…por que é tão difícil fazer uma crítica construtiva,
justa, madura e educada? Por que é tão fácil tratar tudo com ironia, deboche e
grosseria? Qual é o objetivo disso tudo? Meter o pau por meter agora é chique?
Putz… tô atrasada… Vou morrer brega e medíocre então.

Tudo começou em um papo sobre os Jogos Olímpicos.

Cara, mania irritante que uma galera tem de falar mal do próprio país (pelo jeito não é só aqui, nem é só fora do primeiro mundo).

É um tal barulho de “Só aqui mesmo”, “isso é Brasil”, “tudo acaba em pizza” e “não tem jeito” que a impressão que dá é que todo mundo pensa assim.

Não é não…

Os fracassados pensam assim, os que estão fadados a nunca ir para os Jogos Olímpicos, nunca construir sua empresa, nunca realizar aquele projeto social, nunca escrever aquele livro, nunca arranjar um bom emprego, nunca se realizar.

Fossem eles a maioria nosso país não teria ido melhor nestes jogos do que nos anteriores, não estaria prestes a lançar um satélite nacional para estudar a Amazônia, não teria um dos melhores beneficiamentos de urânio do mundo, não estaria andando para frente apesar de todas as dificuldades.

Dificuldades, à propósito, que os urubulinos nada fazem para resolver preferindo se concentrar no fatalismo e conformismo pirracento (batendo perninhas nos bares e blogs da vida).

Isso não é autocrítica, é autodestruição.

Eles atrapalham a evolução do mundo? Ajudam os políticos corruptos ao anunciar aos 4 ventos que tudo acaba em pizza? Cortam as pernas da próxima Maurren ao fazer pouco dos nossos atletas?

…Hummmm Por falar (novamente) em Jogos Olímpicos, a nossa performance é consequência e não objetivo: se tornamos nossa sociedade mais justa, se investimos em nossa educação e cultura obtemos auto-estima e recursos para mandar mais e melhores atletas, mais e melhores projetos científicos, mais e melhores produtos industrializados, mais e melhores…

E os urubilinos, atrapalham ou não?

Sim, como um predador atrapalha o antílope, como a represa atrapalha a água: eles nos forçam a evoluir, a superar nossas inseguranças e desenvolver nossas potencialidades.

E você? Fica com os urubulinos, ou vem conosco?