2020 terminou e agora vivemos 2021. Nada muda no mundo cotidiano, apenas algumas horas se passaram e tudo permanece.

Apenas em nossas mentes e corações podemos ter mudado um pouco mais do que de costume inspirados pela simbologia do fim de ciclo e de renovação.

É uma simbologia útil, claro, mas não muito real pois não mudamos em saltos, mudamos em espiral gradativa.

Ao olhar para trás, uns dias apenas, vemos os mesmos rostos nas fotos, os mesmos olhares, mas a verdade é que aquelas pessoas não existem mais e, quanto mais no passado atiramos nossos olhos, mais distantes estão aquelas pessoas.

Não existir mais não é necessariamente ruim. A flor precisa se transformar para vir o fruto, o fruto precisa ser comido para gerar outra árvore.

Desde que gostemos de quem somos agora são transformações bem vindas.

Assim como são bem vindos os momentos ruins. As perdas, as dores, as decepções, as iras, as frustrações… Tudo compõe nossas histórias e ferramentas para lidar com o futuro, entretanto, mais importante ainda, para lidar com o presente que nos reserva coisas agradáveis e coisas desagradáveis… Muitas vezes as desagradáveis são boas e as agradáveis ruins…

Então compartilhemos com o mundo que amamos e os humanos por quem temos empatia, tanto nossos momentos agradáveis quanto os desagradáveis, sem tentarmos parecer melhores que os outros tentando mostrar apenas nossa beleza, placidez e bondade. Mostremos que somos todas iguais: Pessoas da Terra.

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