O relato de uma amiga me lembrou de fazer um também.
Ela viu um homem gritando com a suposta namorada e mandando que ela entrasse no carro enquanto a mulher hesitava.
Minha amiga interveio, outras mulheres também se aproximaram e um senhor também colaborou.
O caso não terminou muito bem: a mulher entrou no carro daquele que muitíssimo provavelmente é um perverso.
Infelizmente, quando aos 6 anos de idade já aprendemos que somos inferiores a um outro grupo e, antes dos 9 anos, temos as primeiras experiências de assédio sexual acabamos aprendendo que ser tratada com violência é normal.
Meu relato é um pouco melhor, mas já vi outros até melhores.
Tem uma grande escada ao lado do meu prédio que liga a minha rua a outra.
Vinha descendo por ela uma mulher gritando muito e cercada por três homens que a acuavam. Pela forma que ela berrava me pareceram ser conhecidos dela e não completos estranhos… É triste que geralmente sejam os “amigos” que dilaceram as mulheres.
Uma senhora, meio gordinha, apareceu descendo a escada e gritando para que se afastassem da moça e chamando-a para perto.
Pouco depois vi todos subindo, umas duas outras pessoas se uniram à senhora que procurava resgatar a moça. Não vi o desenrolar final.
Considero os dois relatos muito significativos e positivos.
A gente fica perplexo e pode até achar que é horrível que exista isso, mas sempre existiu. A novidade é que “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher” está se tornando obsoleto para muita gente. Ver três homens grandes constrangidos por uma senhora é de arrepiar os pelos do braço.
Da próxima vez que alguém for ameaçado, discriminado perto de você avalie a possibilidade de intervir. Veja se há mais pessoas à volta que possam interferir também.