Antes de mais nada: Pode ler o post sem medo de encontrar spoilers. Como de costume vou falar do que me atraiu no filme e se acho que a minha expectativa foi atendida.
O que o filme nos traz está bem claro no trailer: Cinco meninas trancadas em um hospício usam mundos imaginários de videogames para encontrar forças para superar os obstáculos entre elas e a liberdade.
Os jogos normalmente são vistos como grandes vilões. São fugas da realidade, exercícios de violência etc. No entanto há quem pense bem diferente como a Jane McGonigal:
A propósito essa moça ai em cima publicou um livro inteiro sobre como a realidade está quebrada e a forma como os jogos podem nos ajudar a consertá-la: Reality is Broken – Jane McGonigal.
Estou com ela…
Jogos como World of Warcraft são ambientes onde sempre há centenas de pessoas (e personagens virtuais) prontos a nos dar missões, nos ajudar e nos premiar por nossos sucessos. A frustração praticamente não existe pois se vamos a um lugar onde os desafios são maiores que as nossas capacidades sempre podemos nos unir a outras pessoas ou nos desenvolver para superar o obstáculo.
Essa fuga da realidade é ruim? Devemos nos conformar que a nossa realidade é inevitável com todas as suas prisões e frustrações?
…
OU será que, em vez de criar jogos mais realistas, devemos criar realidades mais jogáveis?
É bom lembrar que a tão estimada realidade não passa de um grande mundo virtual feito de tijolos, leis e estruturas políticas, sociais e culturais construídas por nós.
Talvez tenhamos construido a realidade virtual errada… Uma em que é ruim jogar, em que é ruim viver.
Por isso fui com uma expectativa um pouco alta ver Sucker Punch. Pensei que as realidades alternativas eram representações diretas da realidade que elas estavam vivendo, mas… Bem… Veja o filme, vale a pena :)
O fato é que a direção de arte é excelente, as cenas de ação também e o silêncio nas partes sem ação conferem ao filme uma aura de reflexão.
A fala inicial e a final, ao me ver, contém tudo que o autor queria dizer, preste atenção a elas.
J� me convenceu no “Cinco meninas trancadas em um hosp�cio”… risos! =)
Vou tentar ver no domingo. Pq sexta � a vez de RIO!
Quero muito ver os seus coment�rios sobre Sucker Punch!! :)
tem Vanessa j� me convenceu
Opa, nem vi que, afinal, voc� tinha assistido e comentado! Bem, estou aqui, retribuindo a gentil visita aos meus coment�rios sobre este filme surpreendente (o migre.me ali � direto neles).
Interessant�ssimas suas coloca��es, eu n�o sei at� que ponto o Zack Snyder pensou nisto; mas eu imagino que, no m�nimo, ele fez um filme onde as pessoas, al�m de se divertirem pudessem sair com algo impactando mais do que a imagem, levando consigo por ai algo diferente do de sempre. N�o � abilola��o gratuita chegar e fazer esses links que fizestes a�, em vossa cachola – n�o que voc� precise de mim pra saber disso, d�!
� um filme que mexe, mexe bem. Eu lembro sempre, nessas horas, do meu filme favorito, Mediterr�neo, em que logo ap�s a �ltima cena, v�-se escrito: “dedicado a todos aqueles que est�o escapando”.
Cara… Preciso ver Mediterr�neo! Acabo de lembrar que n�o vi!
Eu tenho consci�ncia que vejo links demais de vez em quando, como a galera que v� altos significados no poema da pedra do Drummond, n�? ;-)
Mas o fato � que o artista acaba dizendo algo at� sem querer pq tem coisas que est�o nos preocupando e acabam transbordando para o que a gente faz mesmo inconscientemente.
No caso do Sucker Punch eu acho que teve pelo menos uma inten��ozinha ;)
adoro esse filme