente que eu era eu deveria fazer algo pelo meu pr�ximo e n�o simplesmente me preocupar comigo mesmo.
A ambi��o, o orgulho por suas realiza��es na vida, a vontade de crescer s�o caracter�sticas humanas duramente reprimidas pelos que se dizem pobres. Minha m�e me perguntava muitas vezes se eu pensava que era gr�-fino para ter tal atitude ou usar tal coisa. Enfim, ela n�o me deixava crescer e pegar gosto pela vida. Eu teria que ser eternamente o jo�o-ningu�m que ela programou para eu ser. Hoje eu sei o motivo de tal comportamento dela mas deixarei para outra ocasi�o.
�, meu caro colega. A vida tem dessas coisas. Aqueles em quem a gente mais confia que s�o os nossos pais nem sempre foram aquilo que idealizamos. Vou te dar um exemplo: como eu n�o conhecia meu pai por n�o privar de sua companhia durante o meu crescimento, eu o idealizava achando que ele era de um jeito e n�o de outro. Quando a gente cresce, a gente procura lidar com nosso pai n�o como realmente ele � e sim como esperamos que aquela nossa imagem de pai idealizado se comporte. O mesmo fazemos com nossa m�e.
Por isso que hoje eu tento achar em minha mem�ria algo sobre meu pai e minha m�e e n�o encontro nada. Eles eram apenas imagens idealizadas em minha mente que sempre funcionaram contrariamente a toda l�gica e expectativa que eu tivesse sobre eles.
Enfim, fui �rf�o a vida inteira sem o saber. Tudo era apenas fantasia de minha mente para dar-me seguran�a e conforto a fim de ter a coragem necess�ria para seguir em frente na minha vida. Essa sim, � a sublima��o m�xima do guerreiro. Fui um guerreiro sem o saber e travei minhas batalhas no campo da vida lutando por meu lugar ao sol.
Somente para encoraj�-lo a continuar nessa luta solit�ria, hoje sou analista de sistemas e programador de computadores. J� estou h� 20 anos trabalhando como programador de computadores e h� 1 ano como analista de sistemas. Meu sal�rio atual � R$ 3.000,00. Estou falando isso n�o para me exibir ou me auto-afirmar perante voc� mas para encoraj�-lo a prosseguir em sua luta acreditando que ela ser� recompensada.
Quanto a ser pobre de algo, sinto que l� no fundo sempre fui pobre de amor. Ainda n�o me supri dessa car�ncia mas estou aberto �s garotas que se aproximam de mim, apesar do meu jeito ainda caipira de lidar com as pessoas.
Abra�os…
Caro Roney:
Gostaria de lhe contar sobre uma experi�ncia que me ocorreu ontem. A testemunha dessa experi�ncia foi a minha esposa que � evang�lica.
Ontem, eu me arrumando para trabalhar, comecei a falar mal dos pol�ticos para a minha esposa e muito daquilo que eu falei terminou por se estender aos religiosos.
Falei para minha esposa que eu odiava os crentes do meu tempo de inf�ncia e adolesc�ncia e me ressentia por v�-los felizes ou achar que eles n�o eram t�o infelizes como eu pretendia que fossem, pois, como j� conhe�o meus sentimentos vingativos, admiti para ela que meu sentimento de vingan�a estava insaciado.
Tudo isso com muita raiva e �dio sentindo ganas de pegar num rev�lver, caso o tivesse, e meter chumbo nos desgra�ados.
Quando sa� para o trabalho comecei a meditar nessa experi�ncia e as experi�ncias de minha inf�ncia e adolesc�ncia se fizeram presentes em minha mem�ria. Naquela �poca eu desejava ter amigos que minha m�e aprovasse mas como ter amigos se aqueles que ela aprovava eram somente os da igreja e, por eles, eu era escorra�ado como um leproso. Pior, ainda descendia de uma fam�lia com fama de louca.
Essa frustra��o, de desejo por amizades, foi se transformando em inveja pela felicidade que eu percebia naqueles que eu julgava que eram mais felizes que eu. De inveja, foi se transformando em raiva e �dio pelos mesmos e at� mesmo pela igreja de minha m�e e, consequentemente, por Deus.
Ontem, esse �dio recalcado se manifestou e eu o verbalizei como pude colocando meus motivos para fora. Com isso, refletindo sobre as minhas palavras, percebi que eu j� n�o tinha mais motivos para sentir �dio dos mesmos porque eu me dei uma vida digna e satisfat�ria, at� mesmo, muito melhor do que a que eles se deram.
Entende como aquela crian�a que eu fui ainda existe dentro de mim e, imagine agora, o trabalho que deu para eu a mant�-la na inconsci�ncia por tantos anos. Como conscientemente eu decidi aceitar-me e perdoar-me incondicionalmente, deixo esta crian�a manifestar suas revoltas e emo��es para, em seguida, compreend�-la e ensin�-la.
Parece-me que por falta de pai fui obrigado a me transformar em meu pr�prio pai. Meu ego adulto tendo que suportar o id infantil. Muitas vezes chego a ficar com raiva de mim mesmo mas a cada nova descoberta eu me torno mais adulto e senhor de meus atos.
Entende como o caminho para a verdade � dureza? Mesmo que possamos ser tachados de loucos pelos outros, temos que ter coragem de expor nossos conte�dos inconscientes a fim de torn�-los diger�veis mentalmente para n�s mesmos.
Hoje, sinto um grande carinho pelas pessoas que encontro e que est�o em busca de uma explica��o para seus problemas pessoais e sociais. Infelizmente, nem todas conseguem aceitar que nossa civiliza��o est� podre e que nossos pais nos passaram os reflexos dessa civiliza��o podre em nossas inf�ncias.
Eles, nossos pais, tamb�m temiam pelo presente e pelo futuro e, para se sentirem seguros, encheram suas cabe�as de grandes verdades ou grandes mentiras, a fim de se sentirem seguros e confiantes na vida. Por isso que a cada gera��o, a realidade se torna cada vez mais inintelig�vel, obrigando-nos a resgatar no mundo animal, na psicologia, na religi�o, na sociologia, etc… o motivo pelo qual erramos na vida.
Quando descobrimos o motivo de nossos erros e dos demais para conosco, sentimo-nos aliviados porque n�o enxergamos mais o ser-humano como mal e sim, como ignorante de sua verdadeira natureza, que � a animal. Tudo aquilo que visa satisfazer nossas necessidades animais de maneira aceit�vel faz-nos bem mas tudo aquilo que visa nos afastar de nossas necessidades animais nos faz mal.
Oras, porque algu�m teria interesse em nos fazer infelizes enchendo nossa cabe�a com id�ias contr�rias � alegria de viver? Medo da vida. Esta � a resposta. Os pais, principalmente os estrangeiros, sentem medo da vida por interpretarem os comportamentos dos brasileiros segundo sua pr�pria cultura estrangeira.
Eles n�o percebem que aquilo que � defeito em seus pa�ses de origem, aqui no Brasil � qualidade. Os filhos desses pais sentem-se despatriados por n�o se sentirem nem brasileiros e muito menos estrangeiros. Da� o motivo de certos sentimentos nossos de ajudar o pr�ximo a enxergar a verdade, ou melhor, a nossa verdade. Da� tamb�m a impress�o de que todo mundo � louco menos a gente.
Isso nos causa um conflito medonho porque n�o conseguimos aceitar as pessoas como elas s�o e muito menos aceitar que temos tudo para ser iguais a elas. S� n�o temos os recursos que fizeram delas o que s�o e elas tamb�m n�o tem os recursos que fizeram de n�s o que n�s somos.
Todo esse trabalho de conscientiza��o das massas n�o pertence nem a mim e nem a voc�. Pertence a cada um de n�s individualmente pois a �nica vida que nossa natureza animal deseja ver indo para a frente � a nossa pr�pria.
Em nosso trabalho individual de ajuda ao pr�ximo para que ele veja e entenda o mundo como n�s o vemos e entendemos, esconde-se uma armadilha bastante ego�sta: se todos vissem o mundo como eu vejo a vida para mim seria maravilhosa pois nessa vis�o de mundo eu sou o melhor. Por isso que nos revoltamos tanto contra o Lula. Ele conseguiu condensar em si mesmo os emocionalismos baratos das massas e se tornou n�o um homem do povo mas o pr�prio povo. Para ele, tudo ser� mais f�cil porque ele n�o mudou o mundo e sim, aprendeu com o mundo e se tornou igual a ele.
Oras, no fundo n�o queremos ser como o mundo quer que sejamos pois nossa forma de pensar e sentir a vida � diferente. Somos incapazes de sermos iguais ao Lula ou igual ao povo brasileiro.
Por qu�? Por que nossos pais, assim como desprezavam ou temiam o povo brasileiro por n�o entenderem a sua cultura, por serem estrangeiros, tamb�m reprimiam em n�s aquilo que aprend�amos com os demais brasileiros, muitas vezes nos chamando de vagabundos, sem-vergonhas, safados, enfim, criando v�rios ep�tetos que nos causavam mal-estar por n�o entendermos o porqu� de tudo aquilo ser t�o mal j� que todos l� fora faziam as mesmas coisas.
Sim, � duro ser filho de estrangeiros num pa�s tupiniquim mas t�m-se suas vantagens que nem sequer s�o t�o vantajosas. Os brasileiros mais ajustados catam mais mulheres. O Nerd, que � o que sobrou para mim ser, n�o cata ningu�m. Eles, apesar de n�o terem dinheiro, sentem-se melhores com a vida. N�s sentimo-nos mal mesmo tendo dinheiro.
Muitas vezes, minha esposa por se baiana, n�o entendia por que eu ganhando bem e podendo me dar uma vida maravilhosa, vivia t�o de mal com a vida. Eu n�o tinha resposta mas agora tenho: tudo que era brasileiro era imoral, ilegal ou engordava. O que me sobrava para viver? Apenas uma vida de trabalhador cumpridor de minhas obriga��es. E o lazer? Isso era coisa para vagabundos. Por isso, meu caro, pessoas assim como eu adquirem a s�ndrome do pensamento acelerado (SPA).
A mente, na desesperada tentativa de tomar contato com a mis�ria que se tornou a minha vida, precisa estar constantemente ocupada com o mundo, a pol�tica, a pobreza, etc. Com isso, a pessoa projeta seus medos, inseguran�as, car�ncias, etc. nos outros pois sua mente torna-se incapaz de perceber que aquelas necessidades s�o dela mesma.
Por isso que esse tipo de pessoa torna-se viciado em trabalho. Muito competente e inteligente por sinal mas incapaz de ser feliz com a sua vida. Por isso, depende tanto do trabalho para sentir que est� vivendo. O seu c�rebro n�o d� descanso e precisa constantemente se encher de idealismo ou fantasias para enganar a si mesmo de que sua vida est� maravilhosa e que aqueles que n�o s�o como ele s�o desgra�ados e infelizes.
Deus me livre dos idealistas porque dos realistas me livro eu. N�o consigo discutir mais solu��es para o mundo pois descobri que a maioria dos problemas que a� est�o foram inventados pela imagina��o f�rtil de vampiros emocionais. Nada tem que ser resolvido. O mundo est� bom para mim. O que muitas vezes n�o est� bom � o meu mundo interior desajustado � realidade do mundo exterior. Quanto a isso, somente eu posso resolver e estou te mostrando o caminho.
N�o v� pensar que estou dando uma de Jesus:- Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Nada disso e longe de mim ser considerado assim. Estou apenas tentando mostrar que a nossa coragem em nos auto-conhecermos gera frutos saborosos muito mais doces do que aqueles que nossos pais nos deram para digerir.
Abra�os…
Oi Jo�o!
Podres n�s somos mesmo, mas ao contr�rio das frutas acho que podemos dizer que estamos desapodrecendo aos poucos. � dif�cil deixar de ser animal e caminhar para outra coisa que ainda n�o sabemos o que �.
Se f�ssemos uns 10 ou 100 mil humanos, mas somos bilh�es! Isso dificulta tudo pois uns tem acesso a muito e percep��o de pouco, outros acesso a pouco, percep��o de muito e voz de menos… E assim vai.
No meio desta tempestade de vento que � nossa civiliza��o esbarramos com todo tipo de exagero como o fascismo com que o Brasil paquera ou os novos crist�os que tentam salvar-se salvando quem n�o acha que tem que ser salvo.
E a gente, como ficamos? ;)
Ao menos temos espa�os como este para soltar nossos pensamentos ao sabor dos quatro ventos (ou seriam 1024?)
Meu caro Roney:
Voc� faz perguntas muito procedentes para um jovem. Eu lhe garanto que todas essas perguntas que voc� me faz eu tamb�m j� as fiz para mim mesmo e ao mundo. Desiludido e cansado de buscar no mundo um semelhante a mim, tento hoje, na medida do poss�vel, conciliar minhas diferen�as com o resto da humanidade com meu ego mal-formado, apesar de eu ter dificuldades hoje de gostar das pessoas semelhantes a mim. Por qu� isso? Porque sempre odiei a mim mesmo e n�o encontrei motivos para me amar.
Quanto mais eu tento compreender o que est� me faltando para ser feliz e de bem com a vida, mais eu compreendo que eu n�o fracassei na vida. Apenas, me submeti a experi�ncias diferentes no intuito de desbravar novos caminhos nunca antes trilhados na tentativa de ser feliz de algum modo.
S� me sinto um perdedor quando me comparo com os outros. Sim, � isto mesmo. Se eu escolhi o caminho estreito foi pelo simples motivo de eu acreditar que o mesmo me levaria � felicidade plena. Jamais o escolhi para prejudicar f�sica ou financeiramente a algu�m. Como eu me odiava j� que todos me desprezavam, acreditei que sendo eu mesmo minha vida seria imposs�vel e que ningu�m gostaria de mim. Por isso, minha fantasia criou um personagem (e tenho nome para ele, caso voc� queira saber) e tentei agir e pensar de acordo com aquilo que esse personagem faria e n�o conforme aquilo que a vida exigia de mim no momento, ou seja, vivi para agradar aos outros e, pior, justificar as cagadas dos outros.
E as minhas cagadas? Oras, eu as desprezava por acreditar que eu estivesse no caminho certo e que eu poderia simplesmente colocar um The End e recome�ar de novo. Com essa atitude eu nunca consegui sair da adolesc�ncia e o que dizer ent�o da inf�ncia? Apesar de errada, como eu considero hoje, essa minha atitude me rendeu bons frutos profissionais.
Os fins que eu desejei para minha vida foram nobres. O que realmente me causa ressentimentos foram os meios utilizados por mim a fim de me dar um pai interior que me guiasse e me desse seguran�a muito mais cruel do que aquele pai ou aquela m�e que realmente eu tive. Sim, meu caro colega, como eu n�o pude achar qualidades idealizei que o pai ideal e perfeito era aquele que espancava os filhos e os maltratava. Isto sim, para mim era amor e preocupa��o com os filhos. O resto era simplesmente descaso e falta de responsabilidade. Entende por qu� eu sempre me uni aos fracassados e n�o aos vitoriosos? Entende por que eu chorava l�grimas de sangue pelos infort�nios de meu pr�ximo e odiava os sucessos do mesmo? Eu n�o me permitia sentir-me bem com meus sucessos e os considerava como pr�mios de Deus ou da vida por estar fazendo tudo certo. O que me revoltava era ver que algu�m que, na minha opini�o, fez tudo errado e agora estava melhor do que eu. Te confesso: era insuport�vel essa desmoraliza��o da qual eu era v�tima. E tudo isso por qu�? Por que fui ensinado e treinado assim e por mais que eu tivesse coragem para enfrentar o mundo sem levar junto aquela bagagem cultural que meu pai e minha e m�e me deram. O pior foi perceber que toda aquela bagagem cultural n�o fazia nenhum sentido no mundo l� fora. Agi como tolo, como bobo, como louco, enfim, fui um desajustado pela simples raz�o de estar tentando evitar os perigos imagin�rios que meus pais inventavam na cabe�a.
Pior de tudo, � que quanto mais eu enxergo a humanidade como cruel mais eu percebo que eu sempre fui cruel e mentiroso comigo mesmo. Quando a vida me cobrava uma atitude para superar um obst�culo ou uma fase de minha vida eu me apoiava nas verdades de meu pai:- Se uma coisa n�o tem jeito � porque j� est� resolvida. Ou seja, adotei a postura do conformista e comodista com a vida e sempre me senti incapaz de resolver meus problemas alimentando em mim a ilus�o de que as coisas se resolveriam por si mesmas. Bastar-me-ia seguir o caminho certo tra�ado pelos meus pais que tudo o mais seria lindo e maravilhoso.
O pior de tudo, foi que fazendo tudo certo como eu acreditava que era o certo, eu obtive para mim um sucesso sem precedentes para o meio social do qual sou oriundo. Oras, qual o verdadeiro papel de um pai e uma m�e? Justificar as a��es positivas dos filhos como estudo, trabalho, enfim, tudo aquilo que torna um homem bom. O problema maior � que eu venho de uma fam�lia que cultivava e ainda cultiva um sentimento de culpa pelo passado.
Hoje, eu sei o porqu� desse sentimento de culpa mas n�o os condeno por nada. Tenho certeza de que se eu estivesse na pele deles, eu faria o mesmo. Acredito que por esse motivo sempre tive medo de ser pai e sabe por qu�? Porque de alguma forma eu transformaria meus filhos em saco de pancadas pois transferiria a eles todas as minhas proje��es inconscientes mal-resolvidas. Esse medo de ser pai limitou at� mesmo a minha atua��o sexual na vida e me for�ou a uma disciplina austera na vida.
S� para voc� ter uma id�ia eu casei com 30 anos com uma mulher baiana, parda e de 44 anos na �poca. Senti-me seguro com ela visto que a mesma fazia tudo que minha m�e fazia n�o por obriga��o e jogando na cara dos filhos como se suas merdas fossem causadas pela gente. Foram sim, causadas pelos meus av�s que por azar do destino foram os pais dela.
Eu n�o sei o que dizer de meus pais. Sei falar do que idealizei sobre eles para v�-los como bons. Como voc� pode ver uma pessoa como boa se nem ela pr�pria quer ser vista como boa? Esse foi meu erro e pago por ele at� hoje, ou seja, dar valor para quem n�o fez por merecer. Oras, para que algu�m tenha valor � necess�rio que no m�nimo essa pessoa acredite que � digna de algum valor. Sem essa condi��o � imposs�vel eu bajular, xavecar, falar o que sinto por essa pessoa, me esfor�ar para levantar o seu astral, enfim, tudo aquilo que torna a nossa vida em sociedade gostosa e viv�vel.
Tento hoje, meu caro amigo, n�o usar estas verdades contra mim mesmo pois, muitas vezes, a verdade nos machuca e nos faz odiarmos a n�s mesmos. Tudo que posso fazer � agradecer � vida por ter me mostrado isso mas somente tomei consci�ncia disso quando consegui me dar uma vida melhor, ou seja, uma seguran�a financeira e profissional. Se eu n�o tivesse feito algo por mim mesmo, ou seja, transformado tanta loucura e maldade em algo bom, com certeza, estaria igual aos meus irm�os vivendo sem saber para qu� e pelo o qu�. Simplesmente, obedecendo �quilo,que meus pais determinaram para suas vidas e que qualquer tentativa de desobedi�ncia seria duramente castigada. Sim, caro colega, n�o fomos educados e sim, condicionados pela doutrina Pavloviana.
� por isso que somos t�o revoltados com nossos pais. Eles nos educaram como se estivessem adestrando animais, ou seja, na base da porrada: ou faz a minha vontado e n�o a sua ou leva porrada. Seja sincero. D� para amar uns bichos desses? D� para se levar a s�rio esses monstros? N�o, meu caro colega. Voc�, eu e todo mundo sempre estivemos certos. Quem estava errado foi que nos educou e ensinou a n�s tudo aquilo que acreditamos ser verdade.
Pe�o-lhe para n�o se sentir culpado quando se identificar com as minhas palavras e sabe por qu�? Por que existe um caminho certo no meio de tantas d�vidas e vou lhe dizer qual �: ao inv�s de ficar procurando dentes em bico de galinha v� em frente em seus projetos. Deixe sua m�e chorando em casa e fazendo chantagem emocional com as paredes. Deixe seu pai esbravejando e te amaldi�oando em casa e aceite o pouco que ele tem para lhe dar (casa, comida e um pouco de conforto para crescer). Aproveite sim, se seu pai n�o � feliz � por que ele n�o teve coragem de fazer suas vontades e se dar uma vida melhor. Se sua m�e te faz chantagens emocionais � porque no fundo, no fundo, ela sente necessidade de um homem de verdade e n�o daquele bosta com o qual ela se casou. V� por mim e eu te garanto que a verdade ser� enxergada por voc� muito mais cedo do que foi enxergada por mim. Aproveite a vida e estude bastante: eu te garanto que voc� est� no caminho certo. S� lhe falta, �s vezes, deixar de se ocupar com gente fracassada que odeia o sucesso alheio e, inclusive, o dos pr�prios filhos.
Abra�os, meu caro amigo. Chamo-lhe de amigo porque tudo isso que lhe escrevo � insuport�vel para muita gente. Por isso, se tudo isso est� lhe ajudando assim como est� me ajudando, j� me sinto bastante recompensado. Vou lhe contar a hist�ria de um cara aqui de Barueri que fez psican�lise com 20 anos de idade e hoje est� numa boa. Ele mostrou a l�ngua para seus pais e sua fam�lia e est� muito feliz com tudo isso. Deixo esta hist�ria para outra oportunidade.
Caro Roney:
Quanto �s suas palavras que voc� citou sobre sermos bilh�es de pessoas, isso pouco nos importa. Sei, pela imprensa, de que na �frica tem popula��e inteiras passando fome. Sei tamb�m que na China e em Cuba, qualquer tipo de protesto pol�tico � considerado crime. Sei tamb�m que nos EUA, um dos pa�ses mais civilizados do mundo, ainda tem pena de morte. Enfim, sei um mont�o de coisas tristes mas ainda nem sequer falei das coisas alegres.
A nossa imprensa mundial fala tanto sobre a maldade humana que quando vemos uma manifesta��o humana de bondade j� a tachamos imediatamente de hipocrisia ou de interesses ocultos.
�-nos dif�cil acreditar que o ser-humano, individualmente, � capaz de ser feliz por si mesmo e pelas suas pr�prias conquistas na vida. Acreditamos tanto na m�dia que o povo nordestino passa sede e fome que quando conhecemos um nordestino de verdade nos espantamos por v�-lo feliz e alegre. Como que o nordestino pode ser feliz e alegre passando tanta fome e sede assim?
�s vezes, eu me pergunto se realmente falta �gua no nordeste porque minha esposa, apesar de baiana, adora muito mais tomar banho e se manter limpinha do que eu que fui criado em S�o Paulo.
E te juro: ela � muito bem resolvida na vida e, apesar de me ajudar em minhas auto-psican�lises, n�o compartilha de meus sentimentos derrotistas, preconceituosos e infelizes. Ela, sendo �rf� de pai e m�e, se resolveu muito bem na vida. Muito melhor do que eu que vivi em Barueri-SP.
Foi observando ela e ouvindo-a quando me interessava que eu fui me apercebendo do quanto eu estava desajustado na vida. Foi com o incentivo dela, j� que ela trabalhou na USP e agora � aposentada, que eu procurei um psic�logo particular cuja hora me custava 70 reais. Pior, proferi em sua presen�a (do psic�logo, � claro) os maiores improp�rios de minha vida. Foram coisas que eu calei durante a vida, que eu tive que engolir sem digerir direito. Enfim, foi uma loucura entre quatro paredes. O pior de tudo foi suportar o �dio. Sim, meu caro colega. O meu desejo foi o de comprar um rev�lver e dar um tiro nos fdp que f… a minha vida. Juro para voc� que eu sempre fui um cara considerado como bonzinho mas quando tudo aquilo se tornou consciente foi um Deus nos acuda. O psic�logo teve muito trabalho para me convencer a desistir da vingan�a.
A maldade n�o est� no mundo, est� dentro da gente mesmo. Tudo que nos fizeram de bom desaparece quando tomamos consci�ncia do que nos fizeram de mal. Por isso meu caro, se voc� quer se proteger da dor evite de idealiza o ser-humano. Ele n�o � aquilo que diz ser e sim, aquilo que ele n�o consegue dizer. Evite ao m�ximo de mostrar o caminho para o seu pr�ximo pois ele que ter� o dever de seguir seu pr�prio caminho e azar dele se n�o seguir.
Evite ser para as pessoas aquilo que voc� n�o �. N�o tente ser pai das pessoas que voc� pensa que s�o boazinhas. N�o caia nessa ilus�o, pelo amor de Deus! E sabe por qu�? Por qu� todo filho precisa matar seu pai e essa morte do pai significa voc� seguir seu pr�prio caminho na vida. Pior: se o filho n�o conseguir matar o pai psicologicamente a loucura far� com que ele tente matar fisicamente.
Dou-lhe a minha palavra de que tudo isso que exponho � verdadeiro. Se quer ajudar algu�m ajude com dinheiro. Jamais tente fazer pap�is que n�o te pertencem, ou seja, n�o se meta na vida dos outros.
Eu, por ser ignorante, n�o percebia que quanto mais eu tentava ser um pai para as minhas irm�s mais elas me odiavam. Elas odiavam e desprezavam o pai e quanto mais eu tentava ser bom para elas mais eu era odiado e desprezado por elas. Contradi��o? Claro que n�o! Apenas tentei fazer por elas aquilo que meu pai n�o fez por mim e com isso acabei virando uma v�lvula de escape das frustra��es e decep��es que elas tiveram com meu pai.
Elas n�o tinham coragem de enfrentar meu pai e por esse motivo descontaram em mim aquele �dio. Eu n�o entendia por qu� e me esfor�ava por entender aquela loucura pois temia que fosse algo gen�tico e e eu, sem o saber, um dia viria a me tornar louco tamb�m. Eu conhe�o a loucura de perto e vejo muita gente caminhando para ela. O que posso fazer? Nada! Apenas viver a minha vida e mostrar para as pessoas que � poss�vel ser-se feliz independentemente das pessoas que est�o no poder.
Quando algu�m vem falar de pol�tica comigo, falando mal do presidente, eu desvio a conversa para que a pessoa fale de seu pai e de sua m�e. Voc� se espantaria ao perceber que tudo aquilo que as pessoas tem contra o presidente da rep�blica � exatamente aquilo que tem contra seus pais.
Esque�a que seu vizinho � corintiano, palmeirense, vasca�no. N�o, ele se diz ser mas no fundo ele se envergonha do pai bunda-mole que teve e est� tentando se sentir vitorioso na vida atrav�s das vit�rias que seu time conquista. Tudo isso n�o passa de baixaria do ego. Parece t�o lindo ver um cidad�o altamente respeit�vel chorando quando seu time perde. Vamos parar com essa baixaria. N�o sabemos o que vir� pela frente mas podemos encarar as mudan�as com coragem e determina��o. N�o precisamos ter medo da vida. Deixemo-la acontecer. Quando acontecer damos um jeito como at� agora temos dado.
Vou tentar lhe contar uma coisa que eu vivi hoje. Fui na padaria tomar uma cerveja e tentei me sociabilizar um pouco. Fui dando confian�a no intuito contradizer muito de minhas teses atuais. Te juro, cara! Foi decepcionante. O que existe de filhos sem pai ou revoltados com o pai inconscientemente � espantoso. Percebi que eu n�o consigo mais me consolar com esse tipo de gente. Sim, meu caro. Para quem passou a vida inteira se auto-anulando como eu, hoje, ser chamado de metido, insens�vel, cruel � at� um elogio.
Eu sei que ser� dif�cil para mim convencer voc� desse grave problema que nossa cultura atravessa. Eu sinto muito mas foi dif�cil para mim resolver minhas pr�prias neuroses. Imagine resolver as neuroses de milh�es de pessoas.
A melhor contribui��o que podemos dar � humanidade � crescermos e tornarmo-nos adultos. Isso sim, despertar� um certo interesse nas pessoas que as far�o se sentirem seguras para tentarem por elas mesmas tornarem-se iguais � gente. Oras, se voc� consegui ser feliz por que eu tamb�m n�o conseguirei?
Entende meu caro, como n�o � levando o mundo nas costas que voc� estar� fazendo o bem? � sim, fazendo por voc� mesmo, acreditando em voc� mesmo, enfim, mostrando ao mundo que voc� acredita na vida, independentemente de quem possa estar ocupando o lugar de presidente da rep�blica. Isso n�o nos compete escolher e muito menos gastar nossos neur�nios tentando compreender. Compete-nos sim, perceber que esse mal-estar que estamos atravessando � unicamente causado pelo nosso pai e nossa m�e. Se compreendermos isso economizaremos muitos neur�nios desperdi�ados com a tentativa de entender o mundo para poder aceit�-lo. Desde quando precisamos compreender o mundo para aceit�-lo como ele �? N�o foi o homem que o criou e sim, foi o homem que o organizou.
Se nem sequer conseguimos entender que o que mais nos machuca s�o as palavras proferidas pelos nossos pais como realmente entenderemos o que machuca o nosso pr�ximo? Isso tudo n�o passa de hipocrisia e promiscuidade emocional. Se acharmos isso bontio estamos fritos. Devemos sim, criticar e enfeiar essas atitudes o m�ximo poss�vel para que muita gente crie vergonha na cara e pare de agir como beb�s chor�es.
Hoje eu falei para minha esposa que existem coisas na vida que n�o se resolvem por si mesmo. Jamais poderei mendigar o amor de meu pai que eu nunca tive. Pior, esse amor e esse apoio me fazem uma falta danada. Por esse motivo, e percebendo a minha pr�pria incapacidade de se tornar pai de mim mesmo, falei para minha esposa que eu iria na igreja com ela. Afinal, se n�o temos um pai real para nos dizer o que � certo ou o que � errado, melhor a gente fazer como as crian�as que por falta de amigo inventam um amigo imagin�rio ou por falta de pai inventam um pai imagin�rio. N�o me compete dizer se Deus existe ou n�o mas que funciona, isso funciona. Nos traz paz e tranquilidade. Nossa alma se sente confortada e � desse rem�dio que eu preciso na vida.
N�o sei se voltarei a falar novamente neste blog pois estou desatando muitos n�s em minha psicologia que ainda eram obscuros para mim. Felizmente estou conseguindo fazer novas escolhas e me auto-determinando para novas empreitadas em minha vida.
Desejo de cora��o e alma que voc� e muita gente encontrem seus caminhos na vida e valorizem ele. Muita gente far� de tudo para tir�-lo de seu caminho mas persevere nele. Se for necess�rio, abandone certos amigos que n�o te ajudam a seguir em frente e substitua-os por outros que est�o fazendo aquilo que voc� est� fazendo. Amigo � aquele que nos ap�ia de n�o aquele que nos critica. Deixe para entender os inimigos depois dos 40 anos como eu. N�o perca tempo na vida.
Abra�os e tudo de bom para voc� e para todos que estejam lendo estas palavras s�bias baseadas em experi�ncias vividas e n�o simplesmente em cren�as cegas. Fico feliz por estar sendo ouvido por pessoas inteligentes que saber�o usar estas palavras para algo mais elevado em suas vidas. Ouvido n�o, lido � o termo correto.
Jo�o e Roney,
Estava eu procurando no Google a palavra “Labrego” na tentativa de saber o paradeiro deste meu antigo colega de trabalho da USP quando me deparei com este artista da palavra de nome Jo�o da Rocha Labrego. E a�, Jo�o ? Lembra de mim !!! Trabalhei com voc�, Arag�o, Rosana, Renata, Helena, Carlos Espinosa, Alc�dio, Jater, Zacharias, Peter, Ronaldo, P�vio, Celina e outros. Gostei dos seus coment�rios, achei-os muito inteligentes, se pudesse, gostaria de me comunicar com voc�. Eu, de certa forma, tamb�m me senti muitas vezes como voc�, querendo sempre agradar aos outros e, ao mesmo tempo, nunca satisfeito comigo e nem com as coisas que eu fazia, tinha uma p�ssima auto-estima. Acho que realmente devo esquecer o que passou e s� pensar em coisas boas na esperan�a de me alegrar. Em 1991, ainda na USP, me casei e tive um filho, que hoje est� com 15 anos e � autista; depois, tive um outro em 1993. A minha vida tem sido um constante desafio que procuro demonstrar a mim mesmo que sou capaz de cri�-los da melhor maneira poss�vel, o que nem sempre consigo pois h� muitas vari�veis no mundo em que vivemos e as necessidades tamb�m s�o mutantes. Meu casamento tamb�m passou por algumas crises mas hoje acho que estamos nos entendendo mais. Voltei � USP, dessa vez para fazer aulas de dan�a de sal�o na Poli-Minas e estou freq�entando academia tr�s vezes por semana. Acho importante estar sempre ativo porque isso me faz me sentir que estou batalhando por algo. Acho que cada um deve seguir o seu caminho. As coisas n�o v�m de m�o beijada. � bom que voc� tenha conseguido seguir seus passos na vida. Ainda n�o consegui ler tudo que escreveu mas acho que concordei com quase tudo. Lembro que voc� se sentia diferente na sua fam�lia, eu at� hoje tenho tamb�m este sentimento em rela��o � minha mas acho que fui eu que n�o soube me impor e fui tornando as coisas muito obscuras, o que me dificultou sobremaneira o meu relacionamento com as pessoas. At� hoje sou muito t�mido e isso me atrapalhou demais. Tamb�m estou fazendo terapia, podemos falar sobre isso tamb�m, sobre religi�o e outras coisas. Est� um pouco tarde. Um abra�o. Desculpe, Roney, por invadir seu blog. Um abra�o, tamb�m.
Oi Pedro e Jo�o!
Quem diria que um post sobre desarmamento criaria espa�o para tantas observa��es e reflex�es como as do Jo�o e ainda renderia um reencontro de velhos amigos! Fiquei comovido! De verdade.
Fique a vontade Pedro.
Por quest�es de privacidade o WordPress n�o exibe o email dos visitantes, mas eu os tenho aqui (o blogueiro sensato deve manter estes registros por motivos legais) e posso repassar o endere�o de vcs um para o outro se me derem permiss�o, certo?
Caro Roney:
Fico feliz por reencontrar um velho amigo uspiano. Lembro-me at� hoje do dia que fomos � faculdade de fonoaudiologia, se eu n�o me engano, e, ao sermos servidos de refrigerantes, coloquei a�ucar no dele. Nem preciso dizer que o a��car fez com que o refrigerante dele efervescesse e n�o restou praticamente quase nada no copo. A gar�onete acabou por servir outro refrigerante para ele de gra�a. He, he, coisas de moleques. Quanto ao email pode passar o meu para o Pedro. Abra�os.
Caro Pedro:
Foi com muita surpresa que me deparei com suas belas palavras. � importante para a gente, usarmo-nos de nossa pr�pria intelig�ncia para desatar nossos n�s interiores que muitas vezes sufocam a nossa motiva��o de seguir em frente e estabelecer novas metas na vida.
Querer � poder mas do jeito que fomos condicionados na vida o nosso querer se transformou em querer de terceiros, ou seja, fomos castrados em nossa capacidade de querer algo para n�s para comunizarmos o nosso querer de acordo com aquilo que era desejo dos outros.
Oras, anos e anos fazendo a vontade de terceiros e anulando a nossa pr�pria, causa-nos muita revolta que acaba por ser recalcada para que sigamos em frente d�ceis como cordeirinhos.
Te confesso que o auto-conhecimento � um caminho longo e desesperador mas a conclus�o � maravilhosa, visto que, ao fim, acabamos por concluir que muito de nosso mundo interior, apesar de n�o haver sido produzido pelos outros mas sim, estimulado, foram tentativas de auto-defesa de nossa parte contra as tentativas de dom�nio e invas�o sobre a gente nas diversas fases da vida pelas quais passamos.
A vida � perigosa? Claro que n�o mas fizeram-nos acreditar que era! Como fizeram-nos acreditar que a vida era perigosa? Impedindo-nos de nos relacionarmos com pessoas de fora da fam�lia e tornando a nossa vida em fam�lia realmente perigosa, ou seja, sem o menor motivo aparente e sem nem mesmo saber por que �ramos duramente criticados e at� mesmo castigados fisicamente.
Assisti na TV, neste final de semana, o filme do Peter Pan (na HBO). Cara! Foi fant�stico pois me mostrou muito de minha inf�ncia e de minhas mais caras motiva��es infantis. Mostrou-me, inclusive, o motivo pelo qual eu decidi n�o crescer, ou seja, tornei-me v�tima da S�ndrome de Peter Pan. Mostrou-me tamb�m a motiva��o inconsciente que tive para casar com uma Wendy. Foi fant�stico tomar contato com essas emo��es primitivas, analis�-las e, em seguida, rejeit�-las.
Sim caro amigo! A nossa inf�ncia ou pelo menos as fantasias que criamos para sobrevivermos � um mundo supostamente hostil eram lindas e criaram fixa��es e frustra��es em nossa alma infantil. Tudo isso por qu�? Porque nossa realidade infantil foi cruel e estressante. Por esse motivo, refugiamo-nos em nosso mundo de fantasia e tentamos dar realidade � ele em nossa vida adulta. Foi gostoso ser crian�a? Foi lindo e maravilhoso mas conforme os anos foram passando aquela crian�a maravilhosa que n�s fomos foi se transformando no Capit�o Gancho? Tamb�m me identifiquei com o Capit�o Gancho que nada mais era do que um Peter Pan em corpo de adulto.
A crian�a que fomos em um corpo infantil � uma gracinha mas esta mesma crian�a em um corpo de adulto � um monstro. A frustra��o infantil desperta-nos choro e l�grimas, quando crian�as. Esta mesma frustra��o na fase adulta, desperta-nos �dio e rancor pelo mundo e pelas pessoas. Imagine o trabalho que d� alegrarmos esta crian�a na fase adulta quando nosso comportamento vai se tornando cada vez mais incompreens�vel para n�s e rid�culo para os outros.
Se quer que seus filhos te obede�am jamais os castigue e sim, conquiste-os com palavras doces mas firmes. Jamais obrigue-os a fazerem o que n�o querem e sim, conven�a-os a fazerem o que voc� quer. S� assim, conforme o que voc� falou, os seus filhos ter�o uma oportunidade melhor na vida, superando at� mesmo os melhor aparelhados para o sucesso.
Tamb�m n�o compre os seus filhos com presentes e dinheiro. Compre-os atrav�s do amor natural que toda crian�a sente por seus pais. O que as crian�as mais desejam na vida � se verem aprovadas pelos seus genitores.
Elogie bastante as coisas boas que elas fazem e seja indiferente �s coisas m�s que elas fizerem. Ao perceberem que n�o conseguem chamar sua aten��o nem para o bem nem para o mal com suas maldades elas se fixar�o em suas bondades para chamar a sua aten��o.
Conhe�o fam�lias assim aqui em Barueri-SP e percebo como seus integrantes s�o felizes e saud�veis sem precisarem criar fantasias sobre a vida. Simplesmente, vivem e curtem a realidade como a coisa mais gostosa do mundo.
Se algu�m lhes fala que o mundo est� perdido, que o Lula est� levando o pa�s para a ru�na, etc. eles te ouvem mas n�o compartilham as emo��es de desespero que as pessoas sentem. Pessoas assim, bem-resolvidas, por terem pais saud�veis e n�o-neur�ticos, desenvolvem uma personalidade alegre e otimista, onde, por maior que seja a dificuldade, elas a superam sem estresse e sem abalos emocionais desnecess�rios.
� isso, meu caro amigo Pedro. Conheci na igreja de minha esposa uma fam�lia muito bacana e de bem com a vida. Por isso, estou agora, me relacionando com esta fam�lia e participando da igreja em que a mesma frequenta.
Tem um ditado que diz:- Dize-me com quem andas e te direi quem �s. Depois de muitas desilus�es com rela��o � tentar mudar o mundo e, principalmente, a minha pr�pria pessoa, aprendi a escolher melhor as pessoas com as quais me relaciono.
Parece-me algo semelhante �quilo que Jesus disse quando sua fam�lia o procurou:- Minha m�e, meu pai e meus irm�os s�o estes que fazem a vontade de Deus! Acho que foi algo assim. Entendo por fazer a vontade de Deus a busca pela nossa pr�pria verdade por mais que ela doa em n�s, causando-nos culpa, �dio, medo, vergonha, enfim, tudo aquilo que nos impede de ver a nossa realidade tal qual ela � e n�o filtrada pela nossa fantasia.
Oras, se o pr�prio Jesus renegou seus valores familiares de origem e criou outra fam�lia mais saud�vel por que n�s n�o podemos mostrar a l�ngua para nossos pais e para seus m�todos e valores decadentes, para criarmos uma vida diferente e mais saud�vel para n�s e nossos filhos?
� isso a� Pedro. A maior conquista que podemos fazer nesse mundo n�o � conquistar o poder sobre os outros ou o mundo com suas ilus�es. � sim, conquistarmos a n�s mesmos.
Tenho certeza de que quando eu realizar essa conquista, tudo aquilo que eu sempre quis fazer eu conseguirei fazer como por exemplo, uma faculdade, um doutorado, um mestrado. Enfim, conseguirei realizar-me na vida (metaforicamente, ir para o c�u entre os crist�es, significa auto-realizar-se na vida e sentir-se bem com suas pr�prias obras), ou seja, conquistar o c�u dos eleitos. Pode ser que estas minhas vontades n�o sejam exatamente as suas e nem precisam ser. Todos n�s temos ideiais na vida em rela��o a n�s mesmos mas nos perdemos deles tentando agradar aos outros.
Quando voc� alcan�ar o c�u de sua auto-realiza��o seus irm�os lhe perguntar�o:-Como voc� conseguiu tudo isso e ainda por cima ser feliz? Voc� ent�o lhes dir�:- Sendo eu mesmo! Eles lhe responder�o com risadas e esc�rnio o seguinte:- Como?!! Sendo aquele merda que voc� sempre foi?! Aquele incapaz e incompetente?! Duvido! Voc� pagou propina ou fez algo de desonesto para conseguir tudo isso que conseguiu! Cuidado! Voc� pode ir para o inferno por causa disso?! A� voc� lhes responder�:- Como posso ir para o inferno se j� estou no c�u, ou seja, no c�u de minhas realiza��es, conquistas e vit�rias na vida? N�o sou mais aquilo que voc�s tentaram fazer de mim e sim, aquilo para o qual eu nasci, vivi e lutei.
Entende como estas palavras ecoam em nosso �ntimo, produzindo comich�es de reconhecimento como se estas mesmas palavras fossem proferidas por n�s mesmos?
Estes mesmos filhos que voc� tem hoje, d�-lhes aquilo que voc� possivelmente nunca teve de sua fam�lia. Eles surpreender�o o mundo e mostrar�o �s pessoas que vivem nas trevas emocionais: depress�o, �dio, inveja, etc., como, independentemente de nossa condi��o f�sica, podemos ser felizes pois fomos programados biologicamente para sermos sempre felizes, pois at� mesmo aquilo que chamamos de sofrimento nada mais � do que uma interpreta��o cultural de terceiros das experi�ncias que nossa alma escolheu viver e experimentar no corpo f�sico.
Espero que tudo isso que eu estou lhe dizendo seja �til para voc� pois sei quando um semelhante est� buscando a verdade por tr�s de toda a mentira que nos pregaram. Fomos incapazes sim de sermos aquilo que os outros queriam que f�ssemos mas somos perfeitamente capazes de fazermos a nossa pr�pria vontade. � nossa incapacidade de fazer a vontade dos outros deram o nome de desobedi�ncia e passaram a justificar a sua incompet�ncia em nos educar atrav�s dessa palavra. Est�o vendo? Quebrou a cara porque foi desobediente! Se tivesse me ouvido n�o teria quebrado a cara!
E n�o importa o que voc� fa�a. Eles determinaram que voc� sempre ser� o incompetente da fam�lia, a ovelha negra, enfim, o referencial negativo da fam�lia para que os demais se sintam bem obedecendo a um carrasco. Quantas garotas n�o adquirem bulimia por se virem obrigadas por suas m�es a realizarem os sonhos e fantasias que as mesmas n�o conseguiram realizar? � terr�vel tudo isso! N�o h� pa�s que resista a tantos descalabros familiares como esses, afinal, cada fam�lia � um pequeno pa�s inserido num pa�s maior.
Da sa�de emocional dessa fam�lia depende a sa�de mental e f�sica. Isso mesmo que estou dizendo: a sa�de emocional � respons�vel pela sa�de f�sica. Est�-se provado que muitas doen�as graves s�o causadas por dist�rbios emocionais, ou seja, a maioria das doen�as come�am na alma para se manifestarem no corpo f�sico.
As doen�as f�sicas n�o s�o um mal em si mesmo mas sim, um reflexo do que se passa em nosso interior. Cura-se a alma e cura-se o corpo e a mente. Entendo como alma a parte de nosso corpo ou �rg�o respons�vel pela gera��o e produ��o de nossas emo��es e sentimentos, ou seja, sensa��es de bem-estar e mal-estar em nosso corpo. Tudo indica que nosso c�rebro � respons�vel por essa fun��o chamada alma e que a infelicidade e a felicidade s�o condicionamentos. Uma pessoa que se sente constantemente infeliz � porque foi treinada, durante muitos anos, para ser infeliz. Se � deprimida � porque foi treinada para ser deprimida. Enfim, o que quero dizer � que todos os pais devem se conscientizar da import�ncia dos sentimentos de seus filhos, respeitando-os, para que os mesmos possam escolher por si mesmos o sentimento que mais lhe apetecem naturalmente.
Quanto mais uma crian�a se sente feliz mais ela estar� treinando para ser um adulto feliz. Compete ao pai n�o estimular muito a sua raiva, os seus medos, enfim, suas emo��es negativas, para que as mesmas n�o se tornem uma constante em sua psique (alma).
Sem mais para o momento e aguardando por mais not�cias de sua parte, deixo � disposi��o do Roney o meu email para estabelecermos contato e quem sabe, trocarmos mais id�ias, ao vivo e a cores.
Abra�os.
Caro Roney:
Com rela��o � sua �ltima postagem, voc� citou que este blog era sobre desarmamento.
Eu te garanto que este blog continua sendo sobre desarmamento mas de outro tipo de natureza. Trata-se de nosso desarmamento psicol�gico.
� justamente em nossa psicologia do medo que reside todas as filosofias de transforma��o do homem em um ser robotizado e previs�vel. Enquanto houver medo haver� armas.
O maior medo que temos que perder � justamente o medo que cada um de n�s temos de n�s mesmos. Devemos, na medida do poss�vel, no calor de nossas emo��es, apreender intelectualmente o significado de nossas emo��es e sentimentos para fazermos escolhas adequadas � satisfa��o destas mesmas emo��es e sentimentos.
Infelizmente, o ser-humano – e eu n�o me excluo dessa descri��o – perdeu o contato consigo mesmo e com suas verdadeiras necessidades. Por isso, o homem moderno nada mais � do que uma pessoa programada para se frustrar. Ser� que tudo aquilo que nos frustra e nos faz sentirmo-nos amargurados realmente tem algum sentido para n�s ou ser� que estamos apenas endossando uma cren�a coletiva de que sem aquilo que sem a posse daquilo que nos frustra n�o conseguiremos ser felizes?
Se ao menos nos ativ�ssemos a responder estas simples quest�es tenho certeza de que muito de nossa agressividade e �dio pelo mundo seriam atenuados.
Sempre fui uma pessoa que, para n�o odiar minha fam�lia, voltava-me contra mim mesmo. Se minha fam�lia estava certa eu deveria, pela l�gica, estar errado. N�o foram as melhores escolhas que fiz na vida mas somente quando a gente consegue olhar as coisas por cima e analis�-las quase que friamente, a gente percebe que tudo n�o passou de um estado de ignor�ncia da gente mesmo.
Percebo, agora, que segundo meu julgamento humano, meus pais agiram como sabiam agir na �poca dos fatos. Nem foram maus nem bons pois n�o tiveram a coragem de seguir um modelo diferente de conduta.
Eu por meu turno, interpretei e senti as situa��es de acordo com aquilo que eu tinha de conhecimento e capacidade de discernimento. Depois de julg�-los sob a �ptica da crian�a que fui cheguei a conclus�o de que a maior parte de meus problemas foram mais causados pelo medo do que realmente pela minha fam�lia.
Isso n�o quer dizer que eu me sinta apto a restabelecer rela��es com minha fam�lia j� que o apego que eu sentia pela mesma desapareceu por completo, j� que nunca foram la�os de amor a nos unir.
Simplesmente, posso dizer, que agora perd�o a mim mesmo pelas escolhas que fiz j� que fui treinado e ensinado para ser um dependente psicol�gico de meus pr�prios algozes.
Na verdade, o maior perd�o � aquele que a gente dirige � gente mesmo atrav�s da compreens�o de que fizemos o melhor pela gente mesmo que aparentemente tenhamos feito as piores escolhas.
Para se chegar a essa compreens�o � necess�rio que nos esvaziemos de todas as emo��es negativas que a muito custo contemos dentro da gente na tentativa de transform�-las em algo melhor. Para mim foi imposs�vel transformar tudo isso em algo melhor. Por isso, tive que verbaliz�-las todas e conter-me para n�o agir danosamente em fun��o da manifesta��o ou desbloqueio das mesmas.
Hoje, posso dizer que minha vida mudou. N�o me defendo mais de nada. N�o vejo mais o mundo como o meu ego distorcido o enxergava. Pouco me importa se hoje est� tudo bem ou tudo mal no mundo pois o que me interessa � viver, viver e viver… Fazer tudo que eu sempre tive vontade, viajar de navio, de avi�o, conhecer novos lugares, novas pessoas, enfim, ser dono de meu pr�prio dinheiro.
N�o me sinto mais respons�vel pelos problemas do mundo, nem individualmente nem coletivamente. Cada um se perde como acha melhor. Eu, da minha parte eu garanto que nunca mais me perderei de mim mesmo. Sempre manterei o foco centrado em minha pessoa e em minhas necessidades.
Sente uma ponta de perigo nessas declara��es? Pois � justamente o que a esquerda pseudo-pensante quer que acreditemos:- que a promiscuidade social do pobre com o rico resolver�o todos os complexos de inferioridade que a mesma sofre. O meu conselho para essa esquerda pseudo-pensante � que procure um bom psic�logo para ajud�-la a desmascarar a safadeza, a crueldade, a inveja, o rancor, o medo, a covardia que se escondem por tr�s de suas belas palavras recheadas de vitimismo e coitadismo.
Sim, meu caro colega, hoje eu n�o ou�o apenas palavras: eu enxergo a alma de quem fala. Fui enganado por muitos anos acreditando que as pessoas soubessem o que era melhor para mim mas quem realmente soube sempre fui eu mesmo. Apenas a minha covardia, meu medo e tudo aquilo que eu citei sobre a esquerda pseudo-pensante tamb�m faziam parte de mim mesmo.
Para conhecer um igual deve-se conhecer a si mesmo em primeiro lugar. Para conhecermos a inveja devemos reconhec�-la em n�s em primeiro lugar. Somente assim conheceremos nosso semelhante e poderemos nos dar ao luxo de enojarmo-nos dele, desde que nos enojemos, em primeiro lugar, dessas nossas motiva��es inconscientes que tememos trazer � luz da consci�ncia.
Um grande abra�o para voc� e espero que estas palavras permane�am � disposi��o de muitas pessoas por um longo tempo.
Eu disse que o post era sobre desarmamento, o blog em si n�o � sobre muita coisa, nunca defini muito bem o que ele � e por isso chamo de galeria de espelhos… S�o reflexos do que vejo e reflex�es sobre o que sinto…
Eu gostaria que a esquerda n�o tivesse estas fantasias sobre a promiscuidade social do pobre com o rico como voc� bem disse, mas acho que isso tudo � fruto de um processo de amadurecimento da nossa esp�cie e estes desencontros e descalabros tanto dos direitos quanto dos esquerdos tem sua func�o de experimenta��o.
Caro Roney:
Na verdade estas fantasias da esquerda, elaboradas de uma forma racional e filos�fica, d�o voz � um conjunto de cren�as religiosas distorcidas que pintaram Jesus como um maltrapilho perseguido pelo sacerd�cio farisaico.
A filosofia marxista v�m dar racionalidade � essas cren�as milenarmente introjetadas em nossa cultura ocidental. Por isso, se voc� procurar na b�blia os preceitos crist�es voc� vai ach�-los muito pr�ximos daquilo que a esquerda prega como verdades.
Felizmente o homem inventou a psicologia e atrav�s da mesma eu consigo dar um sentido psicol�gico �s palavras proferidas por Jesus e n�o um sentido pol�tico como a esquerda quer nos fazer acreditar.
Hoje, felizmente, consegui desmascarar em meu conjunto de cren�as muito daquilo que somente encontrava eco no esquerdismo do Lula, mas nunca do PT. A psicologia foi a minha verdadeira filosofia para desmascarar os caminhos tortuosos que o meu lado emocional vinha trilhando.
Por isso, acredito que todos aqueles que lerem estas palavras acabar�o por se identificar com a minha luta que n�o foi necessariamente contra o mundo fora de mim mas contra o mundo dentro de mim.
Aos poucos, e olha que j� fazem 7 anos que dei in�cio � esta cruzada interior, a verdade foi se montando em minha mente, subsidiada pelos meus conhecimentos do evangelho e pelos novos conhecimentos que avidamente fui adquirindo atrav�s dos livros.
E olha que esta verdade que foi se mostrando para mim n�o � uma verdade que sirva para consertar o mundo mas sim, somente para melhorar minha qualidade de vida e me sintonizar com as coisas boas da vida. Esta verdade nada mais � que a minha pr�pria verdade pois hoje eu tenho certeza de que ningu�m � feliz porque � presidente da rep�blica ou porque conseguiu moldar o mundo de acordo com suas cren�as.
Abra�os e tudo de bom.
Caro Roney:
� respeito do cara de 20 anos que fez terapia de psican�lise, fiquei sabendo dele da seguinte forma:
Estava eu na padaria tomando cerveja e um cara se aproximou de mim para conversar. Sentamo-nos em uma mesa e conversando sobre generalidades ele me perguntou se eu gostava de maconha, coca�na, enfim, de drogas.
Eu lhe respondi que n�o gostava pois nunca experimentei e as mesmas tinham para mim uma conota��o bastante negativa, oriunda de preconceitos que a sociedade e a m�dia nos passa durante a vida.
Ele me perguntou se eu desejava experimentar e eu lhe respondi que se a droga me fosse oferecida h� alguns anos atr�s eu at� aceitaria mas que agora, ap�s ter me submetido a sess�es de psican�lise, encontrei novas formas de lidar com minhas emo��es negativas.
Ele citou a palavra Psican�lise umas tr�s vezes como se a mesma fosse m�gica, com muito respeito pela mesma. Falou que conheceu um cara de 20 anos de idade que vivia perdido na vida e que fez sess�es de psican�lise com um psic�logo.
Depois de uns 2 anos de terapia, o mesmo descobriu a verdade, despediu-se dos amigos, inclusive dele, largou pai e m�e e foi para o Rio Grande do Sul, revoltado com a vida mas determinado a fazer diferen�a no mundo.
Hoje, quando ele vem para Barueri-SP, o mesmo v�m de carro zero km e l� no Rio Grande do Sul ele se tornou um pr�spero comerciante. Casou-se com uma garota linda e rica pois n�o mais alimentava complexos de inferioridade em rela��o �s pessoas.
Por isso, meu caro Roney, vale a pena buscarmos nossa verdade enquanto jovens porque o que estamos digerindo mentalmente n�o s�o problemas nossos e sim, problemas imagin�rios que enfiaram em nossas cabe�as. Por isso que somos t�o incapazes de buscarmos o melhor para n�s e fazermos aquilo que realmente nos leva para a frente.
Achamos que os problemas da humanidade s�o problemas nossos e nem sequer nos apercebemos de que estamos no mundo para vivermos nossas verdades pessoais e intransfer�veis.
Aqueles que se abandonam na vida para cuidar dos outros pagam um pre�o muito caro no futuro. Na verdade, abandonar-se para cuidar dos outros, ou seja, n�o casar, n�o trabalhar, n�o estudar, n�o fazer por si, enfim, esperar que fazendo pelos outros os outros far�o pela gente, causar� na pessoa uma grande frustra��o no futuro.
A� sim, esta pessoa ter� motivos de sobra para odiar a humanidade mas a culpa n�o foi da humanidade e sim, de suas cren�as adquiridas na mais tenra idade. Se houve algum culpado este culpado foi o pai e a m�e dessa pessoa que a ensinou dessa forma e que fazendo o certo para os outros, inclusive para eles tamb�m, a vida recompensaria este bom filho.
Percebe, meu caro amigo, como fomos iludidos e tamb�m, porque o comunismo faz tanto sentido para n�s? Porque a ideologia vigente nas fam�lias � comunista. Por isso que temos a impress�o de que se o mundo fosse comunista sentir-nos-�amos em uma grande fam�lia.
Os valores familiares s�o comunistas porque eles exigem de n�s que larguemos o que estamos fazendo de importante para n�s como trabalho, estudo, nossa pr�pria fam�lia (esposa e filhos) para nos ocuparmos de marmanjos que n�o souberam se dar o melhor na vida e ficam implorando pela nossa aten��o tais como irm�os, irm�s, m�e, pai, etc. E se voc� n�o faz a vontade deles sente-se com a consci�ncia pesada por achar que sua vida � mais importante que os problemas daqueles que tudo te deram sem cobrar nada em troca.
Como te deram sem cobrar nada em troca se toda hora est�o cobrando nossa aten��o, nosso amor, nosso dinheiro, enfim, se n�o cobraram no passado est�o cobrando agora.
Entende as verdades que esse garoto de 20 anos descobriu e que ap�s 2 anos se levantou na vida? Querem cham�-lo de ego�sta, metido? Podem cham�-lo mas ele n�o quis mais viver aquilo que ensinaram para ele viver. Nisso ele s� tinha duas sa�das: ou se matava ou se desligava daquela gente. Ele preferiu a segunda op��o.
Entende o medo que temos da verdade? Quando voc� rejeita todas as verdades que te incutiram na mente como condutoras de suas a��es na vida o que sobra? Nada, a n�o ser o suic�dio, caso voc� n�o consiga estabelecer novos interesses pela vida ou tentar reconstruir uma nova vida fundamentada naquilo que te faz feliz. Entende a minha luta, agora?
Com 40 anos estou tentando construir novas verdades para mim. Creio que j� estarei de bem comigo mesmo l� pelos 45 ou 50 anos. Tudo isso leva tempo mas antes tarde do que nunca. As ilus�es que eu adotei para nortearem a minha vida eram altamente delet�rias.
Abra�os.
Oi Jo�o,
Achei interessante esta associa��o dos princ�pios comunistas ou socialistas dentro da fam�lia… A minha, ao contr�rio da sua, seguia mais os princ�pios da direita. N�o chegava a ser fascista, mas certamente era de direita. Ser� que no processo de amadurecimento a gente acaba rejeitando nossa fam�lia e se identificando com o princ�pio oposto ao dela? Afinal as minhas tend�ncias s�o para a esquerda.
Se bem que j� estou encontrando o meio-termo nisso e hoje me considero um capitalista de esquerda, por mais paradoxal que isso pare�a! ;)
Concordo com voc� que devemos nos realizar e n�o devemos adotar os problemas da humanidade como nossos, no entanto tamb�m n�o podemos fugir da responsabilidade. N�s fazemos parte da humanidade e somos afetados positiva ou negativamente pelos rumos que ela toma. A tens�o social causada pelo enorme hiato entre ricos e pobres em grande parte � fruto do individualismo caracter�stico do pensamento de direita e isso tamb�m deve ser evitado.
N�o devemos nem nos dar totalmente ao mundo, nem desprez�-lo totalmente. Nem direita, nem esquerda.
� por isso que disse que hoje sigo pelo meio termo e n�o acredito nesta divis�o. Eu diria que ambos s�o dist�rbios do pensamento, um desequil�brio. Tudo deveria ser centro. ;)
He, he.
Caro Roney:
O que posso dizer sobre a fam�lia � o seguinte:- quem nasceu numa fam�lia ditadora, tentar� construir uma fam�lia ditadora de forma democr�tica. Aparentemente, a fam�lia constru�da por esse indiv�duo ter� a apar�ncia de uma fam�lia feliz com todo mundo de acordo com os princ�pios paternos.
O problema � que a pessoa que n�o concordar com os princ�pios “democr�ticos” do pai ser� ridicularizado pelos demais pois est� sendo idiota e n�o estar� enxergando a verdade como ela �.
Oras, ser� que a verdade � como o l�der ou nosso pai acha que �? Sei por experi�ncia que � muito mais vantajoso concordar com nosso pai do que discordar dele. Afinal, quem n�o concorda com ele n�o ganha presente de natal e muito menos de anivers�rio.
Pior, mesmo concordando nem assim a gente ganha nosso presente, pois nosso pai sempre ter� uma desculpa para nos frustrar j� que ele n�o se casou com os filhos e sim com a nossa m�e. Se nossa m�e n�o faz nosso pai feliz ele pouco se importar� com os frutos dessa uni�o pois ver� nos filhos os culpados pelo seu casamento n�o ter dado certo.
Isto parece t�o desumano mas � instintivo e matem�tico em todos os homens. O estado de pai ou assun��o da paternidade n�o � um imperativo natural no homem e nem sequer tem algum fundamento biol�gico na natureza. A maternidade sim, � natural e tem fundamento biol�gico.
At� os 12 anos, caso voc� se lembre do que sentia nessa �poca, o filho homem deseja ser forte e inteligente como o pai. J� a filha mulher deseja se identificar com a m�e e por isso brinca de casinha. Ap�s a puberdade ou pr�-adolesc�ncia o filho volta a sua aten��o para o genitor do sexo oposto na tentativa de competir com a m�e, no caso das mulheres, ou com o pai, no caso dos homens, pelas aten��es da m�e ou do pai, respectivamente.
Se a m�e ou o pai n�o forem ignorantes e se deixarem usar pelos filhos estabelecendo certas condi��es tais como a m�e dizer para o filho homem que o que ele mais admirou no pai foi a intelig�ncia do mesmo e n�o exatamente a beleza f�sica que tamb�m ajudou um pouco, o filho passar� a se esfor�ar na escola no intuito de agradar a m�e. J� a filha mulher se esfor�ar� por satisfazer as expectativas do pai, estudando mais e tendo sucesso na vida para agradar e conquistar o pai.
Entende agora em que momento em nossa vida come�a a oposi��o ao pai ou � m�e? Se os pais forem saud�veis psicologicamente eles saber�o conduzir de maneira apropriada estas fases pelas quais os filhos passam, caso contr�rio, bem… acho que eu e voc� somos exemplos gritantes dessa falha familiar.
Na verdade, o que pensamos que somos ou sentimos que somos somente ser� definitivamente provado quando estivermos agindo ou como pais, ou como profissionais, ou como cidad�o. � muito dif�cil teorizar que somos de verdade a n�o ser comprovando atrav�s de nossas a��es na vida di�ria aquilo que somos de fato.
Muitas vezes, as nossas a��es n�o condizem com o que pensamos: podemos ser ditadores, pensando que estamos sendo democr�ticos e vice-versa.
O principal da vida � aceitarmo-nos como somos e n�o termos vergonha de admitir que erramos mas tamb�m n�o podemos ser bobos j� que em nome do erro as pessoas costumam nos fazer chantagens emocionais. O importante � agirmos e justificarmos para n�s mesmos os motivos racionais que nos levaram a agir daquela forma. Se n�o conseguirmos justificar nossas a��es de forma racional � melhor pedirmos desculpas e tocarmos o barco pr� frente.
Afinal, mesmo errados, podemos estar certos. Somente a experi�ncia de vida e os resultados de nossas a��es poder�o aquilatar a qualidade daquilo que fizermos, ou seja, a gente s� saber� que fez cagada depois de fazer, nunca antes.
O mais importante tamb�m � n�o incharmos nosso ego com manias de perfeccionismo s� porque tivemos sucesso superior aos demais em algumas coisas. Podemos ser um fen�meno em algumas coisas mas em outras sermos completos ignorantes.
Eu, na minha tentativa de me auto-afirmar socialmente, aceitava todos os duelos verbais que as pessoas me propunham. Hoje, eu me limito a responder perguntas objetivas sobre alguma quest�o que eu entenda mas quando eu desconhe�o o assunto me omito de gastar meus preciosos neur�nios.
Muitas vezes sou acusado de metido, alienado, ignorante mas naquilo que supre minha vida e minhas necessidades sempre fiz quest�o de me esfor�ar para ser bom. Agora, com os papos furados que o povo inventa para dar uma de pseudo-intelectual, j� n�o despertam em mim o interesse de outrora.
O debate e a discuss�o s�o bons numa fase da vida em que ainda n�o nos encontramos e n�o sabemos o que fazer de nossa vida. No momento em que conseguimos escolher algo � importante que apostemos todas as nossas fichas nessa escolha e seja o que Deus quiser.
Afinal, o mundo inteiro pode estar errado e somente a gente estar certo. Pela minha experi�ncia eu sempre estive certo, s� n�o tinha muita certeza de minhas escolhas mas no final, com medo ou sem medo, segui em frente e hoje posso mostrar a l�ngua para muita gente que me chamou at� de louco.
A vida jamais foi uma trag�dia e sim, uma com�dia. Quando a gente come�a a olhar para tr�s de cima de nossos 40 anos a gente enxerga muita coisa e come�a a dar risada da gente mesmo. Mal d� para acreditar que aquele garoto enjeitado e maltrapilho chegou at� aqui e est� passando muito bem, obrigado.
Acho que estou mudando o tom de meus discursos. Estou ficando mais bem-humorado.
Abra�os.