Testei os argumentos a seguir no Facebook antes de trazer para cá em um post e lá me sugeriram o termo pró-feminismo que achei bem interessante (obrigado Alê Picoli) e decidi colocar no título do post e passar a usar.
Antes de mais nada esse post acabou ficando no dia errado pois hoje é um dia histórico: Os EUA acabam de garantir o direito universal ao casamento em todo seu território!
No entanto a causa do feminismo é uma das mais poderosas e antigas causas a favor de quem sofre preconceitos então, de certa forma, estou no tema.
A questão que me fez escrever é que existe um movimento crescente de que o feminismo é uma causa exclusivamente feminina e isso é tão forte que fica difícil explicar que o machismo n?o fere apenas as mulheres, mas os homens e toda a sociedade. É claro que as mulheres são agredidas pelo machismo de tantas formas que é difícil listar e ninguém deve sequer tentar lhes tirar o protagonismo dessa luta, mas há também uma luta onde o protagonismo deve ser do homem. Escolhi Billy Elliot como exemplo disso. São outras formas de preconceito: um homem não pode ser culto, um homem não pode ler, não pode ter (ou demonstrar) sentimentos, não pode ter profissões “de menina” e, para seguir esses caminhos precisa, quase sempre, enfrentar outro preconceito: a homofobia (que aliás costuma andar de mãos dadas com o machismo). Mesmo que seja um homem hetrossexual. As agressões do machismo contra as mulheres e contra os homens emanam do mesmo tipo de estereotipação. Elas emanam do mesmo tipo de preconceito. Mais uma vez: a agressão que as mulheres sofrem pelo machismo, assim como a agressão que os negros sofrem pelo racismo estão várias ordens de grandeza acima do que os homens e os brancos sofrem por terem que se enquadrar dentro dos seus estereótipos, principalmente porque nem todo homem ou branco tem a necessidade de se desviar do seu estereótipo enquanto os alvos de preconceitos simplesmente não tem opção.
No entanto é fato que o machismo também impõe estereótipos aos indivíduos de identificação de gênero masculina limitando-os e hostilizando-os quando não se enquadram.
O machismo fere os dois grupos de formas diferentes e os dois grupos devem ter o protagonismo em suas causas. Não podemos cometer o erro de achar que o preconceito é favorável a alguém. Preconceito age contra todos.
Pode-se criar um novo nome para a causa feminista masculina (e não consigo pensar em nada pró-feminismo parece bem legal), mas o fato é que o machismo é uma doença que atinge todos nós. Todos.
Não se limita apenas a pessoas de gênero masculino ou feminino, mas a crianças também que são, desde cedo, castradas em suas qualidades e interesses. Sofrem também a cultura, a economia, as religiões (distorcidas para justificar o injustificável) e poderíamos estender a lista…
Todos nós perdemos com todo tipo de preconceito e todos devemos nos mobilizar por uma sociedade que vá muito além de respeitar as diferenças aprendendo a admirar e festejar a diversidade física e cultural do Universo.