Costumo dizer que a arte é o ar que a consciência respira.
Tem gente – algumas vezes acho que muita gente – que me olha meio estranho e diz que já se estressa demais todo dia e que não vai ao cinema, teatro ou abre um livro para a consciência respirar, pelo contrário, o objetivo é matá-la sufocada mesmo!
É claro que eu acho que sufocar a consciência é o mesmo que sufocar a alma e que isso só faz piorar os estresses diários.
Também é claro que já andei até afirmando que a “arte” dos anos 40 e 50 ajudaram bastante a sufocar a consciência nos alienando e nos trazer até aqui onde estamos e vivemos reclamando.
Para mim isso tudo é muito sério porque consciência é uma das poucas coisas que nós humanos temos de especial.
A coisa chegou a tal ponto que me atrevo a comparar Tolkien e Philip Pullman a Shakespeare.
Não que eles tenham a pena ágil como a do Bardo, mas simplesmente porque os que tem não conseguem sobreviver à indústria do entretenimento e caem na obscuridade ou são convencidos pelos agentes ou editores a “simplificar” sua narrativa.
Isso nos traz ao que inspirou este post! ;-) A Bússola Dourada, claro!
Já disse um monte de vezes que essa é, para mim, a obra do século XXI assim como Senhor dos Anéis foi a do século XX (basta ver as influências que partiram dele como Star Wars e 90% da indústria de jogos sem falar no resurgimento da literatura de fantasia que gerou o maior fenômeno ve vendas literárias da história). Disse e ainda estou longe de cansar de dizer! Vou aproveitar cada desculpa para voltar ao assunto! Hahaha!
Ainda há pouco minha esposa descobriu no site da Saraiva que:
- Mudaram o nome do livro para o nome do filme (que está errado talvez por motivos comerciais)
- A sinopse entrega simplesmente o mistério que permeia todo o primeiro livro!!
Gente, sinopse não é resumo!
Felizmente acredito que as boas obras conseguem sobreviver a essas massificações.
Aliás, se Senhor dos Anéis sobreviveu a isso…