Ontem estava quente, cheguei a ligar o ar-condicionado. O sol entrava generoso refletindo no chão da varanda, nos degraus da escada que sobe para a sala superior. Sobre a mesa uma barra de chocolate estava líquida dentro da embalagem ainda fechada.
Então veio a chuva e a temperatura que despencava sem parar, ainda continua ficando cada vez mais frio mais de 24h depois do início da chuva.
O inverno é assim: seco, seco, seco e então chuuuuuuuva. Dias de chuva.
Só não lembro de dias tão quentes no inverno, vai ver é a falta do ozônio, vai ver o Brasil tá com vergonha e suas bochechas estão quentes. Vai ver eu pirei, todos nós piramos, e tudo está normal só que vemos tudo torto. Vai ver tá tudo torcido mesmo.
O John disse tempos atrás que esta era a Era da Incerteza. Só que ele se referia ao começo do século XX. Temo que o fim da incerteza do século passado tenha cedido lugar à desilusão e desesperança. Parece que a maioria já não acredita “ponto”.
Não acredita em uma vida com significado, em política que não seja roubalheira, em democracia, na economia, na anti-economia.
Quando vem um que acredita é fanático de direita ou de esquerda, e logo umas direitas e esquerdas esquisitas que já nem sei se são a mesma sinistra com luvas diferentes.
Hoje estou especialmente lisérgico. Melhor ir ler ou trabalhar.